quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Umbanda e o Poder do Dinheiro





Como nos deixou gravado um dos Grandes Mestres que passou por este planeta: “O dinheiro tem uma linguagem universal, em qualquer lugar deste planeta, onde são faladas centenas de línguas e dialetos, tem o dinheiro a sua universalidade verbal garantida”.

O pior é que esta linguagem na maioria das vezes é vinculada a pobreza de sentimentos, recheada dos surtos ignóbeis da avareza e do egoísmo, quando não, de doenças luxuriosas e outros apetrechos ambiciosos.

O dinheiro possui uma energia própria, geralmente ela está ligada ao movimento energético, pois na maioria das vezes o dinheiro não se permite a estagnação. Quem o possui muito das vezes é alvo fácil da perniciosa vontade de retê-lo, sofrendo por consequência os mais vis e desprezíveis efeitos de sua força.

Por dinheiro, boas e más coisas são feitas neste mundo, pois esta mola de sustento cobra o seu valor essencial da humanidade, ele foi criado para servir de mensuração à nossa falta de generosidade. Assim todas as discrepâncias sócias vividas pela humanidade se referem em sua maioria à falta do vil metal e sua inóspita utilização.

Na umbanda o dinheiro muito das vezes compra a consciência dos despreparados, fazendo mote de destilação do poder e de desigualdade no tratamento. Dinheiro é poder, quem o tem é tratado diferente na maioria das vezes, querendo ou não quem dinheiro, tem benefícios que o “pobrezinhos” não têm.

Por outro lado, o dinheiro alimenta o fetichismo e a fantasia, criando atos mágicos e doutrinários desnecessários, salvas e melindres formais, como se as entidades verdadeiras de Umbanda precisassem dele para pagar o almoço de cada dia. Tem muito terreiro de Umbanda que vive das comiseráveis atividades financeiras, utilizando mais do que necessitam, apenas para manter a fachada de casas bonitas, iguais aos túmulos, que são calhados de branco por fora e escondem em seu interior a podridão do que é devolvido a mãe terra.

A pior faceta do dinheiro na Umbanda está ligada a invencionice, onde as cãs que o possuem aos borbotões, ditam padrões de moda e beleza. Inventando a cada circulo novas tendência e verdade que a nossa querida mãe Umbanda nunca precisou ou precisa. Este assunto é realmente delicado.

Mais do que roupa bonita e fantasias fetichistas, que são dispensáveis em favor da evolução consciencional de cada irmão, precisamos urgentemente criar a tal da vergonha na cara, pois melhor do que viver da Umbanda, é viver para ela. E isso é muito fácil - me perdoem os complicados.

Aratanan – Vai trabalhar vagabundo, deixa de vagabundagem.