Momento de crise, momento de reflexão!?
O ser humano é muito engraçado, sempre navega
ao sabor de suas crenças e dificuldades de se entender dentro de um intrincado
sistema de armadilhas mentais. Duvido que
o indígena da Amazônia, de preferência um que esteja alijado das fontes de
informação, saiba sobre eventual crise do sistema financeiro brasileiro, quiçá
mundial – risos!
O que precisamos separar em primeiro lugar é a
existência de dois mundos, um interno e outro externo ao ser humano. O interno
é reflexo da ligação matéria e espírito (temos a alma, como características subjetivas
deste espírito). Costumo a chamar esta modalidade interna de “prisão do bem”,
pois tanto a matéria como o espírito se aprisionam de forma muito natural, e
tão natural que nos traz certos incômodos durante a vida.
Vejam vocês que este processo interno é bem
suave, pois prima pela liberdade seja ela em estado onírico ou de vigília. Em
estado onírico viajamos deste de nossa essência até os planos dimensionais que
fogem do nosso saber, de nosso conhecer localizado e finalmente de nossa sina materialista.
Já em estado de vigília, fazemos nossos vôos com as limitações da realidade em
que estamos navegando, mas conseguimos com determinado esforço perceber mundos
e atenções subjetivas que precisamos ter durante todo um dia de vida terrena.
Esta diferença se faz mais perceptível quando
navegamos nas águas profundas do mundo externo, pois só nos posicionamos sobre
aquilo, que de certa forma, nos provoca atenção ou a necessidade de julgamento
com o fito de uma reação qualquer. Digo que o externo é o que mais nos castiga,
pois as coisas acontecem nesta manifestação da vida, muito das vezes a revelia
de nossas vontades e capacidade de entendimento direto, amplo e oportuno dos
fatos.
Se em determinado lugar existe uma guerra,
nossos julgamentos ao perceber o fenômeno externo, se manifestam de forma a
tentar entender e até mesmo de nos colocar emocionalmente frente à cena ou
sentimentos que são despertados por este fato. Parece que o externo é a escola
ou a emissão de energia que é capturada por nosso sistema interno, e por fim diluída
na formação de nossos sentimentos. Parece também, que o externo tem uma independência
que nos faz criar mecanismos de defesa sobre ações que nós mesmos fomentamos.
Isso mesmo, nossos atos, mesmo que os mais simples dão forma ao mundo externo
que tanto sofrimento ou alegria nos traz durante toda uma vida.
Somos os diretores deste filme, vivendo em
dois mundos em conflito, sem a resposta imediata para a solução eficaz de tanta
desarmonia. Daí sempre surge uma tristeza, que se transforma em desconforto,
que se transforma em fuga da realidade, que se transforma em verdade, que se
transforma em doença e que muito das vezes se transforma em morte física.
Pobres coitados os seres humanos e suas idiossincrasias! Donos da verdade burra
e escravos de si mesmo.
E agora o que fazer?
Penso que o melhor caminho é buscar os sinais,
sejam eles gráficos, energéticos, físicos, emocionais, naturais,
eletromagnéticos e etc. As respostas sempre vêm em forma de sinais. Não para
todos, pois cérebro e mente, para alguns, são dois obstáculos de percepção consciencial eficaz e saudável. Mas
voltando ao assunto pego-me lembrando do dia em que quis perceber mais
profundamente estes dois mundos, e um grande sinal apareceu para conforto da
minha expectativa. Nele colhi a seguinte frase: “Conhece a ti mesmo”!
Confesso que ainda estou em busca do conhecer
interior, mas também declaro que muita coisa já se resolveu, principalmente a
intrincada guerra entre dois mundos que um dia foi verdade em minha vida. Tudo
isso porque o conhecer me deu a liberdade como remédio da caminhada individual
que se reflete de forma coletiva, pois o DEUS que habita em mim busca o bem
incessantemente, aguardando que eu me desfaça da ignorância que me afasta do
bem que sempre vence.
Seja feliz e se liberte!
Aratanan