sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Prazer em conhecê-lo! Qual é a sua religião por favor!?




Busco o contato com várias religiões. Penso que Deus continua sendo único e nós pobres desgraçados de sempre é que criamos tanta confusão no reino dos cegos.

Tomo a liberdade, porém, de narrar um fato que comigo quase sempre se repete, pois toda vez que entabulo uma conversa com um irmão Kardecista, ele quase sempre me manda cumprir e até mesmo seguir os mandamentos do Evangelho de Kardec.

Em que pese o valoroso irmão Kardec e suas obras de igual valor, comecei a me preocupar um pouco com este repetido conselho. Daí resolvi ir atrás do significado da palavra “EVANGELHO” e por cargas d’água descobri que o significado da palavra vem do grego e significa – “boa mensagem”, “boa nova”.

Voltando ao objeto deste texto ......

Digo que nestes diálogos sempre percebo um pouco de preconcepção em relação a umbanda, pois no fundo, no fundo, a grande maioria pensa que somos todos analfabetos e burros de pai e mãe. Ouço cada manifestação que às vezes perco até o apetite e olhem que gosto de uma boa mesa.

Os mais gentis nos chamam de umbanda de “mesa branca”, outros de “umbanda limpa” uns mais gozadores nos chamam de macumbeiros e etc. Mas quando lhes perguntamos o que sabem sobre a doutrina de umbanda, o silêncio é a resposta de sempre. Pois, por mais que queiram saber sobre alguma coisa, suas manifestações são superficiais e muito das vezes precipitadas.

Outro dia em um evento didático fui surpreendido com o palestrante que no meio de sua palestra começou a descer o “pau” na umbanda, nos umbandistas e principalmente na liturgia ligada as ervas e seu uso como defumação (magia-vegeto-astro-magnética). Perdoem-me as intransigências, mas neste dia fui obrigado a manifestar e explicar ao nobre palestrante o significado da palavra macumba, bem como o que é umbandista e o poder da queima de ervas cujo conhecimento se perde nos tempos. E sabem qual foi a resposta? – silêncio.

Paciência! Sei que nós umbandistas somos de certa forma culpados por estes desencontros. Nossa omissão em relação a nossa fé é uma grande desgraça. Temos medo e vergonha de dizermos que somos umbandistas, parece que ainda carregamos um trauma de outroras reencarnações, onde fatalmente subjugamos os que pensavam diferente de nós.

Para finalizar digo apenas que só me atrevo a falar daquilo que sei e possuo conhecimento. Não vendo ilusões, e, aos irmãos Kardecistas (ressalvo as exceções) um conselho, sejam mais educados, pelo menos entendam que o EVANGELHO ou BOA NOVA é para todos, independentemente de quem escreveu ou ditou. Kardec não era Kardecista, então ele não escreveu evangelho para os Kardecistas e sim para todos que tivessem o coração aberto para novas interpretações.

E para não ser repetitivo; mas já sendo, tentem ao menos falar daquilo que vocês conhecem ou tenham conhecimento prévio. Tal cuidado evita desuniões e o dissabor de que vocês venham passar vergonha na frente do que vocês ainda não conhecem.

Já fui Kardecista e também já pratiquei estas iniquidades, devo estar compensando meu karma.

Aratanan