sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Elementares e Elementais



Você acredita que o mundo é dividido em reinos? Tipo animal, mineral e vegetal?



Se sim, vai ficar mais fácil para você entender que o planeta é organizado e que tem suas ordenações e divisões de cunho natural. Partindo desta concepção de organização da natureza, a qual habita nosso planeta a bilhões de anos, podemos inferir que nossa existência tem um marco de percepção, ou seja, se sei do reino animal é porque consigo perceber coisas externas a minha existência animal.



Esta percepção é conhecida por algumas religiões como ESPÍRITO, ou seja, a percepção da identidade externa de todos os que de certa forma convivem dentro do meu campo de percepção. A palavra espírito é muitas vezes usada metafisicamente para se referir à consciência ou personalidade. A palavra espírito tem raiz etimológica no latim - "spiritus" significando respiração ou sopro de forma metafórica, ou seja, aquilo que se manifesta através da vida. Ficando desde já esclarecido que espírito e alma são manifestações diferentes, onde a alma se relaciona às qualidades pessoais de cada espírito.




Este perceber o externo, ou, de forma direta o outro, é a grande chave para se entender a diferença entre Elemental e Elementar. Para completar o raciocínio, fazemos mais uma pergunta: Você conhece os quatro elementos da natureza? Tipo, água, terra, ar e fogo? Se sim fica mais fácil ainda, pois os elementos são a base da diferença destes dois conceitos. 




Assim os ELEMENTOS ou ELEMENTARES têm suas características próprias, ou seja, os elementos da água, terra, ar e fogo têm sua representação e linha evolutiva própria. Linha esta diferente da nossa linha evolutiva (animal), e por consequência possuem em seu campo de manifestações formas inteligentes que habitam nestes campos dimensionais e suas várias freqüências de existência. Junto aos elementos habitam formas que chamamos de ELEMENTARES, também conhecidos como Ondinas, Elfos, Fadas, Gnomos, Salamandras e etc. Estes seres têm um processo evolutivo diferente do nosso, mas estão em plena evolução espiritual. Os elementares são identificados como guardiões da natureza, mas na verdade são habitantes destes sítios sagrados. Evitam o ser humano, pois sabem de nossas ignorâncias, alternâncias humorais e agressividades naturais. Geralmente são perseguidos por irmãos ignorantes que os querem viciar e usá-los para atos desarmônicos transformando-os no que chamamos de Duendes (nunca evoque ou invoque um).



Já os ELEMENTAIS ou criações MENTAIS, são emanações da nossa mente que acabam criando uma forma pela repetição, fixação e crença ignorantes. Estas formas pensamento possuem vida vegetativa, ou seja, fixam nas nossas energias e se alimentam e sobrevivem delas. Estas formas são extremamente perigosas, podendo levar as pessoas à loucura ou até ao auto-extermínio caso não sejam frenadas. Geralmente estão ligadas a linguagens de poder, sexo e ilusões afetivas. 



De forma positiva, as atividades elementais são utilizadas pela nossa mente para estados alterados da consciência, cura pessoal e de outras pessoas, construção mental de informações e fixações positivas de caráter geral. 



Os elementais na Umbanda geralmente são diluídos através das defumações, banhos litúrgicos, banhos de descarga, passes magnéticos, idas a natureza e através de processos magísticos específicos.



Conhecer estas diferenças ajuda muito nas escolhas pessoais relativas aos tipos de pensamentos que devemos ter, bem como ao tipo de conduta que devemos portar em relação à mãe natureza.



Saravá fraternal a todos!



Aratanan




quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Sei que nada sei – Sócrates




Será que sei que nada sei? 

Geralmente não. Pois tenho sempre certezas, crenças e julgamentos que afeta o outro de forma direta, frente as nossas ignorâncias.

De médico e louco todos tem um pouco, não é mesmo? Veja que basta o anuncio de uma gripe, por parte de um desavisado, para que várias receitas caseiras, curas milagrosas (não que não existam) sejam oferecidas de forma ampla e irrestrita ao pobre doente. O pior é quando o doente já sabe a receitas e resolve o dialogo com um simples: “- esta eu já conheço”.

É o famoso, SEI! Muito das vezes o sei que não sei, por que se sei não preciso afirmar que sei. Aplicando regras de lógica, podemos afirmar que Sócrates, deveria ter certeza apenas do sei e de nada mais. O que a nosso ver demonstra crítica ao saber ignorante, o qual não questiona e não faz reflexão do que precisa ser dito. Quem nunca se pegou balançando cabeça frente a uma informação de que nunca tinha ouvido falar. Exemplo: ‘- Você já ouviu falar de DEMOCRACIA, fulano? – Claro que sim, é aquela roubalheira que os políticos geralmente fazem em Brasília!

E se dissermos que Democracia tem a significância de governo exercido pelo povo? E se dissermos que se a Democracia for desativada, corremos risco de ativar o autoritarismo? .... silêncio .....   silêncio   .....! Mas com um leve aceno de cabeça mostrando que entendeu o dialogo em sua profundeza. Pior quando a conversa parte para outro rumo e com outros assuntos dos quais temos certeza, tudo isso para fugirmos do assunto que não dominamos.

Ignorância, vaidade, apego ou outras “cocitas más”? Com certeza é o tal do “sei”. E o pior é, que quase todos morrem com a certeza de sempre serem, saberem e nada mais. E neste mundo quase ninguém “está”, em sua grande maioria as pessoas “são”. É como se uma qualidade futura viesse habitar o presente. Tipo assim, só serei filósofo o dia que me aposentar ou morrer como filósofo, por enquanto “estou” filósofo, nada me impede de mudar.

As consequência da certeza, todos já sabem! 
Impunidade, ignorância, falta de cidadania, falta de moral, crenças odiosas, vidas burlescas, e etc. Tudo isso porque a certeza nos dá poder. Saber é poder e ninguém quer dividir o que sabe sem cobrar seu preço, por isso o vazio da vida de alguns, que correm em favor do nada. Em busca de uma grande aventura chamada perda de tempo, para que este mesmo tempo, possa mostrar o quão desnecessário foi sua corrida imaginária e ignorante.



Para finalizar, “concordo” com Sócrates: “- tenho a única certeza que não sei de nada, mas ...”!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Liberdade, liberdade, abra as asas sobre nós!






Momento de crise, momento de reflexão!?

O ser humano é muito engraçado, sempre navega ao sabor de suas crenças e dificuldades de se entender dentro de um intrincado sistema de armadilhas mentais. Duvido que o indígena da Amazônia, de preferência um que esteja alijado das fontes de informação, saiba sobre eventual crise do sistema financeiro brasileiro, quiçá mundial – risos!

O que precisamos separar em primeiro lugar é a existência de dois mundos, um interno e outro externo ao ser humano. O interno é reflexo da ligação matéria e espírito (temos a alma, como características subjetivas deste espírito). Costumo a chamar esta modalidade interna de “prisão do bem”, pois tanto a matéria como o espírito se aprisionam de forma muito natural, e tão natural que nos traz certos incômodos durante a vida.

Vejam vocês que este processo interno é bem suave, pois prima pela liberdade seja ela em estado onírico ou de vigília. Em estado onírico viajamos deste de nossa essência até os planos dimensionais que fogem do nosso saber, de nosso conhecer localizado e finalmente de nossa sina materialista. Já em estado de vigília, fazemos nossos vôos com as limitações da realidade em que estamos navegando, mas conseguimos com determinado esforço perceber mundos e atenções subjetivas que precisamos ter durante todo um dia de vida terrena.

Esta diferença se faz mais perceptível quando navegamos nas águas profundas do mundo externo, pois só nos posicionamos sobre aquilo, que de certa forma, nos provoca atenção ou a necessidade de julgamento com o fito de uma reação qualquer. Digo que o externo é o que mais nos castiga, pois as coisas acontecem nesta manifestação da vida, muito das vezes a revelia de nossas vontades e capacidade de entendimento direto, amplo e oportuno dos fatos.

Se em determinado lugar existe uma guerra, nossos julgamentos ao perceber o fenômeno externo, se manifestam de forma a tentar entender e até mesmo de nos colocar emocionalmente frente à cena ou sentimentos que são despertados por este fato. Parece que o externo é a escola ou a emissão de energia que é capturada por nosso sistema interno, e por fim diluída na formação de nossos sentimentos. Parece também, que o externo tem uma independência que nos faz criar mecanismos de defesa sobre ações que nós mesmos fomentamos. Isso mesmo, nossos atos, mesmo que os mais simples dão forma ao mundo externo que tanto sofrimento ou alegria nos traz durante toda uma vida.

Somos os diretores deste filme, vivendo em dois mundos em conflito, sem a resposta imediata para a solução eficaz de tanta desarmonia. Daí sempre surge uma tristeza, que se transforma em desconforto, que se transforma em fuga da realidade, que se transforma em verdade, que se transforma em doença e que muito das vezes se transforma em morte física. Pobres coitados os seres humanos e suas idiossincrasias! Donos da verdade burra e escravos de si mesmo.

E agora o que fazer?

Penso que o melhor caminho é buscar os sinais, sejam eles gráficos, energéticos, físicos, emocionais, naturais, eletromagnéticos e etc. As respostas sempre vêm em forma de sinais. Não para todos, pois cérebro e mente, para alguns, são dois obstáculos de percepção consciencial eficaz e saudável.  Mas voltando ao assunto pego-me lembrando do dia em que quis perceber mais profundamente estes dois mundos, e um grande sinal apareceu para conforto da minha expectativa. Nele colhi a seguinte frase: “Conhece a ti mesmo”!

Confesso que ainda estou em busca do conhecer interior, mas também declaro que muita coisa já se resolveu, principalmente a intrincada guerra entre dois mundos que um dia foi verdade em minha vida. Tudo isso porque o conhecer me deu a liberdade como remédio da caminhada individual que se reflete de forma coletiva, pois o DEUS que habita em mim busca o bem incessantemente, aguardando que eu me desfaça da ignorância que me afasta do bem que sempre vence.

Seja feliz e se liberte!

Aratanan



segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Piloto Automático



Ops! Estamos no piloto automático, ou melhor, fazendo o mesmo de sempre! Em contrapartida, e da mesma forma, nossa querida umbanda, continua seu trajeto inabalável e firme, de forma que nossa interferência não muda os projetos maiores de sua concepção.

Já vimos muitas brigas, muitos chiliques, indecisões, mentiras, falsidades e enganações de sempre, mas a umbanda de todos nós, em sua essência puríssima não muda e não vai mudar nunca. Na verdade, nós é que precisamos dela, não o contrário. Ela, a Umbanda, representa um remédio coletivo muito maior do que a limitação que tentamos lhe impor por efeito de nossos graus consciencionais. Sua imutabilidade como direcionadora de nosso destino é clara, e, ela nunca vai mudar em nossas concepções, se não mudarmos nossas vidas e forma de entender o todo.

Ponto! Então o que muda neste intrincado poder legal e espiritual que se manifesta através da senhora dos véus?

Penso, como já havia dito acima, que as pessoas é que mudam em relação as coisas "imutáveis" que lhes são apresentadas!

Falo isso, com base na observação das pessoas que conheço de forma direta e indireta, frente as questões ligadas a mãe de todas das religiões. Das várias pessoas que conheço e com algumas que até convivi, vejo que todos querem, de certa forma, apenas fazer aquilo que acreditam e defendem como o conjunto de credos e crendices que carregam como verdades. Se somos importantes neste trajeto, tudo bem, se não somos, tchau e benção, a vida continua seus ciclos de renovação, não é mesmo!?

Vejam vocês que a umbanda, nesta caminhada temporal já deixou para trás, isso desde 1908, ou até antes disso, um seleto grupo de ideais e concepções, que em nossas percepções não passam de modalidades de entendimento de um fenômeno maior – a liberdade de consciências.

Quase não vemos mais, os fenômenos físicos em nossos rituais, poucas são as aberturas de novos canais de entendimento. E, para mostrar o verdadeiro cenário em que vivemos, nos distanciamos uns dos outros, vez que, para saúde de nossos grupos, a melhor solução é o afastamento das lideranças para preservação da convivência social deste mesmo grupo. Seria ridículo, se não fosse cômico o estado de distância em que vivemos atualmente. Neste ínterim sempre é bom pontuarmos uma questão, a qual já se repete há muito e que por muitos anos ainda ficará sem resposta – no mundo carnal confiar em quem?

Esta pergunta ultrapassa a questão espiritual, pois o gênero humano com seus contornos e inclinações não é merecedor, em sua quase maioria, de grandes confianças. Em quantos apostamos durante uma vida e nos decepcionamos? E o pior, dentro desta salada de gêneros, e, no final de nossas assertivas e buscas de entrosamento, em quem podemos depositar a confiança de nossas frustrações mais profundas? Nos sobra apenas, a expressão da iniquidade humana e da ignorância do complexo essencial de nossa representação coletiva, frente a um Deus interno que representamos e não conhecemos.

Nesta triste história de perdas e desentendimentos, as pessoas se afastam, a carruagem passa, os cães ladram, mas a senhora dos véus continua sua caminhada. Para nós que a amamos, a tristeza da distância, pois estamos ficando no tempo, no tempo de nossas inconsciências. O certo é que nos aproximando a cada dia da passagem para outros campos espirituais e nos extinguimos a cada dia em que acordamos, pois realmente, o tempo não para!

Hoje me peguei buscando um tema para escrever e me vi de certa forma, sem assunto para este intrincado campo de visão de uma mesma coisa – a senhora dos véus. Quando mais novo poderia até me permitir um discurso mais aguerrido. Mas o tempo e a distância que a vida me proporciona de tudo aquilo que para mim um dia foi uma grande verdade incontestável, não me permitem um diálogo que não seja o da indiferença. É bom envelhecer mentalmente, nossa visão interna fica mais expressiva e nossos julgamentos acabam caindo em um piloto automático. Só assumimos o comando quando é realmente necessário. Sigamos em frente e cumpramos nossa missão, pois no final só nos restará o desconhecimento e uma lembrança vaga de que um dia existimos.

Não queira conhecer a natureza humana, a história nos mostra que somos os carrascos de nós mesmos.