sábado, 4 de julho de 2009

Amor


Pois ninguém é feliz neste mundo tendo amado uma vez. (Raul Seixas)
Estava pensando sobre o amor e noto que nossa noção de amor é bem equidistante do que deveria ser realmente. Na realidade confundimos amor com “paixão”, pois nosso egoísmo não nos deixa dividir bem as coisas e fazer uma diferenciação do sublime e abstrato frente ao egoísta e personalíssimo.

Penso que amor de verdade (levo em consideração o grau de evolução em que estamos) é uma abstração e um estado do ser. Nele você se conhece e não transfere ao outro uma responsabilidade que é sua. No amor você se estabelece e se conhece, nele você transcende a expectativa que as pessoas tem de você e manifesta o seu verdadeiro eu.

O amor é nossa saudade premente de Deus, de quando estávamos juntos e unidos a ele (famosa e tão mal interpretada queda dos anjos), naquele estágio podíamos sentir a essência da criação, a qual não tem e nem terá limites.

Em contrapartida manifestamos uma pretensão de amor, que se não peca na forma, peca na transformação desta abstração em sentimentos, pois transferimos nossas expectativas ao outro e nele criamos uma dependência que se não for bem administrada se transforma em “paixão”.

Ai a coisa complica, pois nosso ego quer submeter a vontade do outro a nossa. Aquele por quem temos a malsinada “paixão” tem que se submeter a nossa vontade e dela não pode fugir. Nosso ego não permite que essa pessoa nos diga: - Não, eu não tenho o mesmo grau de paixão que você desenvolveu por mim.
E depois disso, só tristeza e decepção, pois aprendemos a ver no outro, nós mesmos (dependência). E os desatinos começam a açambarcar nossas mentes, pois nosso orgulho e nossa vaidade não nos permitem, receber um não frente ao grau de “paixão” que possuímos pelos outros.

Assim, como sempre digo: Pare, pense, raciocine!

E para finalizar, faça uma análise de sua vida e veja se você tem amado ou tem manifestado o que seu ego adora – Paixão.

Dessa forma peço vênia ao Raul, para transcrever sua música com o seguinte sentido:

Pois ninguém é feliz neste mundo tendo se apaixonado uma vez!
Aratanan de Aracruz – Amor em Deus e em nós mesmos!



Amor de verdade diz NÃO!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PROBLEMAS FINANCEIROS



Nos últimos meses tenho visto uma grande massa de pessoas acorrendo ao terreiro que freqüento pedindo socorro aos guias espirituais no que se concerne a questão financeira.



Vejo que estamos vivendo várias crises; dentre elas as emocionais, de saúde, sociais, de vergonha na cara (e esta é séria), de existência, de moralidade, financeira e outras.
No que concerne a crise financeira vejo que a mesma vem se manifestando em silêncio desde o início de 2008, e, agora a coisa ficou mais séria e agressiva. Quem sofre com isso, e, como sempre sofreram, são os menos afortunados, pois os ricos sempre serão “os ricos” (não vou entrar na questão de como foi conseguida a riqueza pessoal de cada um).


Percebo que as pessoas pela facilidade de aquisição de bens, perderam o limite entre o necessário e o dispensável. Noto que as pessoas estão comprando muito mais que a necessidade lhes cobra e por isso estão vivendo um caos financeiro que não tem limite.


Além disso, a facilidade de compra tem empurrado os mais invigilantes, para o endividamento perpétuo, pois nem bem acabaram de pagar uma dívida, logo se empolgam no sentido de fazerem novas e desnecessárias aquisições.


E quando a barriga dói, começam os apelos de tudo enquanto é jeito e as barganhas de tudo enquanto é forma, os desesperados fazem pactos com Deus e/ou com o Diabo e se esquecem de uma só verdade, eles é que deram na maioria das vezes, motivos para o aperto financeiro em que vivem.


Nos pés das entidades espirituais, nota-se que a paciência e a experiência dos irmãos espirituais ajuda no sentido de uma necessária reforma consciencional, a qual alicerça a formação de menos ambição material por parte dos consulentes e de um novo posicionamento frente às reais necessidades dos mesmos.


E enquanto a roda gira, pense, mude sua forma de sentir e perceber as coisas, isso vai te ajudar a não se escravizar com coisas desnecessárias na maioria das vezes (salvo exceções).

Aratanan de Aracruz – Eu sei que é difícil pensar!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Materializações de Espíritos II.


Hoje a noite estava conversando com uma pessoa amiga, “M”, e ela me falou da impressão que lhe causou a foto de materialização de um espírito no texto do dia 18.06.2009 – “Quem são os Espíritos?”.

Pessoalmente entendo que este tipo de fenômeno está praticamente reduzido a pequenos grupos de estudo, pois não temos muitas notícias de médiuns possuidores de grande capacidade de doação de ectoplasma. Mesmo que existentes, poucos são os médiuns que se comprometem com a dura disciplina, anterior a produção desses efeitos físicos proporcionados pelos espíritos.

Pelo lado dos espíritos vejo que esta modalidade foi quase que abolida, vez que a necessidade de comprovação da existência de campos paralelos de manifestação da vida extracorpórea, a muito foi por bem resolvida. Hoje temos pessoas que por essência e esclarecimento acreditam mesmo na existência dos espíritos; por outro lado, alguns que acreditam, mas com o pé atrás, pois morrem de medo de espíritos; outros que por medo e conveniência não querem nem falar neste assunto.

Por experiência própria posso afirmar que geralmente os espíritos dão as caras aos que acreditam, pois eles não perdem tempo na conversão de pessoas cujo grau consciêncional não permite ver nem a própria face refletida no espelho. O engraçado é que criaram tanto bazófia em relação às manifestações espirituais, que a grande maioria prefere fugir do assunto a enfrenta-lo de frente e com a certeza de que o mesmo se manifesta através de leis físicas que na maioria das vezes ainda não conhecemos.

Mas fazer o que? Se Jesus vivo e encarnado foi desacreditado, o que esperar da raça humana em relação a coisas que a cegueira grupal não os permite ver, enxergar e perceber.



Quem quiser se aprofundar no assunto indico o livro materializações luminosas de R.A. Ranieri, que pode ser encontrado em sebos, por estar esgotado acredito.

Aratanan de Aracruz – Eu acredito em Espíritos!
Foto - Materialização de um espirito através do Médium Peixotinho


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Muito Rei Para Pouca Coroa!



Que a vaidade e o egoísmo estão em todos os lugares, disso eu não tenho dúvida. Mas encontrar tais manifestações na Umbanda é um despautério sem limites.

Fazendo minha busca diária por informações sobre a Umbanda e suas representações fico deveras preocupado, vez que estão transformando a nossa querida Senhora dos Véus numa fábrica de desonestidades sem limites (salvo raras exceções). Da até medo das coisas que são lançadas sobre a alcunha de Umbanda por este mundo a fora.

Já vi de tudo, trabalhos para se ganhar dinheiro (mas o médium que vende o trabalho é pobre e ainda cobra por ele), amarração (como se os espíritos estivessem à disposição dos médiuns e seus feitiços), encontro do amor eterno (este só em Deus), quebra da magia (como se todo mundo soubesse fazer magia), etc...

E o que é pior, estão usando a santa Umbanda para fazer propaganda enganosa em cima de pobres almas invigilantes. Aí a coisa piora, pois já vi Pai de Santo e ex-Pai de Santo (como se um santo tivesse um pai terreno cheio de defeitos), Pai de Santé (o mesmo que Pai de Santo, mas com nome disfarçado), Mestre (Um Pai de Santo que quer chamar seus “concorrentes” de discípulo), Chefe de Terreiro (Um Pai de Santo mais modesto).

E no final, com as raras exceções que sempre faço questão de frisar a Umbanda vai se perdendo, na forma e no conteúdo, pois além de usarem seu santo nome em vão, transformaram a mesma em uma fábrica de dinheiro e num antro de prosopopéias inúteis que estão trazendo mais desordem e desrespeito a mãe de todas as religiões.

E na batida da lata, vários espertalhões estão tirando proveito de nossa religião, uns fazem propaganda negativa em cima da mesma (evangélicos e afins); outros pecam por utilizar a mesma para satisfazer sua ganância desmedida e sua sina de imperfeição e prazer na fomentação do engano dos bobos de plantão.

E quando é dada a oportunidade para que as lideranças tentem uma conversa franca e verdadeira, transformam o ato num espalhafatoso meio de promoção pessoal. E os pobres necessitados de vários eixos, ficam vendo a briga dos reis pelas poucas coroas, sem nada poderem fazer. Fato este, que deixa nossa religião, sempre na contra mão do esclarecimento e da impossibilidade do conhecimento de sua força.

Penso que o AMOR verdadeiro é capaz de dizer “NÃO”!

Aratanan de Aracruz – No meio Religioso todo mundo quer ser Rei (salvo raras exceções)!