Que a Umbanda tenha seus sacerdotes, mestres, magos, babás, yás, chefes, dirigentes e outras “cocitas más” eu até entendo. Só não entendo como as pessoas ou determinadas pessoas, não entenderam ainda, que palavras e exemplos são duas coisas totalmente complementares. Não basta falar, tem que fazer o que se fala, pois a possibilidade de você ser julgado como incoerente e até mesmo louco é muito grande.
Hoje em dia temos a benesse da internet a nosso favor, o que de certa forma encurta a comunicação entre pessoas, veja este blog, em qualquer lugar do mundo onde exista um computador e acesso a internet ele pode ser lido. Todos os textos aqui colocados vão ser no futuro os aferidores de nossa conduta e coerência de nossas atitudes. Se por um lado acessamos a todos, por outro temos que ter um mínimo de coerência com o que escrevemos, para não fazermos papel de idiota futuramente.
Agora imaginem vocês a nossa tão espoliada Umbanda. Já perceberam a quantidade de livros que existem por ai, bem como, a imensidão de leituras de um mesmo fenômeno? Umbanda branca, riscada, umbandonble´, umbandaime, umbanda de mesa, popular, traçada e muitas outras. Nota-se que estas manifestações partem de baixo para cima, vez que os espíritos, e, neste caso os verdadeiros espíritos da lei de Umbanda, pouco se importam com as “travessuras” que nós pobres mortais fazemos em nossos terreiros. Eles, os espíritos, ato contínuo, continuam manifestando em lugares que até Deus dúvida, apenas para consolar os corações sedentos de orientação, os quais permeiam este Brasil a fora. A religião deles, os espíritos, é qualquer uma e a religiosidade deles, continua sendo Deus.
Desta forma, se temos várias leituras temos também, vários ensinamentos e várias lições e nesta manifestação encontramos várias leituras e verdades. O pior é que ninguém se coloca na posição de pelos menos estar, mesmo que parcialmente, equivocado, todo mundo tem certeza que possui a verdade. E ai minha gente a coisa complica: “mil maneiras de matar um frango na encruza, mil maneiras de se acender uma vela, mil maneiras de se firmar um conga, mil maneiras de se fazer uma defumação, mil maneiras de se fazer cabeça, iniciação, amaçi, bori, batizado, casamento, etc e .......... vamos que vamos”.
No final, ninguém entende mais ninguém, são muitas verdades para pouco santo. Nem os santos sabem de tantas verdades em favor de seus nomes e quando vamos aferir o EXEMPLO a coisa desanda igual a maionese caseira. Tudo que foi pregado durante anos, ensinado como verdade única e propagado até a força da socapa, se dilui feito algodão doce na boca, desaparece o algodão e fica só a lembrança do açúcar. Basta uma oportunidade de domínio, dinheiro, fama e poder para que tudo que foi um dia verdade se perca na inconsciência dos discípulos e seguidores que acabam fazendo o papel de capacho das loucuras alheias.
Para finalizar, penso que a Umbanda é simples, tão simples que não exige muito, basta boa vontade e responsabilidade para que as coisas aconteçam. Quem ainda não entendeu isso, que um dia entenda e faça de sua vida um ato verdadeira caridade em favor de seus irmãos terrenos. Chega de invencionice, uma postura verdadeira frente aos espíritos vai fazer com que entendamos o sagrado de forma igualitária e com o tempo vai fazer que nos alinhemos em rito único, amor e respeito ao próximo.
Aratanan
Um comentário:
Tô com você e não abro meu Irmão!
Belo texto
Rog
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