A verdade é uma dádiva. Só têm acesso a sua manifestação aqueles que são capazes de enxergar com os bons olhos da alma e não com os olhos da vida e até mesmo com os olhos de suas limitadas esperanças. Quando digo que a verdade se manifesta, faço apenas uma ressalva, que ao se manifestar ela não se apresenta em sua totalidade, pois nossos olhos ainda embaçados pela luxúria, mesquinhez e falta de caridade pessoal não nos permitem um só décimo ou bocado deste evento que chamamos de - verdade.
Nossas expectativas são muito frágeis e nossas verdades (estas de caráter moral e essencial) se decompõem frente a qualquer facho de luz que venha ser colocada em confronto com o que defendemos como sua manifestação. Nossas certezas se evaporam quando aqueles com quem nos alinhamos se fragilizam, pois por questões reflexivas vamos sofrer os mesmos embates e desatinos dos que nos antecederam. Deve ser por isso que algumas pessoas estão sempre se contradizendo, falam, propagam e vendem idéias que depois eles mesmos não sustentam. Chamo isso de “animismo vicioso”, onde a alma fala de forma desarmônica e impõe falsas crenças que desestabilizam o meio e os locais de manifestação do ser neste estado de vício.
Por isso defendemos a Umbanda que liberta, seja ela de escola for, mas sua manifestação precisa se livrar das fantasias, fetiches e animismos viciosos que apenas atrasam a nossa caminhada evolutiva. Espiritualmente ainda estamos na idade das cavernas, nossos limites territoriais, econômicos e sociais nos mostram que o domínio das massas sem a aplicação de crenças de emprego coletivo está nos levando à falência institucional moderna.
Nós os Umbandistas, devemos abdicar do que entendemos por verdades e mostrar sem nenhuma vergonha que nossas crenças ou análises das verdades que nos foram apresentadas, é que precisam dar o tom da melodia de nossa evolução. Precisamos acabar rapidamente com o modismo e o conforto que a roupa branca nos concede e fazer vibrar nosso grito de irresignação com o que é propagado atualmente dentro de nossos terreiros. Chega de tanto proselitismo e invencionismos, a Umbanda clama por lucidez urgente. Pois verdades e crenças não podem ser confundidas e a medida do amor universal nos pesa na consciência, quando usamos a religião e não a religiosidade, que nos faz ser igual e definitivamente verdadeiros perante as leis naturais e espirituais que nos regem, para adotarmos posturas de cunho unicamente subjetivo e prejudicial.
Chega de invencionice! Chega de mau querer! Chega de mentiras! Chega de Falsidade!
Precisamos resgatar o bom Deus dentro de nossas consciências e fazer da religiosidade de Umbanda uma forma eficaz de melhoria dos nossos processos de evolução eterna.
Aratanan – Se vou mudar o mundo não sei, apenas tento!
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