quarta-feira, 25 de julho de 2012

Estamos em crise?






Crise econômica, social, financeira, emocional, partidária, de pessoas, gênero, números e outras coisas mais. Este é o assunto do momento, em tudo que vemos sentimos e percebemos tem o tal cheiro de crise. Basta ligar a televisão para ver o comportamento do mundo e percebemos nele certo nível de crise. Basta conversar com alguém para vermos que nestas pessoas existe uma determinada gama de crise.

Ouvi falar tanto em crise que fiz uma pesquisa sobre o verdadeiro significado do vocábulo, o interessante é que encontrei a seguinte linha de definição:

Significado de Crise

s.f. Mudança brusca que se produz no estado de um doente e que se deve à luta entre o agente agressor infeccioso e as forças de defesa do organismo. Período de manifestação aguda de uma afecção: crise de apendicite. Manifestação violenta, repentina e breve de um sentimento, entusiasmo ou afeto; acesso: crise de gargalhadas; crise de arrependimento. Fig. Momento perigoso ou difícil de uma evolução ou de um processo; período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução: a adolescência é uma crise necessária. Fig. Conflito, tensão: crise familiar. Fig. Ausência, carência, falta, penúria, deficiência: crise de mão de obra. Decadência; queda; enfraquecimento: crise de moralidade. Crise econômica, ruptura periódica do equilíbrio entre produção e consumo, que traz como consequências desemprego generalizado, falências, alterações dos preços e depreciação dos valores circulantes. Crise ministerial, período intermediário entre a dissolução de um governo e a formação de outro em regimes parlamentares. No campo da Psicologia, em particular da Psicologia do Desenvolvimento, o conceito de crise é explicado como toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais. A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjectivamente. A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de factores que podem ser tanto externos, como internos. Toda crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reacção. Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reação a situações menos agradáveis. Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida. Factores de Risco - Características ou condições de vida de uma pessoa ou de um grupo que as expõe a uma maior probabilidade de desenvolver um processo mórbido ou de sofrer os seus efeitos. Factores de Equilíbrio - Condições que favorecem e estimulam um desenvolvimento harmonioso. Na Teoria Construtivista - O individuo passa por várias crises desde os seus primeiros dias de vida até ao final da adolescência. Nesta perspectiva, a crise é maturativa, proporciona aprendizagem. Na Teoria Sistémica – A crise não é necessariamente evolutiva. Define-se como a perturbação temporária dos mecanismos de regulação de um sistema, de um indivíduo ou de um grupo. Esta perturbação tem origem em causas externas e internas.



A significância vai de problemas de saúde, sentimentos, condições psicológicas a desordens de atividades gerencias, administrativas e financeiras. Ponto! Desse infindável número de causas, temos como objeto das crises o “ser humano” como a fonte da desordem que de maneira geral todos sofrem na forma direta e/ou indireta.

Imagine uma crise financeira, onde você é rico de dinheiro e não tem a quem pagar ou comprar o serviço, vez que o dinheiro de uma hora para a outra perdeu todo o se valor de compra e fomento. Vai adiantar ter dinheiro?

Só temos crises por que temos pessoas de formas e características diferentes e os que dominam todos os sistemas de gerenciamento mundial, pensam primeiro no lucro que a máquina estatal precisa captar para franquear de forma disfarçada a especulação e o ganho financeiro de poucos crápulas e vampiros das finanças.

Existem pessoas pelo mundo que são essencialmente as larvas daninhas descrita na Bíblia cristã, ou melhor, as traças que vivem no ouro e na prata. Estes são de certa forma, e, em conjunto com o poder do Estado, os grandes vilões de nossas dificuldades materiais. Não entendo como o Estado na gerência da coisa pública, pode visar o lucro em desfavor do benefício de seus administrados. Não entendo como um pequeno grupo de administradores da coisa pública pode viver na riqueza em desfavor da grande massa de desprestigiados espalhadas pelo mundo.

O planeta é rico e possui bens de consumo para todos, não entendo a dosagem mínima que é permitida a grande maioria da massa mundial – Não entendo!

Deve ser por isso, que estamos também em crise na Umbanda, pois a má gerência das coisas de Deus tem implicado na má distribuição das coisas do espírito em favor de um seleto grupo que não quer dividir o ouro com ninguém. Por outro lado esta grande maioria de desprestigiados, se assumisse o poder das coisas de Deus, também não dividiria a fatia do bolo com ninguém. E nós pequenos altruístas e sonhadores de outrora, temos infelizmente que sobreviver com a tão famigerada crise de nós mesmos.


Paciência, já sei que não vou mudar o mundo!



Aratanan

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mediunidade que NÃO se compra a quilo!



Ainda bem que nem todos são médiuns!


Imagine se todos fossem médiuns, que inferno que seria. Um terreiro em cada esquina, todo mundo sendo “patrão” (chefes e outros títulos de terreiro correndo à revelia), invenções e mais invenções. Além de um código de ética espiritual e moral nos mesmos basilares que o livro sagrado dos cristãos vem há milênios sofrendo assédio de interesses, épocas e formas contraditórias a sua verdadeira essência como obra.


Seria um desassossego se tivéssemos tantos médiuns por ai, nos dando consulta em boteco, padaria, sala de espera de consultório médico, estádio de futebol e festas. Não teríamos mais a liberdade de culto ou a eterna luta pela manutenção da cultura afro-brasileira, vez que o comum, nos abrasaria a mente e as vivências – seriamos ao final das contas a maioria. Búzios e trabalhos espirituais seriam a lambança de nosso excesso, ruas infectadas de lixo tóxico, produzidos pela inconsciência de muitos aproveitadores de plantão. Nossa massa pecuária e avícola teria números incalculáveis e a dor do holocausto humano se transferiria para os nossos irmãos na forma animal.


A parafina seria a matéria prima mais cara do mundo e as guerras entre judeus, árabes e outras etnias de identidade religiosa, se transferiria para entre umbandistas, candomblecistas e kardecistas. Teríamos a guerra dos médiuns, para a qual seria exibido um filme de vez enquanto, pelas grande produtoras cinematográficas, com o intuito de mudar a opinião pública de acordo com os interesses econômicos e sociais do momento.


Os mestres da banda teriam guarda costas, suas contas bancárias teriam valores astronômicos e a conversão religiosa ocorreria a preço muito vil, pois atos de iniciações e outras quimeras mais, seriam vendidos pelo melhor dos leilões. A vida seria um engodo funesto, não teríamos mais medo de fantasmas e de espíritos. Tudo seria muito sem graça. Seria o mundo das invencionices e críticas ao trabalho alheio. Os espíritos não precisariam mais atuar de forma negativa, pois tudo se resumiria a negação da espiritualidade na forma em que a conhecemos.


Outras religiões seriam peças desbotadas de museu. Servindo apenas para resgate funesto de que não deveríamos servir ao outros credos e outras crendices. Seríamos objeto de desejo de nossas fantasias e adoraríamos em curto prazo um Deus com nome do novo “Aeon” para substituir o tão desgastado Deus de hoje.


E falando em Deus de hoje, mando a ele todo o meu agradecimento, pois mediunidade não se compra a quilo, e, quem de alguma forma possuí este compromisso, faça o favor de calçar a cara e deixar de ser tão complicado. Ato que só pode transformar o mundo e as pessoas em coisa pior do que realmente precisam ser – Livres em Deus.



Aratanan – Contínuo carregando o meu ½ KG de mediunidade.