quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

União e Demagogia


Cada um no seu terreiro!

Este é o lema da Umbanda atual, pois existe tanta inimizade e tanta intolerância em nosso meio que é difícil encontrar líderes umbandistas que caminhem juntos, e, se respeitando mutuamente.

Todo mundo que ser o dono do Santo, mesmo que de forma simulada (ressalvo exceções), fazem de tudo e inventam de tudo. Um dia conversando com um grande amigo (M.: K.:), mostrei a ele o tanto de bugigangas que havia acumulado em minha caminhada mediúnica e o mesmo ficou sem palavras para definir a invencionice que eu estava carregando.

Como sempre digo paciência!

Eu também já fui manipulado.

Tenho ouvido e lido muito sobre união, mas deverás percebo que o caminho percorrido pelos umbandistas da atualidade está muito longe desta utópica necessidade. Vejo que um dia iremos nos unir, mas não de forma cadenciada e forçada. Uniremos-nos pela simples existência de trabalhos efetivos que se aproximam na essência. Enquanto estivermos nesse disse, não disse, estaremos longe de caminhar juntos em favor do bem comum, ou seja, nós mesmos dentro de um todo!

E para finalizar, vivemos hoje a grande manifestação da demagogia, onde recebemos em parcelas atos de puro sofisma em face de nossa desequilibrada fé no santo. Paciência, pois se assim está não devemos transferir a Deus a culpa pela nossa maledicência.

Aratanan de Aracruz

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Magia



Esta semana fui questionado várias vezes sobre a magia. Me fizeram várias perguntas do tipo, pega? Não pega? Qualquer um faz? Como evitar? Etc.


Penso na magia como uma forma de manifestação da vontade. A magia positiva surge com a vontade primeva, ou seja, nascer ou morrer. Nascemos e morremos todos os dias. Alguns nascem em seus sentimentos, ações, atividades, posturas e diversas mudanças. Quando mudamos nossos conceitos, morremos para os velhos hábitos e acabamos renascendo todos os dias.

Algumas pessoas percebem isto de forma mais oportuna, outros demoram um pouco para a “ficha cair”, mas todos mudam. Morremos também quando mantemos um padrão vibracional negativo, o qual não nos permite alinhavar novos compromissos e nos comprometermos com novos rumos.

A magia é muito mais do que a forma, ela é ser e querer, ela precisa de vontade para acontecer, por isso digo que ela existe em tudo e em todos. Nos alinhamos dentro de nossa consciência, não conseguimos ir mais longe do que nossa ciência de Deus nos permite, por isso muitos sofrem.

Acompanhado o noticiário, percebo que os destaques jornalisticos são em sua maioria vítimas e compensadores de nossa fraca ascensão moral. Noto que irmãos tem desencarnado diuturnamente, de formas e meios variados, e, em sua grande maioria o destaque vai para a violência.

Pareçe que sentimos um certo prazer em ler e assistir violências, pareçe que a morte nos atrai, sentimos um prazer intrinseco em relaçaõ a isso. Os jornais me dão a impressão de que a violência é uma necessidade da massa humana. Jornal que não fala em violência não vende. Noto dois grandes aliados, o inconsiente coletivo (que muitos não acreditam) aliado a ganância financeira que abarca todas as formas competitivas de comércio.

Quem está coma razão?

Enquanto as pessoas me questionam sobre magia, prefiro refeletir de forma mágica, alinhavando sempre a necessidade do questionamento como processo de construção de uma idéia.

Magia é uma manifestação apenas de poder externo? Somos juízes do destino alheio e podemos controlá-lo? Nossa vontade só se aplica aos outros e não a nós mesmos? Temos moral suficiente para rogar e até mesmo ordenar forças naturais em desfavor de qualquer um? Qual o preço de uma manifestação magistica negativa e ignorante? Até que ponto Deus nos permite agir em desfavor dos outros? Magia pode ser um ato de mudança pessoal ou apenas a manifestação de um aparato qualquer? Como sustentar um passe mágico? Posso ser um magista da coletividade ou apenas de meu ego? Consigo mudar o meu destino antes de mudar o dos outros? Quais fundamentos embasam a minha vontade? Sou generoso ao ponto de querer o bem coletivo, do que o prazer pessoal? A quem me aliar? Como mudar o destino de alguém se não consigo mudar o meu próprio? Minha missão nesta reencarnação se resume a minhas ambições? Etc ....

Vou para por aqui, penso que já agi muito “magisticamente” neste texto.

Saravá fraternal – Aratanan de Aracruz