segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O evangelho na visão de um Umbandista


“Quem me segue não anda nas trevas, diz o Senhor (Jo 8,12). São estas as palavras de Cristo, pelas quais somos advertidos que imitemos sua vida e seus costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda cegueira de coração. Seja, pois, o nosso principal empenho meditar sobre a vida de Jesus Cristo”.



Uma das figuras mais carismáticas e ao mesmo tempo mais controversa de nossa história, é a figura de Jesus. Uns dizem que ele é o Cristo, o ungido, a palavra Cristo tem este significado, pois era comum naquela época a unção dos reis, dos sarcedotes e de pessoas com alto grau de responsabilidade. Crendo ser Jesus o filho do Criador (Deus), ou seu enviado dileto e até mesmo um rei ainda maior que Davi, foi lhe conferido pelos que lhe acompanhavam o nome de enviado de Deus.


Já o nome Jesus (Salvador), muito comum naquela época, da a conotação que proavelmente Jesus tenha tido outro nome, sendo conhecido de forma popular como Jesus Cristo, o “salvador ungido por Deus”. Ungido aqui não tem a conotação de ser ele um ungido, mas ser o mesmo “o” ungido.


Em que pese essas celeumas, penso que a figura do Mestre Jesus, deva ser análisada muito mais por sua obra, do que por suas qualidades físicas ou até mesmo sociais. Se ele bebia, era casado, tinha filhos esposa ou se era solteiro, celibatário e vivia uma vida ascética, isto pouco importa. O que realmente nos deve interessar é a mensagem que ele deixou.


Certo que a Biblia foi devidamente, manipulada, alquebrada, adaptada e até mesmo vilipendiada em seus ensinamentos, o que vale é a mensagem de amor e a certeza que ele – Jesus – sempre praticou o que ele em algum momento falou e defendeu. Em sua história, não existe o antagonismo – Ele era justo.


Seu amor não era submisso, e, muito menos injusto, ele soube aplicar a caridade, a força, a justiça, a verdade nas horas e momentos certos. Ele sempre nadou contra a corrente, pois naquela época a sensação que temos de uma sociedade totalmente, equilibrada e cheia de facilidades eletrônicas e evoluídas, não passa de uma inocência patológica que possuímos desde a infância.


Naquela época a realidade era outra, os costumes diferentes, o modo de pensar era totalmente destituído dos valores que hoje possuímos e ele – Jesus – estava lá defendendo a forma mais completa e simples de nos unirmos e praticarmso o bem comum – simplesmente amar o outro.


Que pena que só tivemos esta experiência distante com Jesus, pois hoje o que vemos são homens de verdades vazias, defendendo o seu espaço e sua forma de ver e pensar. O domínio é gritante e a aniquilação de igual forma. Não construímos um pensamento que liberta, apenas nos servimos de nós mesmos e da inocência dos outros, com o fim de alimentarmos as nossas intransigência e diferenças orgulhosas.


Para onde vamos, quando não cumprimos o que falamos (descemos em nossa caminhada moral?)? Qual a medida e a distância que criamos em relação a Deus, quando nos comportamos coma falta de amor e caridade coletiva?


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Neste caso, prefiro tão somente seguir o exemplo do Mestre, tenho que fazer nascer urgentemente o homem novo, seguir seus exemplos, iluminar minha mente e afastar a cegueira do meu coração e preparar o encontro com a minha realidade (consciência), colocando-a aos pés do criador e de seu discípulo mais amado – Jesus, o Cristo.


Que este exemplo possa mudar alguma coisa na vida daqueles que se permitem a tanto.


Salve - Orixalá


Aratanan

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