quinta-feira, 23 de abril de 2009

JORGE DA CAPADÓCIA




Hoje se comemora o dia de Jorge da Capadócia (Turquia), também conhecido como São Jorge ou São Jorge Guerreiro, o qual segundo contam as lendas foi morto em 303 DC.

Jorge ou São Jorge foi integrado aos cultos de origem afrobrasileiros e a Umbanda (religião de origem brasileira), através do sincretismo religioso.

Em que pese o conflito, pedimos Vênia à memória de Matta e Silva, para citar uma ementa de seu livro Umbanda de Todos Nós, onde nos é apresentada a vibração do Orixá Ogum com as seguintes características:

“(...) A vibração de Ogum é, portanto, o FOGO DA SALVAÇÃO OU DA GLÓRIA, o mediador, o Controlador dos Choques conseqüentes do carma. É a linha das demandas da fé, das aflições e das lutas, batalhas, etc. É a divindade que, no sentido místico, protege os guerreiros.

O planeta correspondente a OGUM é Marte; a cor ALARANJADA; a vogal o “U”, a nota musical o “FÁ”, o dia da semana TERÇA-FEIRA. O Mediador SAMUEL, que traduz o Esplendor de Deus. Tem Chefes de Legiões, Falanges, Subfalanges e Grupamentos. Seus Chefes de legiões são: OGUM DE LEI, OGUM YARA, OGUM MEGÊ, OGUM ROMPE MATO, OGUM DE MALÊ, OGUM BEIRA MAR e OGUM MATINATA (...)”.

E são Jorge onde entra nesta história? Ora, São Jorge de tanto ser confundido com o Orixá Ogum, foi integrado por questões óbvias, a falange desse Orixá, sem ser o Orixá. Isto mesmo, de tanto confundirem as coisas, e de tanta energia mental neste sentido, o santo católico faz parte das falanges do Orixá Ogum por pura indução mental contida nesta crença.

E se vocês me perguntarem como sei desta história, posso informa-lhes que a lógica aponta para este sentido, pois se partimos da premissa que “Deus” se expressa através de sua essência, a qual se manifesta em seus sete raios cósmicos ou Orixás; teremos que os Orixás são inefáveis por clara emanação direta de “Deus”. (Ver livro Tratado de Ciências Ocultas – Papus – Unidade/ternário e quaternário)

Assim um homem que viveu neste planeta como um guerreiro, como é o caso de São Jorge, não poderia ter a capacidade essencial, de representar um facho da luz divina na qualidade de Orixá, por questões meramente energéticas.

Desta forma, tentando trazer um pouco de esclarecimento ao fato, penso que se nos despirmos de nossas vaidades, poderemos rezar para São Jorge, ou São Jorge de Capadócia, ou, por Jorge da Capadócia, para que ele devidamente integrado nas falanges de Ogum, possa nos trazer um pouco de eficaz justiça material. E quem sabe daqui alguns anos, possamos olhar um para o outro e entender que as coisas são como sempre foram e nunca do jeito que a gente quer que elas sejam.

Viva Jorge e sua poderosa falange!

Aratanan de Aracruz – Na Umbanda pela Umbanda!

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