quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quem é o animal da história?






O gênero humano muito das vezes me assusta, principalmente quando o assunto tem tom religioso. Chego as sentir náuseas às vezes, só de pensar que o homem vem a séculos se arvorando no sentido literal de querer ser Deus.

Penso, inclusive, na primeira manifestação do Grande Espírito em nossas consciências quando ainda ocupamos um corpo de criança. Tem-se a impressão naquela fase que Deus é tão simples, e, tão fácil de ser entendido, que ele faz parte de tudo que nos cerca de forma muito perceptível aos nossos sentidos de criança. Nossa imaginação na infância nos mostra os universos paralelos que nos cercam, somos essencialmente seres em entendimento dos processos naturais e com eles convivemos muito bem, obrigado.

Este prazer ou mesmo delírio positivo nos fazer perceber Deus de uma forma muito saudável, pois temos com ele uma vivência positiva e na maior parte das vezes nos sentimos com um só corpo e um só pensamento. Tudo isso vai bem até entrarmos em contato com os mundos externos, ou melhor, com os mundos sociais, familiares, financeiros, comerciais e etc. Daí para frente somos manipulados pelas antigas fórmulas do saber atrasado e da compreensão errônea de tudo que nos cerca. Ato que se reflete para sempre em nossos atos e atitudes.

Viramos vítimas da desdita pronta e permanente da tão famosa hipnose coletiva. E quando somos convidados a força a manifestar nossa religiosidade, a criança, morre de vez dentro de nós e surgem os futuros donos do nada – Nós mesmos. Prontos para almoçarmos a mente de nossos semelhantes com nossas teorias já velhas e cansadas de uso, pois a culpa que nos acompanha não nos permite agir de forma contrária.

Somos animais racionais?



Somos com certeza, mas temos A BUSCA PELO PRAZER como a âncora que nos engessa e nos faz o pior da espécie. Perdemos um bom tempo de nossas existências e reencarnações nesta busca desenfreada por um prazer meticulosos e destrutivo.

E quando ele é religioso perdemos a essência infantil que tínhamos em relação a Deus e criamos obstáculos a nossa evolução coletiva, pois o meu prazer tem que estar acima do prazer alheio e isso nos separa e maltrata sempre.

Anulamos a nossa inteligência e bebemos água suja em favor de uma busca inerte e destemperada, a qual nos faz pior do que o mais incapaz dos seres, para no final entregarmos nossas vestes carnais as covas úmidas na esperança de que uma nova reencarnação nos faça melhor.

E os espíritos?

Estes somos nós mesmos, os quais alimentamos o que tem de melhor e pior no mundo espiritual, sem termos um mínimo de zelo como destino de toda a coletividade, da qual fazemos parte e colaboramos para sua elevação. Os bons espíritos se cansaram da repetição desnecessária, nem por isso se sentem bem quando olham e percebem os caminhos que a nossa atual humanidade vem percorrendo.

Como é duro dar luz a cegos.

Que o Deus jaz morto possa ressurgir o mais rápido possível dentro do gênero humano, isso é o que desejamos as crianças que assassinamos nos nossos íntimos corpos de existência.

Aratanan