quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Amor impossível!



Ressalvo os abnegados irmãos de meu convívio, bem como as pessoas sérias que conheci e conheço, graças a Deus!

Mas;

Todas as vezes que através do perjuro praticamos atos contrários ao amor (esse projeto de amor que possuímos de forma muito subjetiva) atentamos contra nós mesmos e contra as pessoas que são vítimas de nossas falácias.

Criticar é um direito, mas agir em confronto com o que falamos é um desvario irresponsável e de conseqüências terríveis. Pois emitimos mesmo que de forma superficial energias não salutares aos que são vítimas de nossas chamadas insidiosas.

Nesta minha caminhada pessoal eu já vi de tudo (pelo menos penso que sim), mas o que mais me incomodou neste pequeno trecho de vida, foi perceber como as pessoas são superficiais. Demonstram sentimentos oportunos e interesseiros, isso na maioria das vezes, com o intuito apenas de se fazerem atendidas nas suas mais baixas torpezas.

Várias foram às vezes que apostei nas pessoas, tive algumas decepções é claro, mas em nosso meio religioso, posso dizer que “deixei de ter verdades e passei a ter crenças”. Sempre que apostei na verdade de alguns irmãos umbandistas, abri mão das minhas verdades, e, por conseqüência, atentei em desfavor de mim mesmo.

E a ingratidão, meu Deus, a ingratidão ..... Este é o maior de todos os efeitos ocasionados pela incapacidade de amar que a maioria das pessoas possui. Seus efeitos são como a terra fofa que absorve e não repercute ou devolve. (...) – “Faça-me um agrado, mas não espere nada de mim, pois o mínimo que me for solicitado vou interpretar como permuta espiritual e isso eu não faço (para alguns – risos) – celebre frase da perfídia interesseira (...)l”.

Pobres desgraçados é o que somos, bebemos e comemos na mesma mesa e não conseguimos enxergar nem o que comemos, andamos pelas ruas e não enxergamos nem o que somos, vivemos em nossas casas e não convivemos com os que ali moram, somos seres espirituais e não entendemos nem o que significa o estado de ser de um espírito.

Refletir é uma boa solução, principalmente, quando vemos as dicotomias do ser humano. E na Umbanda, por incrível que pareça estas dicotomias são mais perceptíveis, pois precisamos deles – os guias espirituais – para que haja interação entre os dois planos. Por este motivo não conseguimos mentir ou enganar por muito tempo. Somos como a areia do deserto, onde o vento (plano espiritual) nos arruma da melhor forma possível, mas continuamos sem consistência (nossas atitudes e destemperanças), simplesmente por que não conseguimos ainda viver de forma concreta – amar.

Os guias espirituais são o enlevo de aferição entre o ser bom ou não ser, eles tem tolerância, mas não são submissos aos sofismas que praticamos em desfavor de nossos semelhantes!

“O mentiroso só existe, porque existem aqueles que acreditam nele”.

Aratanan

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

DESEQUILÍBRIO CAPITAL - O ORGULHO


Penso no orgulho de duas formas, uma positiva e outra negativa.


A forma positiva se manifesta na capacidade de se manifestar um sentimento ligado a nossa realização pessoal, ou até mesmo, de nossa dignidade pessoal. Neste caso vejo orgulho de forma positiva, pois esta satisfação mesmo que abstrata se manifesta em nossa percepção astral/emocional e de certa forma nos incentiva e faz bem. Vejo nesta manifestação do orgulho, inclusive, um átomo de força capaz de nos motivar a novos projetos e qualificações pessoais. Penso também que a junção de um orgulho mais um pensamento altruísta pode gerar em favor do coletivo atos favoráveis de implemento das atitudes que se encontram em estado latente em nossos organismos e que precisam ser despertadas. Quem nunca sonhou com um elogio dos pais firmado na declaração: “- meu filho(a) tenho muito orgulho de você”. Quem em sã consciência e mesmo que na ausência dos pais, não pensou em receber um elogio de extrema monta? Quem não tem orgulho em favor dos seus heróis e ídolos? Vejo que este orgulho é por demais positivo e nos dirige em favor de atos de melhora pessoal e constante, pois através desta manifestação evoluímos e isso é mais que necessário em nosso estado consciencional.


Não fosse isso e como tudo na vida é equilíbrio, temos também o orgulho ofensivo, o qual tenho por hábito chamar de orgulho negativo. Este é silencioso e nos pega nas várias provas a que somos submetidos nesta via evolutiva. O interessante é que esta manifestação negativa é tão silenciosa e tão agregada as nossas atitudes, que quase sempre não sentimos a sua manifestação. Também, com o alto grau de desarmonia e de adoecimento em que estamos de forma geral, querer não manifestar esta falha de caráter se torna um ato de mera utopia. O problema todo é que se não lapidarmos esta chaga mental, com o tempo vamos ficando cada vez mais intoxicados deste veneno, sua reações com o passar dos tempos são um desastre. Ainda mais quando aliamos a este devaneio, as negativas infusões da maledicência, do sofisma, do apego, da ira e da ignorância. Neste caso todos aqueles que de forma direta ou indireta estão ligados a nós, serão no futuro motivo de nossa desdita. Pois teremos que compensar as leis naturais de livre convivência e arcar, mesmo que em vidas futuras, com as dívidas oriundas de nossa manifestação egoística, a qual acentua em nós o sentimento de orgulho. Pobres almas desgraçadas é o que somos, sofremos e vamos sofrer ainda mais pela nossa incapacidade de quebrar as algemas que nos prendem em nós mesmos.


Em síntese, penso que o melhor remédio para a cura desta doença chamada orgulho, é a prática diuturna do amor e sua manifestação coletiva, o altruísmo. Falar e não agir é o mesmo que pensar e não raciocinar, as verdades acabam morrendo. E mais do que verdades precisamos de crenças, pois elas são mais flexíveis e espelham muito mais a eterna relatividade em que estamos posicionados. Melhorar é preciso.


ARATANAN
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