segunda-feira, 30 de abril de 2012

Umbanda – O Como se Espiritualizar.






Ouvi uma vez que a “melhor forma de se espiritualizar e se espiritualizando sempre”! Acontece que por consequência de nossas limitações mentais, confundimos espiritualização com religião e até mesmo religiosidade. Carregamos um chapéu religioso que não sai da nossa cabeça. Basta iniciarmos uma conversa qualquer que tenha cunho epiritualista para que a tal da religião mostre suas garras.



Outro dia, estava conversando com uma amiga que não via a décadas, a conversa ia de bom para melhor, a coisa só ficou ruim quando ela perguntou a minha religião, isso é, torçendo para que eu fosse evangélico, e por decepção religiosa ficou sabendo que eu era umbandista. Se não fosse triste seria engraçado.



Ser umbandista é uma celeuma; quando não sabem sobre a nossa religião, confundem a mesma com uma série de incertezas e preconcepções. Será que existem culpados? – Penso que sim, nós mesmos. Nessa panela chamada umbanda todo mundo coloca o tempero que pode e no final o prato fica indigesto para aquele que não está acostumado com o sabor da comida que vão servir e ele vai ter que engolir.



Daí pra frente e nesta colcha de retalhos vamos confundindo espirito, desejos, mesquinharia, religiosidade, religião e espiritualidade, pois assim fica tudo mais fácil. Tenho boas recordações de um amigo espiritual, estas lembranças se repercutem em minha cabeça sempre, fazem um refrão diuturno – qual a religião dos esquimós? E a religiosidade? Vamos falar de umbanda para quem está com fome, sem rumo na vida? .....



Penso que se nos dispuséssemos mais, tudo aquilo que provoca susto, poderia se manifestar de forma contrária, permitindo a todos um sinal de convivência com a essência das religiões ao invés da rigidez dos líderes religiosos que na maioria das vezes só tendem para o seu pedaço de terra no céu.



Obrigado Umbanda, obrigado aos Orixás, obrigado às divindades e obrigado aos guias espirituais, pois através deles conseguimos separar bem as coisas e diminuir a confusão que elas provocam em nossas vidinhas de eternos juízes. Penso por isso existo.



Aratanan




Umbanda e o Gosto da Maçã.





Tenho me desligado aos poucos do nosso limitado mundo de midia umbandista, percebi há muito que o maior problema da Umbanda é o umbandista. Seja ele discípulo ou mestre, com raras exceções, estão todos de certa forma defendendo o seu mundinho de umbanda. Uns mais complacentes, outros apenas tentando enxergarem o que suas consciências não os permitem. Parece um circo de poucos, mais com uma assitência prolixa, que se fixa na insana divulgação de nada.



É o verdadeiro papai mandou, e, se ele manda não vou medir as consequencias vou fazer e pronto. O amor, a paciencência e a sabedoria que lasquem, pois primeiro a minha salva banda e depois de que for meu amigo, or resto que se exploda. Assim, livros são lançados, ritos e mais ritos são abertos e fechados e o zé povinho continua do mesmo jeito. Para onde vamos e como vamos, isso pouco importa precisamos chegar lá, nao é mesmo? (onde?)



Abordando de outra forma a questão, pergunto, qual é o verdadeiro gosto de uma maçã? Alguns vão responder que é acida, outros que é azeda, doce e etc. No final a maçã continua sendo maçã. Da mesma forma é a Umbanda, sinta o gosto que voce pode sentir, mas ela vai continuar sendo a mesma. Jogando sua energia própria, a umbanda vai nos transformando, acabando com a bobagem e inocência que incistimos em carregar, nos transformando em seres melhores e por fim esperando o despertar de nossa essência.



No final vamos nos livrar de tanto pai e mãe, pois vamos ser todos iguais e mais que hierarquia teremos respeito uns pelos outros, nos amando, quiçá cada vez mais. Mas quando digo amor, falo sobre o amor que liberta; falo sobre aquele amor que pensa, raciocina, e liberta as consciências.

Aratanan