domingo, 21 de outubro de 2012

(IN)VIGILÂNCIA MEDIUNICA




(IN)VIGILÂNCIA MEDIUNICA

 

“Aquele que se conhece ... acumula conhecimento do ser. E o verdadeiro ser (re)conhece outros seres”.

 

 

Para adentrarmos neste tema precisamos esclarecer alguns conceitos os quais são base para o despertar da vigilância espiritual e mediunica como um todo. Primeiro precisamos ter consciência do “SER” ou dos “SERES” os quais são em síntese nós mesmos.

 

Aquele que se conhce, conhece a si mesmo e ao próximo. Pois tem capacidade de se ver no outro, tendo capacidade de se divir com o outro, tudo isso levando em conta o grau conciencional que possui. O verdadeiro ser reconhece outros seres. É a máxima cristã do “conhece a ti mesmo” sendo a primeira etapa da senda iniciática.

 

Outro fundamento necessário a compreensão do auto conhecimento é a necessidade de se conhecer Deus ou percebê-lo como o incriado absoluto, porque é único e indivisível que jamais recebeu sopro vibração ou irradiação de nenhuma outra realidade por acrescimo sobre si mesmo. Somente conseguimos enxergar a vida em Deus se nos conhecermos melhor.

 

Jesus segundo o texto biblico cristão definia Deus como manifestação do amor, ou seja, da capacidade de respeito, compreensão, aceitação sem limitação do outro, desde que para isso voce se conheça primeiro. Tudo isso, para que de forma direta voce não se veja na manifestação externa do outro e entenda sem submissão que a evolução de cada um é individual e muito própria.

 

Para isso, devemos entender que somos o micro que manifesta por refração a manifestação do macro. Nossas atitudes e decisões têm repercusão no todo, da mesma forma que o todo tem por refração repercusão em nós mesmos. Podemos sentir muito bem esta lei ao respirarmos, onde de forma muito pessoal conseguimos trazer pela respiração o que é externo para nosso ambiente interno, e por conseguinte, devolvemos da mesma forma ao externo o que de certa forma habita o nosso interior.

 

Agora sim, podemos perceber que somos a semelhança e imagem de Deus, pois se trazemos o macro para nosso microsistema a contar de nossa simples existência e vida, estamos de forma direta ligados a Deus (união de todas as conciências reinantes no ilimitado de sua manifestação). Deus está em todos os lugares e em todos os momentos e formas, porque simplesmente existimos. Se somos cópia e semelhança de Deus, onde estivermos ele também estará (onipresença), onde manifestarmos nossa conciência ele também se manifestará (onisciência) e onde gerarmos ou criarmos por extensão de nossa energia pessoal, Deus também criará (onipotência).

 

Para que todos estes processos se alinhem, temos que utilizar de um meio mecânico/espiritual que nos mova dentro de nossos alinhamentos conciencionais, tal meio é conhecido entre nós espiritualistas como reencarnação. A reencarnação é a oportunidade de vivenciar o amor em sua forma completa com a finalidade de chegarmos a Deus. Através da reencarnação (voltar a carne = ao “religare” dos católicos definido com religação) nos reconhecemos mais via autoconhecimento e diminuimos a distância de Deus.

 

Desta forma e ao conhecermos estes conceitos, não com a profundidade que eles merecem ser estudados, já temos uma certa habilitação para falarmos da “MEDIUNIDADE” (medida + unidade), ou seja, união de todas as coisas limitadas à ilimitação de Deus. Medida de Deus – Uma parte de Deus que nos é dada para provocarmos a união de todas as conciências (forma de se trazer a consciencia todos que ainda estão inconscientes). Desta forma, só consegue aspirarar a mediunidade na essência do conceito, aquele cuja “vontade” se manifestou no autoconhecimento, e a partir deste princípio, começou a caminhada evolutiva para união com a ilimitação do criador. Por isso nem todos os seres reencarnados são médiuns na força do conceito, pois para que isso aconteça de forma profunda necessário vencer as barreiras que nos afastam do conhecimento obrigatório de nós mesmos.

 

No autoconhecimento podemos ver que somos cópia de tudo o que existe ou melhor de tudo que se manifesta dentro dos quatro elementos da matéria: Somos a água (60% de nosso corpo é formada deste elemento); somos terra (ossos, musculos, unhas, cabelos e etc); somos ar (nos inflamos dele enquanto tivermos vida e nos alimentamos de sua força e poder de nutrição); e somos fogo (calor de nossos corpos a 37° graus celcius; a capacidade de enxergar pela refração da luz em nossas pupilas e etc).

 

Para ser médium de forma absoluta temos que possuir a mesma medida do absoluto, tudo isso não nos impede de acessar de forma relativa esta senda, onde nos sintonizamos através dos processos reencarnatórios com a via necessária de chegada a Deus. Nem todos os seres são médiuns, vez que os seres ainda não são iguais em consciência. E como não somos iguais em grau e forma de pensamentos e conciências (ter ciência de Deus em sua totalidade), temos apenas um pequeno acesso a linha evolutiva desta longa caminhada. Para ser médium de forma absoluta temos que ter a mesma medida de Deus e como temos graus consicencionais diferentes também não somos habilitados em nossa totalidade ao exercício pleno da mediunidade. Arriscamos, inclusive, a dizer que neste planeta um grupo muito pequeno de seres exercem os primeiros passos da verdadeira medida de Deus (mediunidade absoluta).

 

Voltando ao tema de nossas divagações, temos que se nos convencermos da necessária mudança consicencional, ficará mais fácil resolvermos nossas aparentes dificuldades comportamentais e de acesso a via evolutiva absoluta. A invigilância ocorre e ocorrerá por não conhecermos a nós mesmos e também por não darmos a atenção necessária a necessidade de nos conhecermos de forma absoluta. Segundo o amparo cristão do “orai e vigiai” (temos a Biblia como um livro simbólico), a nossa não vigilância leva-nos ao descuido de nossos compromissos cármicos enquanto estamos reencarnados neste planeta escola (arrisco a chamar este planeta de colônia de férias, haja vista a forma com que tratamos a experiência desta vida).

 

De forma obrigatória e em síntese precisamos usar da vigilância nas atitudes para evitarmos os perigos da falta de autoconhecimento e de nossas (in)capacidades, deixando o que é externo apenas como um experiência de vida que se ampliará a medida que ampliemos nossa forma de pensar e observar os segredos e poderes que podem ser nos dados a medida que evoluamos conciencionalmente.

 

Fomos feitos para caminhar de forma individual, pois a evolução acontecerá na união das individualidades que formarão o todo e indivisivel.

 

Aratanan