sábado, 11 de abril de 2009

Sempre um alerta!


MÉDIUM UMBANDISTA

O Médium Umbandista é diferente de outros tipos de médium, pois sem vantagem nenhuma, é um médium preparado para grandes impactos astrais e praticas afetas a contra magia. Esta classe de médiuns, já vem preparada antes da reencarnação, cabendo ao “Chefe do Terreiro”, onde estão vinculados, encaminha-los pelos caminhos seguros da vivência espiritual, o que quase sempre não acontece.
Além disso, o médium de Umbanda tem que tomar muito cuidado com suas atitudes, sejam elas na vida pessoal ou na vida social em que está envolvido. Médium tem que escutar muito e falar pouco, pois os inimigos espirituais que já te conhecem de outras passagens pela carne, te farejam longe, e vão fazer de tudo para que você não se encontre espiritualmente, pois com certeza terão menos trabalho se te desencaminharem em seus compromissos pessoais e cármicos.

Preste atenção nas coisas; perceba como você é influenciado para atitudes que não gosta. Se observe! Veja como você é fraco e sem opinião, note como você flexibiliza coisas que com certeza vão te fazer mal. Veja a quantidade de “sim” que você pronuncia para convites esdrúxulos e sem efetivo proveito em sua vida.

Acrescentamos ainda, que a percepção do médium ligado a umbanda é por vezes afinada com a necessidade de estar sempre se defendendo. Daí é bom ficar com as barbas de molho e evitar se expor demais, cuidado com bares, festas de arromba, determinadas conversas e assuntos. Você não precisa se entristecer, deixar de ser alegre e comunicativo (contar suas piadas e beber sua cervejinha), tem que ter “jogo de cintura” e saber que às vezes é melhor ir embora mais cedo, evitar alguns excessos e ser definitivamente o “dono de seu destino”.

Finalmente; para o Médium de Umbanda o seguinte aviso – O MELHOR TERREIRO É AQUELE EM QUE VOCE SE SENTE BEM. NÃO TENHA MEDO DE SAIR DE TERREIRO NENHUM E FIQUE ESPERTO SE SEU DIRIGENTE, “CHEFE DE TERREIRO” OU AS ENTIDADES “DELE” COMEÇAREM A TE FAZER AMEAÇAS, SAIA FORA PARA NÃO SER ESCRAVIZADO.


(Este texto só pode ser vinculado fora deste Blog, com autorização expressa do Autor – Lei 9610/98). (Foto que acompanha este texto retirada do site Openphoto - Auto Daniel Steger)

sexta-feira, 10 de abril de 2009


MEDO DOS ESPIRITOS



Quem não tem medo?

Se você disse que não, é mentira. O medo se relaciona a um sistema de defesa de seu cérebro, para evitar que você entre em situações de risco. Já percebeu que pessoas com problemas mentais geralmente não calculam o risco de suas ações e precisam ser monitoradas para que não cometam atos contra a própria vida.

E quando falamos de espíritos e suas manifestações! Ai a coisa se complica. Conheço muitos médiuns que mesmo operando há anos junto a seus guias espirituais morrem de medo de espíritos e suas manifestações. Cito como exemplo, os trabalhos realizados com espíritos ligados aos planos de Exú. Os temidos Exús da falange de Exu Caveira.

Para começar, as manifestações destes espíritos já fazem com que o médium sinta dores físicas e estados alterados de consciência. Não fosse isto, estes espíritos são treinados para trabalhos de corte e contra magia de alta movimentação de energia (principalmente energias livres).

Além do mais, é muito difícil encontrar um “Chefe de Terreiro” devidamente gabaritado para trabalhar com este tipo de movimentação. Sem contar é claro com o fetichismo existente sobre esta classe de espíritos. Nem vamos falar das mistificações e das presepadas que envolvem os trabalhos com estas falanges.

Já vi de tudo, médium bebendo sangue de animais, comendo carne crua, dormindo em cemitério, roubando ossos também em cemitério, tendo relação sexual também em cemitério, matando boi, vaca, cabrito e etc.

Ai vem a pergunta. Para que tudo isso? A quem estamos agradando? Quem é beneficiado com tal atitude?

E a resposta é o vazio, com repercussão no medo, o qual se transforma em trauma para algumas pessoas. Pois, além da ineficiência de tais atitudes, podemos perceber que no fundo, o nosso campo mental nos dá um alerta de que alguma coisa esta errada.

E este é um grande segredo para quem está começando nas práticas magísticas. O medo é um sinal, o qual deve ser refletido, antes da tomada de qualquer atitude. É como um temporizador que vai te dar o caminho certo para a devida tomada de posicionamento. Penso que o medo dá o “start” para que o médium decida o melhor caminho ser tomado.

Esse medo com o tempo se transforma em expansão dos atributos de sua consciência e permite a você, a criação de um canal de percepção com o mundo astral. Ato que vai dar segurança aos seus trabalhos.

Agora não pense que mesmo utilizando deste sistema pessoal (ativado através do medo), que você vai conseguir agradar a gregos e troianos, isto você não vai conseguir nunca. E quando falo de medo, não falo de horror, nem de trauma, nem pavor, nem de fobia e outras coisas mais. Falo de você e sua capacidade de poder entender as coisas através de uma leitura prática de seu sistema físico e mental.

Com certeza os espíritos vão te agradecer e teremos menos equívocos e desmandos no meio umbandista.

“Este texto só pode ser vinculado fora deste Blog, com autorização expressa do Autor – Lei 9610/98). (Foto que acompanha este texto retirada do site Openfoto)

UMBANDA E UNIVERSALISMO - Um grito de alerta!: Iniciação - Conto Umbandista - Parte I

UMBANDA E UNIVERSALISMO - Um grito de alerta!: Iniciação - Conto Umbandista - Parte I

UMBANDA E UNIVERSALISMO - Um grito de alerta!: Iniciação - Conto Umbandista - Parte II

UMBANDA E UNIVERSALISMO - Um grito de alerta!: Iniciação - Conto Umbandista - Parte II

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Iniciação - Conto Umbandista - Parte I


“INICIAÇÃO”


“Conto umbandista”
Autor – Aratanan de Aracruz

Juca era um rapaz normal, acordava, comia, trabalhava, e dormia de novo. A vida lhe proporcionava o mínimo, pois Juca tinha sempre o que comer, tinha uma cama limpa para dormir e tinha o respeito das pessoas na vila onde vivia.

Apesar de já ter quase 30 anos, Juca era solteiro, trabalhava como carpinteiro e ganhava o suficiente para ajudar seus pais na despesa da casa. Juca tinha uma paixão danada por uma moça que ele conhecia desde pequeno, o nome dela era Ritinha, ela era uma flor de morena.

Nas brincadeiras e nas festas juninas, Juca fazia de tudo para ficar perto da Ritinha, até dançar quadrilha, só para ter a oportunidade de topar com aquela morena linda. A vida corria tranqüila, apesar das dificuldades que todo mundo passa. Com Juca, as coisas não eram diferentes, pois o mesmo suportava os trancos da vida sem perder as forças diante das dificuldades que lhe eram apresentadas.

O tempo passou e Juca começou a sentir diferente, começou a ouvir vozes, a ter uma azia que não acabava nem por reza brava. Além disso não sentia vontade de se levantar da cama, tinha pesadelos terríveis, e sentia um peso danado sobre seu corpo quando dormia. Tudo isso aconteceu de uma hora para outra, e, como sempre acontece Juca procurou um médico.

Feitos os exames, nada foi encontrado, quase viraram o Juca pelo avesso e nada. Mas as coisas “ruins” continuaram, passa mal dali, passa mal de lá e coitado do Juca, que não agüentava mais de tanto remédio que lhe era indicado.

Conselho então é que não faltava – “toma chá disso minino, que cura”; “toma chá daquilo minino que ocê vai meiorá” – e como resultado nada. As coisas foram piorando, pois as vozes que antes só atacavam de noite começaram a ser ouvidas de dia, e, era tanta coisa que ele ouvia, que ele já estava com medo de estar ficando doido.

Passada esta fase, vieram os conselhos de caráter religioso, e coitado do Juca, toma água benta, leitura de bíblia, exorcismo de padre e outras coisinhas mais. Nada dava certo. Até que um dia, o Juca é convidado para ir numa reunião de umbanda, onde o centro conforme diziam era “muito respeitoso”, e, verdadeiras curas eram feitas naquele lugar.

Sem muita esperança lá vai o coitado do Juca, para o centro de Umbanda. Quando ele chegou, já tomou um susto, pois as vozes voltaram com uma força incrível. Antes dele se sentar já sentiu um peso desgraçado nas costas, e, por incrível que pareça sentiu uma dor danada no estomago e nos intestinos. Na sua cabeça só vinha um pensamento – “Pelo amor de Deus, o que eu estou fazendo aqui. Que vontade danada de sair correndo e não voltar mais”.

Não refeito do susto, foi o Juca chamado para a consulta e quando caminhava para o atendimento, sentiu que seu corpo não obedecia mais aos seus comandos mentais. Começou a suar frio e a fazer movimentos involuntários, quando de repente eclodiu uma voz gutural de dentro de suas entranhas, a qual após uma longa risada se apresentou como Exú ....., dizendo que vinha para dar continuidade a uma programação iniciada antes da atual reencarnação do Juca.

E ai minha gente? O que fazer? Para onde ir? Como conviver com a mediunidade? Como tratar? O que ler? O que estudar? Quais as coisas que deveriam ser feitas para preservar a mediunidade? A quem recorrer?

Todas estas dúvidas perpassaram na mente de nosso incauto Juca, e, ele sem perceber assumiu compromissos que iriam doer em sua alma para o resto de sua vida....

Sua caminhada naquele terreiro foi no início como uma lua de mel, tudo era novo, as pessoas eram simples e o Juca chegou a acreditar que estava no céu. Quanto aprendizado, quanta instrução. Juca aprendeu de tudo um pouco, aprendeu a rezar, defumar, acender vela, limpar o terreiro, limpar casas de força, tratar dos Exús, preparar cerimônias e etc.

Bons tempos aqueles. E com o passar dos mesmos e já habituado a vivencia de terreiro, Juca não tinha mais tempo para nada, quase não convivia com a família, quase não via a Ritinha, pois vivia do trabalho para o terreiro e do terreiro para o trabalho. E que é pior, sua vida pessoal estava quase que dominada por seu “Pai de terreiro”. E toma-lhe demanda, feitiço, contra-feitiço e etc. Juca além de não conseguir efeito naquilo que executava, já estava com a vida pessoal e financeira, mais que atribulada, era cada aperto que só Deus mesmo para ajudá-lo, pois os seus “feitiços” não tinham eficácia quase que nenhuma .

E a coisa piorou, pois se Juca ajudou na fortificação do terreiro, esta mesma fortificação vai ser a culpada de sua desdita. Preste atenção nestes fatos: Quando Juca começou no terreiro ele era puro e realmente bem firmado e comprometido. Com o passar dos anos, o trabalho dos guias repercutil, de forma que pessoas afortunadas começaram a freqüentar o dito terreiro. Somado a isto, estas pessoas afortunadas começaram a assediar o “Pai de terreiro” com presentes e tratos de caráter financeiro que em pouco tempo, transformaram o mesmo, num escravo das vontades alheias.

E ai meus amigos, vocês já sabem o final desta missiva. Aquilo que era para ser uma coisa simples e honesta virou uma fábrica de fazer dinheiro, dá-lhe colar, livro, ponto riscado, trabalho na mata, rito para esta e para aquela entidade, encobrindo apenas a astúcia de se ganhar dinheiro fácil.

Só que tem um detalhe – Médium de verdade é produto em falta no mercado – e não é que o Juca foi assediado pela tal da “iniciação”, pois seu “Pai de Terreiro” viu que a mediunidade do Juca poderia ajudá-lo a ter sucesso não só na propaganda do terreiro, mas nas questões de trato financeiro, o que naquele momento muito lhe agradava.

Assim começou a “via crusis” do Juca, primeiro enxergaram nele a possibilidade de ser um “iniciado”. Fizeram Juca acreditar que ele poderia ser melhor do que os outros, que ele era uma pessoa especial, que o astral lhe daria poderes especiais sobre as pessoas e sobre os quatro elementos da terra. E dá-lhe sofrimento. O Juca coitado, já não sabia para onde ir mais, perdeu o emprego, a Ritinha estava noiva de outro, seus pais não conversavam mais com ele (o Juca se achava melhor do que os outros e era intolerante com as opiniões diferentes da sua) e ele estava totalmente isolado do mundo em que vivia.

E diante deste sofrimento danado, o Juca só recebia palavras de consolo no sentido de sofrer mesmo, pois a iniciação trás sofrimento, as provas são difíceis e que ele não deveria cair frente às provas que lhe eram apresentadas.

E os guias do Juca, onde estavam?

Coitado dos guias do Juca, por mais que insistissem, o Juca não os escutava. Era como se uma voz longe lhe desse um “pito” de vez enquanto. E o Juca se isolou de vez da sociedade em que vivia, ele acreditou que era realmente um enviado, um grande iniciado, sua roupa de trabalho chacoalhava de digínas e insígnias, mas a noite quando ele ia dormir, ele se sentia sozinho e abandonado.

Não poderia ser diferente, o Juca tinha que se sentir sozinho, pois quanto mais ele se iniciava com os homens, mais distante ele ficava dos espíritos. Coitado do Juca, de que lhe valiam aquelas tábuas, guias e pembas, se ele ainda não tinha se encontrado.

Quando o Juca olhava para dentro de si, a única coisa que ele via era a foto do seu “Pai de Terreiro”, pois ele tinha perdido a sua identidade; mas até ai tudo bem, pelo menos o terreiro estava indo de vento em polpa. E que polpa.

O tempo foi passando e novos médiuns foram chegando, e Juca, começou a perceber que suas intervenções eram desprestigiadas, as mensagens dos seus guias eram renegadas e que ele já não era mais necessário naquele meio espiritual.

Arrasado, Juca procurou apoio nos seus guias, e graças a “Deus”, encontrou. Muita coisa foi esclarecida muita verdade foi demonstrada e Juca viu a série de equívocos e erros a que foi conduzido.
"Imagem colhida na Web e sem identificação da autoria".

Iniciação - Conto Umbandista - Parte II

(Continuação)

Para inicio de conversa, “iniciação” é um ato espiritual e subjetivo, ela acontece quando o discípulo está pronto. E me perdoem o personalismo da idéia, mas quem faz iniciação é o plano espiritual, mesmo que usando a mão de um irmão mais experiente, o qual servirá apenas e tão somente, quando for o caso, como meio de manifestação das energias agregadas a aura do iniciado.

Deve ser por isso que vemos tanto médium que se diz de iniciação, que não consegue resolver os seus problemas mais básicos. Pois digina e insígnias bordadas nas roupas não formam o caráter das pessoas, ao contrário embelezam o ego e por conseqüência tornam as pessoas viciosas e vaidosas... que pena!

Segundo que, todo terreiro de umbanda vai muito bem quando não tem dinheiro, pois é só o danado chegar, para que as coisas mudem de freqüência. Começa uma luta interna pelo “poder”, AMIZADES SÃO AÇAMBARCADAS POR INTERESSES PESSOAIS E A COISA DESCAMBA PARA A BAGUNÇA GENERALIZADA.

Terceiro que, a vaidade de alguns médiuns, os impelem para as garras do sexualismo, é só ver uma consulente com atributos físicos, que os desgraçados, começam a ver ligações de outras vidas (não é que isso não possa acontecer, mas se fosse assim o próprio plano espiritual daria o alerta, mas como surdos de pai e mãe que somos ...), amores que não foram resolvidos em outras reencarnações, vontade de dar um “pega” na moça vez que a dita está tão carente que não custa nada levá-la no bico.

Quarto que, você vai para um terreiro tão carente de informações que tudo que te dizem, parece verdade. Que tudo que te falam afeta o plano espiritual. E ... coitado dos guias, passam a ser seus sensores ao invés de grandes amigos, se transformando em executores de tudo de ruim sobre você. Como os guias sofrem!

Quinto e último, o “Pai de terreiro” não quer substitutos, quer ser eterno, nem auxiliares verdadeiros ele quer, quer cúmplices de sua deslocada insânia. E se você se destacar como médium as coisas pioram para os eu lado, pois mais cedo ou mais tarde ele vai tramar para retirar você da corrente de trabalho. E ai você se tornará um indigente, um abandonado a sorte, pois você aprendeu tudo, menos a andar sozinho por este mundo. Que decepção. Cadê sua família? Cadê sua vida? Cadê sua mulher e filhos? Cadê seu emprego e sua subsistência? Cadê sua dignidade e sua moral?

Foram para o “beleleu”. Que despreparo. Como fui tão burro. Como vou achar forças para recomeçar? Não acredito em mais nada.

E ai meus amigos, por todos estes fatos pode se encerrar um compromisso cármico. Só que com Juca as coisas foram diferentes. O astral que lhe auxiliava, formou uma corrente de incentivos para poder resgatá-lo, pois o mesmo foi expulso do terreiro e desacreditado junto com seus guias, o que é pior.

Mas a providência divina, após um período de severas intervenções, fez com que Juca recuperasse o amor próprio, indicou a ele novos caminhos, novos estágios e novas tomadas de força. E Juca conseguiu se reerguer, tomando rumo na vida. Construindo uma nova família, uma nova vida e passou a conquistar novas formas de intervenção sobre a umbanda que sempre acreditou.

E o final desta História? O final ainda não foi escrito, pois ela acontece todos os dias, onde várias pessoas são sugadas de suas vidas pela irresponsabilidade de dominadores transloucados, os quais vivem da escravização das consciências. Esta história é diuturna e se repete sempre por este mundo a fora.

Em alguns casos, como o de Juca, as coisas puderam ser diferentes, pois ele pode contar com o auxílio direito dos irmãos desencarnados. Já em outros casos, as vidas das “vítimas” são despedaçadas e não sobra muito para poder ser “costurado”, muitos se perdem no vício, na descrença e no autosuicídio. Que pena!

E você? Você se identifica com este conto? Já ouviu casos parecidos. Dê sua opinião, fale um pouco sobre o tema. Quem sabe tem alguém querendo ouvir a sua opinião e quem sabe se reerguer novamente!

“Este texto só poderá ser publicado fora deste blog, com autorização expressa do autor.

Apresentação

Peço “Agô” para me apresentar. Meu nome astral, ou melhor, um deles é ARATANAN DE ARACRUZ, não farei a tradução, apenas para evitar a controvérsia e o querer ser de alguns irmãos que ainda priorizam a forma, como medida de julgamento das atitudes alheias. Apenas digo que esse nome me foi dado na juventude por um dos espíritos que me auxilia na presente reencarnação. No mundo profano sou advogado e faço da minha profissão um meio de sobrevivência e de apuração do meu “carma”, pois vejo o quanto é injusta a nossa justiça e como todos nós operadores do direito estamos em prova com a nossa consciência e com o “carma” alheio.

Sou Umbandista na essência da palavra, pois nasci umbandista e pretendo desencarnar nesta condição. Já peregrinei por todo meio umbandista, seja iniciático, popular, fetichista, omolocô e etc. Vi e senti várias manifestações dos espíritos, até que estas vieram acontecer comigo.

Não possuo uma mediunidade “extraordinária” como vejo alguns irmãos propagarem que possuem, mas o pouco que me foi dado me ajuda a perceber o como somos importantes e amados pela energia suprema que nomeio como “Deus”.

Senti na pele as primeiras manifestações, bem como as incompreensões dos amigos, dos familiares e do meio em que vivi e venho aprendendo neste planeta escola. Senti a minha própria incompreensão por estar acostumado a ser um observador, equidistante da forma e da manifestação, me colocando sempre na situação de um reles estudioso do fenômeno.

Quanta tristeza, quanta incompreensão e quanta ignorância pude ver nestes quase 40 anos de experimentação terrena. Mestres que não passam de discípulos incapacitados, discípulos que são verdadeiros mestres, e na sua grande maioria, surdos que não ouvem a própria razão e querem dar ordens ao plano espiritual, transformando os espíritos em meros cumpridores de desejos escusos (fato mesmo que aparente).

Quanta perda de tempo e quanto sofrimento tenho notado. É um “disse me disse” que não tem fim, ninguém tem razão e ao mesmo tempo ninguém se entende. Quantas pedras atiradas, discussões sem razão, desrespeito ao pensamento alheio e às posições tomadas, as quais não deveriam ferir ninguém, pois estas são simples posicionamentos presos ao grau consciencional de cada um.

Por tudo isso, resolvi criar este blog, para chamar você para uma conversa honesta, sem desvios de conduta e com posicionamento que, além de pessoal deve respeitar a idéia e posicionamento de cada um, mesmo quando uma critica não for aceita, porque esta não é a nossa intenção. Ao contrário, neste espaço, vamos ouvir e querer que nos ouçam, buscando sempre a forma pacifica do universalismo como meio de intervenção nas idéias postas em debate.

Conto com você, participe, deixe seus comentários, fale de umbanda, pois este é o objeto de nosso blog. No mais, um Saravá verdadeiro, ciente que o universalismo é e será o melhor caminho para chegarmos até Deus.

“Este texto só pode ser utilizado e divulgado fora deste Blog, com autorização expressa do autor”.