segunda-feira, 28 de março de 2011

SACERDOTES DE PANO






Eles apontam caminhos com selos de garantia
Longos discursos e falsas promessas
Teorias líquidas, cobranças sólidas
Avisos! Alertas! Pressões! Críticas!

São caminhos sem saída, como um grande labirinto
Onde você se perde de você mesma
E não encontra mais nada

Nem o eco de sua própria voz
Que já não tem mais o som, que já perdeu todo o tom
Porque perdeu os sentidos, perdendo todo o juízo
De não saber mais quem você é
De não saber mais o que você quer

De já não ver o que viu,
Pensando que não ouviu, o grito que ecoou
Vibrando em seu interior,
Tentando te despertar, te acordar para o amanhã,
Que te fizerem esquecer, que te disseram não ser nada do que ali havia
Que você estava errada, que sempre esteve enganada
Que você foi sempre um nada
Enquanto não os encontrou

Os sacerdotes de pano, marionetes de enganos
Vendendo tanta ilusão
No palco de iniciados e de mestres esfarrapados
das vestes que já não possuem

Da luz que já não se acende no escuro de suas mentes
Plantando ocas sementes naqueles que escravizaram

Pisando na Lei que um dia, juraram que honrariam
Mas hoje, jaz esquecida, no sótão daquele teatro

Mas, oh Senhora da Luz!
Ainda tens teus guerreiros, ainda tens teus soldados
Que ergam de suas espadas!
Que guardem os teus Portais
Que honrem a Tua Lei E velem por Tua Luz No Templo dos Imortais! Texto de: "Uma pequena discípula da Raiz de Guiné"

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