sábado, 10 de dezembro de 2016

Qual o tamanho do seu ego?






Ego segundo a filosofia é uma figura responsável pela diferenciação que o indivíduo é capaz de realizar, entre seus próprios processos interiores e a realidade que se lhe apresenta.

Realidade esta chaveada pelas crenças, e, muito das vezes, pela incapacidade de se perceber. O Ego é o divisor de águas da mente, ele é o responsável pelos excessos e restrições de realizações que praticamos, nele habita a realidade perceptível e a capacidade de ação mental.

Não obstante, cada um tem o seu ego, isso para que em resposta ao entendimento da própria vida, possa cada individuo usar de sua capacidade reflexiva e se realizar individualmente. Pessoas de ego ajustado conseguem ver luz nas coisas, pois interpretam de forma pessoal a realidade comum a todos. Os que possuem harmonia no ego são livres, não passionais, pouco materialistas e extremamente caridosos e humanistas. Estes se calam frente a ignorância, porque se garantem de forma muito tranqüila em seu interior, possuindo consciência suficiente para estabelecerem e construir o futuro.

Os libertos do ego lutam diuturnamente contras os desarmônicos deste mesmo ego. Sendo certo que os irmãos em estado de ignorância se mortificam no pesar de querer viver a vida do outro, por que não dão conta deles mesmos. São os porcos a procura de pérolas da Bíblia cristã, os manipuladores de energias degradantes, os lobos em pelo de cordeiro. Chegam humildes, mas nunca o foram, chegam amorosos, mas nunca experimentaram esta dádiva, chegam submissos, mas esperam com calma a oportunidade certe para colocarem em prática a carga doentia que possuem e da qual não se desapegam de forma nenhuma. São os afáveis de fachada, sublimes peregrinos da discórdia, os quais fogem dos espelhos, pois não suportam mirar por muito tempo a angústia de suas próprias existências.

Suas relações interpessoais são doentias, pois a lascividade de sua ignorância necessita de demonstrações permanentes de dependência, pois não percebem por ignorância própria, que se libertar é a via exata de se acender a planos mais altos de própria existência. Ultrapassando os limites de uma visão turva, que busca na culpa alheia a resposta para toda sua caminhada hostil e desregrada. Sofrem emocionalmente, pois necessitam de escravos de suas debilidades e crescem em desespero para criar grupos e artimanhas nefastas para o deleite de suas misérias pessoais.

O ego é a linha limite entre a sanidade e a insanidade, seu domínio denota renovação de sentimentos e reflexão constante sobre o papel de cada um neste universo. Os egoístas precisam se amar de verdade e enfrentar com sabedoria suas ingerências. Necessitam de autocontrole e amor próprio para vencerem suas ideias repetitivas de fuga da realidade para a desgraça do universo. Seu estado de soberbia engessa o mundo e suas relações interpessoais são maliciosas e alimentadas de inveja e estacionamento mental.

E se os perguntamos o que são neste mundo? Devolvem-nos a pergunta, pois ainda não se situaram de forma concreta nesta existência.

O mundo precisa de reflexão!
Mede-se o ego pelo tamanho da língua de uma pessoa!


Aratanan