sábado, 24 de outubro de 2009

Quanto vale um médium


Na umbanda, se vivência, não se obriga.

O meu maior prazer na vida é o dia que tenho que ir para o terreiro. Vou por prazer, não por obrigação. Alcançei minha consciência sobre este assunto, não volto mais atrás. Abomino qualquer espécie de cobrança material em um terreiro. Não aceito o dinheiro como carro chefe de minha caridade. Dou de graça o que recebi de graça.

Fico deverás irresignado sobre o que tenho visto sobre este assunto. Cobrança indevida de dinheiro, cobrança ligada a permanência dos médiuns nas giras, cobrança de estipêndios financeiros sobre festas, promoções e outras atividades extratemplo de forma obrigatória.

E se voce não paga, não participa e não vai às giras ... coitado. Voce se torna uma “carta fora do baralho”. Te podam de tudo, te fazem medo, te renegam, te ameaçam e outras coisas mais. Que pena que as coisas são assim. Pareçe que os espiritos são empresários que precisam sacrificar seus pobres médiuns, para que a obra aconteça.

E o que é pior, criticam os evangélicos pela “cata” de moedas e fazem as mesmas coisas de forma “diferente”. Rancam até o tutano dos ossos alheios, pois a obra tem que continuar. Jogam os pobres coitados dos médiuns na rua da amargura (dura pouco esta amargura, pois a pessoas acabam acordando), pois a avidez não permite tratar aos irmãos com a isonomia devida.

Já vi caso, que os médiuns aos invés de serem trabalhados para ficarem e ter prazer em serem umbandistas, são convidados a sair do terreiro e irem com um monte de tábuas, guias, firmezas e outras porcarias para o meio da rua. São jogados na latrina sem pena e nem dó. Tudo o que fizeram não vale um tostão furado, pois a obra tem que continuar.

Repito, que pena que as coisas são assim.

E voce chefe de terreiro, cuja moral é duvidosa, mal agradeçido de vidas pretéritas, vendido de outras paragens, pobre de espírito e de caráter, a nossa sincera recomendação, pare e pense, lembre-se dos “túmulos caiados”. Ainda há tempo de uma reforma e de uma melhora pessoal, resgate suas dívidas não prorrogue a “mora”.

Unir é melhor que remediar.

Aratanan de Aracruz – Prefiro ser eu mesmo que vender minha alma para o diabo!

Um comentário:

Artes Baino disse...

Olá amigos,

No meu caso, ir para o terreiro ultrapassa a sensação de prazer. Sempre procurei um lugar onde eu me sentia bem. Dos lugares em que frequentei, posso dizer que, em alguns eu me sentia de certa forma protegida, em outros sentia paz, outros ainda adquiria conhecimentos sobre a vida espiritual. HOje posso dizer de coração aberto que descobri que tenho tudo isso junto e MUITO MAIS em um só lugar. E esse lugar é no "Terreiro", na nossa Umbanda!! No terreiro eu encontro Paz, conhecimento, ajuda, carinho, puxao de orelha(muito eficaz), tranquilidade e conforto para os meus medos!!

Obrigação em ir para o terreiro passa longe, pra dizer a verdade conto os dias e as horas para o dia de reuniao.

Abraços fraternal a todos,

Cris