terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fazendo Umbanda com felicidade!


Um dos grandes prazeres que tenho nesta vida é o de ser umbandista, digo um, porque a umbanda não nos encarcera, ao contrário, ela nos deixa livres para usufruirmos de outras alegrias deste mundo.

Aquele que não tomar cuidado pode ficar alienado e acabar alienando os outros. Vive como um escravo de suas próprias ilusões e depois culpa a Umbanda pela escravidão que impôs aos outros, tudo isso através de um processo de submissão, o qual tanto temos alertando nestes últimos meses.

Precisamos despertar o bom senso e ter coragem de alertarmos àqueles que conduzem grupos religiosos, de que existem outras formas de caridade pelo mundo. Temos família, filhos, trabalho, compromissos sociais e outros que precisam de nossa presença e resposta.

Tenho irmãos espalhados por este Brasil a fora, que vivem em ritmo de trabalho escravo para suas religiões e acabam parando com tudo (vida social, familiar, nem “sexar” mais os ditos cujos querem, pois se engabelaram para o lado ruim das religiões - a devoção cega, também chamada de fanatismo. Estão mortos e vivos ao mesmo tempo, não produzem mais nada. E quando tentamos lhes alertar a resposta é sempre a mesma: - Temos medo! – Nosso Pai de Santé nos disse que se tentarmos fazer diferente, vamos sofrer por vingança do plano espiritual e etc.

Não sabemos mais quem é o enganador e quem é o enganado, pois acreditar em maldade e vingança de espíritos ligados ao bem é o mesmo que acreditar que a divindade é ruim. Pensem bem nisso, será que a fonte criadora, que pode acabar com todo o mal do mundo, é escrava da vaidade individual de um espírito ligado ao que aventuramos a chamar de mal? Que caboclo, pai velho ou criança é esta que se alia ao bem e ao mal ao mesmo tempo? Que Pai de Santé é este que não forma iguais, mas forma escravos de suas mentiras pessoais e mitológicas?

A única explicação que encontro para isso é a incapacidade de muitos em não separarem “religião” de “religiosidade”, pois por incrível que pareça estas duas atribuições dos sentimentos humanos ligados à fé, possuem diferenças gritantes.

Viver para a espiritualidade vai muito além do filo religioso que abraçamos, para isso temos que fazer esta diferenciação. Pelo que tenho visto as religiões só servem apara seccionar e criar diferenças entre as pessoas. Todos se escondem atrás das religiões espalhadas pelo mundo para criar certa distância entre os pobres mortais de credo diferente.

É tanta religião e tanto líder que a máxima de sempre deve ser de novo verbejada: “Nas religiões parecemos tribos indígenas, só que temos muitos caciques e pajés para mandarem, e por outro lado, poucos índios que queiram receber ordens”! Por mais engraçado que pareça, estamos vivendo esta temática há séculos - “minha religião é boa e a dos outros não presta”.

Já na religiosidade, vivemos de forma menos equivocada, pois na religiosidade fazemos a nossa parte e respeitamos a do outro quando o assunto é religião. Afastamos a submissão e damos lugar à crítica com fins de afastarmos os equívocos, chamando a todos para uma reflexão sobre a capacidade de podermos caminhar um dia juntos.

Caminhar junto não é abrir mão do que pensamos; caminhar junto é exercermos a nossa religiosidade de forma individual, com respeito ao grau consciencional de cada um. Significa também o respeito à capacidade de cada um perceber e sentir o sagrado como forma de sua percepção individual.

Tudo isso não é mito ou utopia, estas posições e pensamentos são formas claras de bom respeito à base de nossas convicções - o sagrado. Sei que vai demorar, mas ainda vamos ver neste planeta o dia em que seremos uma só consciência de Deus. Vai demorar mais chega.

Enquanto isso, só nos resta alertar aos menos incautos para que renovem a sua fé, quebrando as correntes da submissão ideológica e religiosa que os espertalhões de outrora e sempre, tentam lhes impor sem a mínima pena ou dó!

Umbanda, melhor do que “estar” é “ser”!
Aratanan – Minha religiosidade é Deus.