segunda-feira, 21 de março de 2011

Umbanda e Família.



Penso que a família é um bem inviolável, por isso não me permito o desprazer, dentro de minhas limitações é claro, de faltar com o respeito com a família de quem quer que seja (mesmo com os que me elegeram seu inimigo – risos). Pelo contrário, com o sacrifício da própria vontade sou muito de abrir mão da minha satisfação em favor da satisfação alheia. De certa forma isso me dá um certo prazer, pois minha alegria é coletiva e não vejo graça em ser feliz de forma individual e egoística.

Na Umbanda atual, principalmente algumas que conheço (existem várias), ao contrário e com raras exceções temos visto uma desmoralização da família de forma arquitetada, maliciosa e muito precisa. Tem-se a impressão que a tal da “hipnose coletiva” que já vem sendo vivenciada por nossos irmãos protestantes, está tomando conta de nossa tão vilipendiada religiosidade.

O esquema é o seguinte: o despreparado do irmãozinho, cheio de boa fé, pede filiação em um terreiro de Umbanda, seja ele qual for. Uma vez filiado são aferidas as suas condições de caráter material, financeiro, social, educacional e familiar. A primeira investida é sempre material, pois como todos sabem o circo tem que funcionar. Basta você bater o pé que não vai dar dinheiro pro tal do terreiro, que você é deixado de lado, fica com o “filme super queimado” e pode ser surpreendido em uma destas giras do “vale tudo”, com a pecha de pão duro (uma ou duas vezes vai lá, mas passou disso fique com o pé atrás, pois o astral “está com muito tempo para você” e isso cheira a mentira das bravas). Após esta fase de teste financeiro, caso você pague pelo menos as suas mensalidades em dia e compre rifas e outras coisinhas mais, vem o assédio sobre sua família, seu pai, sua mãe, seus irmãos e tudo quanto é parente, para que eles freqüentem o terreiro, senão, como já nos é conhecido, as coisas não vão dar certo. Azar do seu marido ou da sua esposa se eles não se identificarem com a religiosidade de Umbanda, obrigatoriamente eles vão ter que bater cabeça no terreiro senão “a vaca vai para o brejo” e você vai ser pressionado e como vai.

Após este interstício vem a doutrinação, você vai ser conduzido por caminhos tortuosos, vai ser colocado a prova, induzido a comprar briga com tudo e com todos para no final descobrir que você não vale para esta corja, mais que um misero punhado de burrice manipulada (até lá você vai estar com empanturrado com um enorme estoque de tábuas, patuás, guias, banhos e etc). O engraçado que já devidamente hipnotizado, você vai comprar briga com Deus e com o mundo, para no final ser deixado de lado, com cara de paspalho e seu nome jogado na sarjeta, pois a renovação é continua e tem sempre um idiota querendo ser mestre de Umbanda ou seja lá o que for. Este vai ser seu substituto a médio ou longo prazo, para no final ser trocado como roupa velha que não presta para mais nada. Sua família, se não te deserdarem ou te internarem num hospício, vai ter o mesmo destino que o seu, vão ser tratados como moeda de troca, apenas para alimentar a sanha louca que estes vampiros do santo, implantam em favor de sua enorme sede por tudo e por todos.

No final sua lembrança vai a ser a de sempre: “ – Você viu o que aconteceu com o fulano?”, “Você viu que destino teve sicrano?, “Sabia que sicrano é mago negro?”, “fulano caiu quando do processo de iniciação...” “Se você procurar sicrano que saiu do nosso terreiro, eu te expulso daqui?”, “Vai atrás de fulano que saiu do nosso terreiro, para ver se ele é melhor do que nós...”. E ladainha continua a mesma ....... a mesma ....... a mesma ..... Mas guarde isso: Um paspalho vai estar sempre pronto para substituir você (risos) ....

Para finalizar, pense nisso, na Umbanda os caminhos são severos, mas são felizes, quanto maior seu grau consciencional e maior o seu desapego, menor o seu sofrimento perante as provas “da vida” (não das provas da Umbanda, pois elas não existem da forma que você imagina). Teste seu dirigente, saiba sobre a vida pregressa dele, sua condição de filho, pai, marido, ou filha, mãe e esposa, tenha pena de sua coroa, não deixe que loucos de todo o tipo se apoderem dela. Faça de sua caminhada espiritual um exercício, não se deixe manipular através de obrigações que nem seu dirigente faz. Perquira, confronte, discuta e tire todas as suas dúvidas, pois sua vida pertence a você e sua família espiritual e/ou material merece todo o respeito do mundo.

Até mais, irmãozinho(s) que sofre(m) por este mundo a fora .....

Aratanan – Continuamos no alerta, um dia você acorda.

Um comentário:

Unknown disse...

O texto reflete uma parte da vivência umbandista.