quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amor e submissão!


Tenho ouvido muita gente fazendo campanha sobre a necessidade de urgente de se amar, bem como sobre a prática constante desta verdade. Confesso como já o fiz outras vezes, que por ter exercido durante anos um amor muito passional, tenho dificuldade em trazer para a pena e o papel a sublimação do ser contida nesta palavra tão forte e verdadeira.

Permitam-me o personalismo, mas não acredito neste amor pronto que as pessoas vendem por ai com a pecha de um modismo dissimulado e pouco aproveitável. Amar a quem nos ama é fácil, o difícil é tentar trazer para o campo de manifestação o amor em favor de todos aqueles que ainda não nos compreendem.

Amar a quem nos vilipendia a carne, amar a todos que nos roubam, amar os falsos, amar aos que nos roubaram a verdadeira sexualidade, amar aqueles que roubam a inocência de nossos filhos, aos que fazem a guerra, distribuem a fome, lotam os infernos, dissimulam a desordem, vampirizam nossas emoções e a todos que de forma bem direta não entenderam o sentido de suas reencarnações é mais que um dever, é um objetivo.

Penso, inclusive, que este é o amor ideal, o qual vence o nosso disfarçado orgulho e nos faz refletir sobre o charco de nossas ingerências, motivando de forma direta a transformação do homem em favor do coletivo. Perdoem-me a retórica, mas isto é amar, o resto é submissão que se desmancha frente à primeira prova que tiver que ser ultrapassada pelas nossas mais diletas desventuras.

Para finalizar penso no Cristo Cósmico e principalmente em uma de suas frases, a qual mais ressoa em minha grande incapacidade de entender as coisas:

“Gritei e ninguém me ouviu!”

Ouço esta frase e tenho certeza de minha surdez e grande inocência patológica.



Aratanan