terça-feira, 29 de junho de 2010

Filhos do Medo, filhos do Ódio!


Já vi várias formas de medo nesta vida. Quando estava no Exército (isto por quase 10 anos) vi colegas com medo da escuridão, de tirar serviço na madrugada, de assombrações e de alguns superiores mais linha dura.

No mundo civil esperava que as pessoas tivessem menos medo, mas não imaginei que o medo fosse tão grande. Temem a tudo,
chuvas, sol, lua, amigo, vizinho, dinheiro e a falta dele, feitiço, macumba, olho gordo, praga, pastor, padre, pai de santo, chefe de terreiro, polícia, ladrão, cachorro, aids, dengue, gripe, Et’s, chifre, terremoto, tisunami, furacão, vendaval, avalanche, queda de avião, acidente de carro, alma penada, encosto, encruzilhada, drogas, alcoolismo, desemprego, doenças em geral, morte, picada de cobra, escorpião, chupa cabras, fim do mundo, 2012, dinheiro nas meias e cuecas, pedólatras, assassinos, sequestros, homens bomba, eleições, políticos, corrupções, fraudes, enchentes, queda de viadutos, velhice, inss, aposentadoria, sus, hospitais públicos, pronto socorro, poluição, negros, prostitutas, homossexuais, drogas e afins, salário mínimo, e etc....
Se não fosse isso tudo, temem ainda a religião e os religiosos, ficam em frangalhos quando lhes mostramos que os religiosos sejam de qual credo forem, não deixam de ser simples
homens com seus vícios e suas paixões terrenas (raras as exceções). Pois não é a religião que muda o homem, mas sim a sua capacidade de transmutar a sua essência.
Longe de seguidores, as lideranças religiosas precisam de pessoas que acreditem em si mesmas e que não tenham medo, pois isto liberta.

Vejam vocês quantos escravos das pregações humanas encontramos por ai. Nossa mesquinhez apenas lhes dão a pecha de “fanáticos”, como se estivéssemos livres e vacinados de tudo isso. Mas o fanatismo só existe porque existem pobres coitados e inconscientes que aceitam e vibram na ignorância daqueles que os dominam. Morrem de medo de que um reles “comedor de feijão” ou coisa que o basta possam lhes fazer mau. Acreditam que humanos falíveis e carmicamente endividados possam fazer as vezes de Deus e lhes tirar o pouco que possuem. Escravos da cega desdita é o que são, pois se recusam a pensar e acreditar no mínimo que a verdade lhes propõem. E se são abastados de dinheiro, com o tempo perdem o raciocínio, quedando-se silentes e compram um pedaço no céu (ou no inferno), pois sua preguiça de pensar é tão gritante que preferem pagar a usar a massa cinzenta que possuem para sair do antro de mentira e enganação em que estão charfundados.

Já dizia máxima – “O que seria do Rei, se não fossem os vassalos”. Outro dia lendo uma entrevista de um espírito (indicação de um amigo), cotejei no texto a seguinte informação: “Os homens na terra vivem atrás dos bons espíritos, quando morrem tem que ir aos infernos atrás deles, pois como bons fomentadores do que pode se chamar de inferno, não dão trégua aos espíritos benfeitores, os quais vivem em grande parte do seu tempo acudindo estes pobres desgraçados nos buracos que suas consciências construiram”.

Correr pra quê? Brigar pra quê? Fazer carinha feia pra que? Por que tanta empáfia? Tanta máscara? Orgulho, vaidade e mentira? Se o que nos reserva nesta vida é o abrigo das camadas de terra que vão acolher nosso corpo fétido no fim deste ciclo (cemitério).

Não se escravize, se liberte, ainda é tempo !!!!

Aratanan