quinta-feira, 7 de abril de 2011

Para onde vai o mundo!

Esvaziem os seus pensamentos, parem de pensar em dinheiro, mulher, homem, sexo, drogas, carros, viagens, poder, fama e tudo que possa deslocar sua racionalidade para o que é imprestável. Deixe sua mente vazia, isso mesmo, um vazio total, nada poderá lhe incomodar nos próximos segundos.



Agora pense na sua família, nos seus amigos, em sua vida, e, caso você tenha, pense nos seus pais, irmãos, tios, avós, amigos, ou, seja lá o que for.



Agora pense no que aconteceu naquela escola pública do Estado do Rio de Janeiro, pense naquelas pessoas e suas rotinas, pense naquelas crianças indo para escola junto com os pais, nos planos do final de semana, nos planos para o futuro, nos sonhos, nas alegrias e principalmente na vivência coletiva ali estampada.



Pense;



Pense;



Pense;



Agora me responda, vale a pena viver como um parasita dependente do dinheiro, da mentira, da covardia, da desgraça alheia, do sexo, das drogas e dos vários vícios que já se enraizaram junto à raça humana? Vale a pena tanta discórdia entre nós que somos o fruto de uma criação que nossa percepção não consegue ao menos materializar?



Pense naquelas crianças, naqueles espíritos que em cumprimento a uma lei muito maior que minha ignorância pode conceber, nos deram o exemplo de suas próprias vidas para nos mostrar que viver é apenas um estado transitório de transformação.



A todos os pais que perderam seus filhos naquela desgraça humana, o nosso sentimento de tristeza, de vergonha, de impotência, e, principalmente, a incapacidade de entender tanta ignorância e ódio em um só lugar.



Para onde vamos?



Que Deus e nossos Orixás Ancestrais tenham pena de nossa (minha) ignorância.



Aratanan – Eu não quero ter a última palavra sobre nada! Mas existe sempre uma mensagem e verdade por trás dos fatos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meu sorriso amarelo!

Eu que pensei já ter visto de tudo neste mundo, começo a pensar que a mente humana possui labirintos internos que só Deus pode decifrar. Não falo de artimanhas ou até mesmo arquitetações, mas da facilidade com que certas pessoas articulam em desfavor dos próximos.



O orgulho, a vaidade e falta de vergonha na cara invadiram a Umbanda de vez, basta abrir um jornal e o pai ou mãe de não sei de qual Orixá, ou de que culto, está lá com a cara lavada, vendendo mentiras para um bando de desavisados que se encontram em desespero.



Aqueles que quiserem dar uma aferida no que estou dizendo, acessem a página da Globo Minas e assistam o vídeo do dia 04.04.2011, intitulado “cartomantes e videntes”. Se não fosse o preciosismo das atitudes, até ficaríamos calados (criminoso tem que ser preso), mas a utilização do nome da Umbanda como forma de enganar e aumentar ainda mais o preconceito que sofremos é para mim uma chamada para o desabafo.



Vendo as cenas nota-se claramente como as pessoas se perdem pela energia do dinheiro, inclusive eu conheço alguns, que se quedaram frente à magia do dinheiro de forma descarada e hipócrita, uns comprando e outros se vendendo em nome de um prazer que lhes vai ser caro no futuro. No fundo somos todos uns vendidos, mas confesso que o meu preço é muito alto, pois se for para eu vilipendiar a vida de quem quer que seja em troca de poder, fama e dinheiro prefiro sofrer as minhas privações diárias a me rebaixar a condição de um perfidioso sem moral e sem caráter.



Desta forma, lanço aqui o meu desagravo a todos que trabalham honestamente em favor da verdadeira caridade, dando de graça o que receberem de graça. Doando até o que não possuem para que a verdadeira essência da Umbanda se eternalize e saia um dia da banalização e da eterna pecha de ignorância que estão há anos tentando nos impor.



Pessoas que agem como as que apareceram na reportagem que mencionamos, não são e nunca serão representações da verdadeira doutrina dos Orixás, onde quem mais sabe menos se manifesta. Jogar búzios e cartas é muito mais do que se vender por dinheiro sujo, tirado às vezes de pais e mães de família que possuem uns míseros trocados para se alimentar. O domínio oracular possui o que de mais sagrado existe nas ritualizações umbandistas, seu segredo é dominado por poucos e sua manipulação é um ato de amor e devoção insofismáveis.




Vender o nome da Umbanda através de crimes que precisam ser punidos com máximo rigor pela justiça é o mesmo que afrontar a todas as coisas sagradas que nos foram dadas de graça. Parece brincadeira o que temos visto neste sentido, algumas pessoas perderam o senso do ridículo e estão sendo utilizados para denegrir todo trabalho sério e honesto feito em favor da religião de Umbanda.




Fazer o que?




Já havia me esquecido que atrás deste grande circo existe a figura humana dando o tom da toada para que as ignomínias continuem e que continuemos sendo vistos como macumbeiros, feiticeiros e outras alcunhas mais. Que os Orixás tenham pena de nós e muito mais pena de todos aqueles que imbuídos de compromissos coletivos se venderam e se vendem em favor do vil metal. Que suas consciências doam até o fim deste círculo reencarnatório.



Aratanan