Segundo a psique, o medo dentro de suas várias manifestações é uma forma de manifestação dos mecanismos de defesa do ego. Assim, quando manifestamos estados equilibrados e bem mensurados do que podemos chamar de medo, estamos na realidade nos defendendo dos assédios físicos ou energéticos que permeiam a nossa manifestação na carne.
Assim, um pouco de medo não faz mal a ninguém, pelo contrário, protege a pessoa de atitudes e vivências que muito das vezes podem desgraçar o futuro de quem se arvora nas buscas insanas de experiências cujo caminho de retorno é impossível. O sujeito sem medo, não passa de um ser sem limites, suas atitudes são de trato imediato e as conseqüências, doa a quem doer, são apenas fruto da recompensa direta que se manifesta em seus desejos de cunho muito pessoal e egoísta.
Não fosse isso, segundo a tão bagunçada Bíblia Católica (você sabe o que significa a palavra católico?), São Pedro teve medo de andar sobre as águas, junto com o Mestre Jesus. Se formos fazer uma leitura histórica, teremos um grande mestre tentando provar a questão da fé a um dos seus futuros iniciados, ou melhor, criando um ato de confiança ou “rapport” para com um de seus discípulos. Se formos fazer uma leitura simbólica, teremos uma demonstração de que os que podem mais tem mais responsabilidade com os que têm menos; que a quem mais for dado maior a responsabilidade; que nossos limites são fruto de nossa incapacidade de vibrar em coisas maiores e de maior poder; que a única arma que temos contra as provas existências é a nossa capacidade de acreditar em novas possibilidades mediante a manifestação de nossos atos de fé, etc;
(Ponto, parágrafo! Até ai tudo bem ...)
Mas, E quando a nossa cretinice, perde o medo do compromisso e dos planos de realização das leis universais de evolução e do amor eterno ordenado pelo criador? O que acontece com o homem quando perde o senso de responsabilidade em relação a todos os seus irmãos terrenos?
Se for na política e no crime, não precisamos nem perder tempo com explanações sem fim, pois os jornais diários nos mostram o nível de compromisso de certos cidadãos por este mundo a fora. Na questão religiosa, a coisa complica, pois a perda de medo das ações e compromissos divinos nos impõe um crime que muito das vezes não é punido pelas leis deste mundo. Onde as esferas astrais permitem até um certo conforto aos falsos, devido a uma gama de fatores que não nos cabe o julgamento. Parece que o divino aceita e tem uma certa tolerância com as malversações religiosas, aproveitando o mínimo de cada ato nefasto e o transformando de forma muito pessoal em atos que beneficiam uma minoria. Em síntese o astral aproveita tudo. Pois se assim não for, vai para o ralo a questão da fé pessoal de cada um ...
O pior de tudo é que a perda do medo religioso cria um sem numero de atividades ditas religiosas, as quais apenas defendem os interesses mesquinhos de alguns filhos da mentira (ressalvo as exceções) tendo como resultado final, apenas o locupletamento de suas vilanias materiais. E todo esse domínio se manifesta no fato de que os que têm medo, e às vezes medo demais, se entregam e entregam também suas posses a desmedida ganância luxurienta destes, ainda ignorantes seres.
Enquanto isso o poder oculto do mundo, aquele que você não vê, continua sua insana luta pelo domínio das massas, insuflando a contra cultura religiosa, e, mantendo a grande maioria dos seres sob rédea curta ou em falsa liberdade mental, pois o domínio pode ser efetivado por mais de uma forma de vilania.
Paz e luz a todos, que nossas reflexões nos protejam do caminho escolhido pela nossa sociedade, a falta de medo e de outras virtudes que embaçam a nossa obrigatória evolução.
Aratanan
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