quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Acabaram com o feitiço!


Dia destes, em uma saudável convivência com o mundo espiritual, ouvimos de um irmãzinho das falanges de guarda e de ronda, que hoje em dia está mais fácil de se trabalhar na Kimbanda, pois diminuíram em muito as porcariadas colocadas nas encruzilhadas de rua.

Em suas observações, nosso querido irmão nos disse que nos idos de 1960 até meados de 1980, era comum a existência de falanges de Exús que frenavam a abertura de portais dimensionais nas encruzilhadas de rua, através de despachos e outras “matrifuzias” afins a lides de Umbanda.

Disse inclusive, que era comum as pessoas pisarem nestes despachos ou até mesmo chutá-los e atraírem para seus corpos dimensionais diversas sapirongas e negativos que habitavam aqueles terrenos. Foi muito engraçado, o fato narrado de que muita gente parou de beber, pois com a extinção dos feitiços, faltou pinga, vinho e galinha na mesa de muita gente.

Neste ínterim, nos foi dito inclusive que a quantidade de pessoas habilitadas à magia diminui de forma gritante, pois os “jovens” foram chegando e não quiseram mais manter as tradições, os segredos, as mirongas de outrem e etc. Hoje o que temos são pseudos-magos gerenciando a incredulidade e a ignorância alheia, pois como disse nosso amigo a macumba morreu (quer conhecer um mago leia o livro “O Mago de Strovolos).

Vejo inclusive, que os despachos ainda colocados nas beiras das encruzilhadas de ruas, perderam em muito, a formatação antiga, a maioria se encontra sem vida, sem abundância de alimentos e etc. Percebo que, a turma que gosta de comer de graça, seja nesta dimensão ou em outras tem passado um perrengue danado.

Vivemos um estado de moda e é politicamente incorreto maltratar os animais (nunca aprovei estes atos), fazer sujeira nas ruas, o meio ambiente é um dever de todos, preservar a água, manter a vida sobre todas as coisas. Sair fora desta cartilha é a manifestar a ignorância social, motivo pelo qual percebemos que estes comportamentos vão ser aniquilados com o tempo.

Hoje as coisas estão mais fáceis, as brigas espirituais são outras, os domínios são coletivos e se manifestam através da religião, política, regras sociais e outros. Fazer feitiço é fora de moda (graças a Deus), a magia abarca outras vertentes e outras manifestaçõe.Temos que evoluir não é verdade?

E como dizia o Cristo, - “Nenhuma das ovelhas do aprisco se perderá”.

Aratanan – Que saudade da farofa de galinha dos velhos tempos!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vamos limpar os ouvidos?


Qual o limite entre o certo e o errado nas práticas afetas ao movimento de Umbanda?

Resposta:

Depende do grau consciencional de quem os pratica.

Pense nisso; se o irmãozinho entende que tal ato deve ser utilizado em suas práticas umbandistas, pois sua consciência não assinala de forma contrária, então este deve ser o limite imposto para estas práticas; correto? Não errado. Pois às vezes nossa ignorância e orgulho não nos permitem ouvir nossa voz interior, ou quiçá, as vozes de nossos irmãos na luz que querem nos auxiliar em nossa eterna caminhada.

O mais engraçado disso tudo é que muito das vezes não conseguimos nem nos enxergar, quiçá o espiritual e nos portamos cheios de preconceitos em relação aos outros. No nosso meio acontece um fenômeno que é uma dicotomia só, pois a maioria dos médiuns acredita no astral que os acolhe e dúvida do astral que acolhe os outros irmãozinhos, os na maioria das vezes fazem, inclusive, parte de seu grupo religioso. Não que se deva acreditar em tudo e todos. O próprio apóstolo Paulo ensinava-nos a testar os espíritos. O que estou falando, na verdade, é na existência de um mínimo de camaradagem e respeito que parta dos médiuns em favor da causa maior de nossa desdita, a incapacidade de se espiritualizar.

Digo isso, inclusive, de cabeça erguida, pois já recebi tanto recado e mensagem que me ajudaram nos rumos de minha caminhada espiritual, que faço até uma reflexão autopunitiva, caso não houvesse dado ouvido às várias “mensagens” que vieram até minha pessoa. Penso inclusive que os ouvidos têm uma função precípua em nossas vidas, eles merecem todo o nosso respeito, pois foram feitos para escutar. Mas como disse antes, somos muito “bons” para perder nosso tempo ouvindo os outros não é verdade! Penso, pois, que mesmo ouvindo coisas que criem confronto com nossas verdades, precisamos escutar o outro em caráter de urgência.

Se não vai continuar acontecendo o que se vê por ai, católicos na deles só comendo hóstias, evangélicos criando secções e separações dentro do seu próprio filo religioso, kardecistas sendo os donos da verdade e engessados no seu próprio evangelho, umbandistas taxados de burros e ignorantes, outros religiosos taxados de extremistas e etc.

Pense bem nisso caro irmãzinho de umbanda, faxina começa dentro da nossa casa, vamos limpar os ouvidos e tentar escutar a nós mesmos, que sabem através deste exercício poderemos escutar o outro e suas verdades. Lembram dos antigos, quantas coisas ruins são evitadas se ouvidos os seus bons conselhos. A umbanda imita a vida é o micro, imitando o macro, Deus sempre nos ouve, não é verdade?

Aratanan – Quantas desgraças e desentendimentos poderiam ser evitados, se mesmo não concordando, apenas ouvíssemos uns aos outros!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Guardai minhas porcas palavras!



Leia o texto abaixo e veja se ele não tem plena aplicação em nossa querida Umbanda.

Somos todos uns vendidos e disso não tenho dúvida. Mostramos muito pouco do que somos realmente, pois nossa imagem verdadeira pode incomodar a todos aqueles que não se conformam com um confronto direto de animosidades. Desde pequenos somos acostumados a apresentar falsas verdades, somos já na infância, obrigados a cumprimentar o vôvô, a vóvó, o titio, os amigos do papai, da mamãe e etc. Que isto tem um lado bom não vamos negar, mas somos alijados desde a infância de demonstrar os nossos comportamentos essenciais e nossas atitudes “verdadeiras”. Uns podem chamar isso de disciplina, outros de inserção social e outros, de questões comportamentais distintas. Penso que estas observações são pertinentes em sua maioria, mas todas elas matam o homem natural e verdadeiro que nos habita. Talvez se não fossemos forçados, mas se tivéssemos uma cultura do exemplo, poderíamos manifestar não só estes comportamentos que usamos como exemplo, mas muito mais de nossa própria essência. Cumprimentaríamos as pessoas por ser uma ato natural, mas nunca por ser um processo de inserção. Viveríamos em harmonia por essência natural, mas não por imposição legal e social de nossa época. Seriamos naturalmente comportamentais e fugiríamos aos padrões de repressão que sempre voltam contra nós mesmos. Por um acaso você já imaginou a legalidade de se queimar pessoas na idade média, como forma de cumprimento de um dever social. O qual além de imposto e aceito, fez crescer o karma coletivo e pessoal de várias pessoas. Não fosse isso, outro dia vendo televisão (coisa que faço raramente) me deparei com o fato de uma segregação racial no Estado de São Paulo, onde um jovem estudante de direito ameaçou via internet uma escola de samba que estava fazendo uma homenagem ao povo nordestino através de seu samba enredo. O que é pior, o jovem se intitulava separatista, defende a separação o Estado de São Paulo do resto do Brasil, e, para piorar a situação, era descendente direto de nordestinos. Não me aventuro nem pensar em incoerência e dicotomia, pois para manter o objeto deste texto, só posso fazer uma pergunta – Quem ensinou este comportamento a ele? Será que nosso irmãozinho, aprendeu de forma muito pessoal a aceitar estas verdades como uma forma de manifestação da vontade alheia? Será que ele tem algum distúrbio de caráter mental? Quem manipulou a mente deste irmão? Vou para por aqui, pois as divagações e questionamentos são imensuráveis, mas para uma reflexão sobre o que escrevo, pergunto: Alguém, consegue subverter a essência dos animais, os quais despertam suas questões muito pessoais de forma natural e progressiva? Será que nossa capacidade de pensar é o motivador para tanta ingerência e manifestação de coisas dispensáveis para nós e para as pessoas que nos cercam. As informações contidas neste texto têm aplicabilidade no que aventuramos a chamar de movimento umbandista ou coisa que o valha? Reflita pense nisso.

Aratanan – Queria ser burro, talvez não sofresse tanto (Raul Seixas).