Ouvi uma vez que a “melhor forma de se espiritualizar e se espiritualizando sempre”! Acontece
que por consequência de nossas limitações mentais, confundimos espiritualização
com religião e até mesmo religiosidade. Carregamos um chapéu religioso que não
sai da nossa cabeça. Basta iniciarmos uma conversa qualquer que tenha cunho
epiritualista para que a tal da religião mostre suas garras.
Outro dia, estava conversando com uma amiga que não
via a décadas, a conversa ia de bom para melhor, a coisa só ficou ruim quando
ela perguntou a minha religião, isso é, torçendo para que eu fosse evangélico,
e por decepção religiosa ficou sabendo que eu era umbandista. Se não fosse
triste seria engraçado.
Ser umbandista é uma celeuma; quando não sabem
sobre a nossa religião, confundem a mesma com uma série de incertezas e
preconcepções. Será que existem culpados? – Penso que sim, nós mesmos. Nessa panela
chamada umbanda todo mundo coloca o tempero que pode e no final o prato fica
indigesto para aquele que não está acostumado com o sabor da comida que vão
servir e ele vai ter que engolir.
Daí pra frente e nesta colcha de retalhos vamos
confundindo espirito, desejos, mesquinharia, religiosidade, religião e
espiritualidade, pois assim fica tudo mais fácil. Tenho boas recordações de um
amigo espiritual, estas lembranças se repercutem em minha cabeça sempre, fazem
um refrão diuturno – qual a religião dos esquimós? E a religiosidade? Vamos falar
de umbanda para quem está com fome, sem rumo na vida? .....
Penso que se nos dispuséssemos mais, tudo aquilo
que provoca susto, poderia se manifestar de forma contrária, permitindo a todos
um sinal de convivência com a essência das religiões ao invés da rigidez dos
líderes religiosos que na maioria das vezes só tendem para o seu pedaço de
terra no céu.
Obrigado Umbanda, obrigado aos Orixás, obrigado às
divindades e obrigado aos guias espirituais, pois através deles conseguimos
separar bem as coisas e diminuir a confusão que elas provocam em nossas
vidinhas de eternos juízes. Penso por isso existo.
Aratanan
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