segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Guardai minhas porcas palavras!



Leia o texto abaixo e veja se ele não tem plena aplicação em nossa querida Umbanda.

Somos todos uns vendidos e disso não tenho dúvida. Mostramos muito pouco do que somos realmente, pois nossa imagem verdadeira pode incomodar a todos aqueles que não se conformam com um confronto direto de animosidades. Desde pequenos somos acostumados a apresentar falsas verdades, somos já na infância, obrigados a cumprimentar o vôvô, a vóvó, o titio, os amigos do papai, da mamãe e etc. Que isto tem um lado bom não vamos negar, mas somos alijados desde a infância de demonstrar os nossos comportamentos essenciais e nossas atitudes “verdadeiras”. Uns podem chamar isso de disciplina, outros de inserção social e outros, de questões comportamentais distintas. Penso que estas observações são pertinentes em sua maioria, mas todas elas matam o homem natural e verdadeiro que nos habita. Talvez se não fossemos forçados, mas se tivéssemos uma cultura do exemplo, poderíamos manifestar não só estes comportamentos que usamos como exemplo, mas muito mais de nossa própria essência. Cumprimentaríamos as pessoas por ser uma ato natural, mas nunca por ser um processo de inserção. Viveríamos em harmonia por essência natural, mas não por imposição legal e social de nossa época. Seriamos naturalmente comportamentais e fugiríamos aos padrões de repressão que sempre voltam contra nós mesmos. Por um acaso você já imaginou a legalidade de se queimar pessoas na idade média, como forma de cumprimento de um dever social. O qual além de imposto e aceito, fez crescer o karma coletivo e pessoal de várias pessoas. Não fosse isso, outro dia vendo televisão (coisa que faço raramente) me deparei com o fato de uma segregação racial no Estado de São Paulo, onde um jovem estudante de direito ameaçou via internet uma escola de samba que estava fazendo uma homenagem ao povo nordestino através de seu samba enredo. O que é pior, o jovem se intitulava separatista, defende a separação o Estado de São Paulo do resto do Brasil, e, para piorar a situação, era descendente direto de nordestinos. Não me aventuro nem pensar em incoerência e dicotomia, pois para manter o objeto deste texto, só posso fazer uma pergunta – Quem ensinou este comportamento a ele? Será que nosso irmãozinho, aprendeu de forma muito pessoal a aceitar estas verdades como uma forma de manifestação da vontade alheia? Será que ele tem algum distúrbio de caráter mental? Quem manipulou a mente deste irmão? Vou para por aqui, pois as divagações e questionamentos são imensuráveis, mas para uma reflexão sobre o que escrevo, pergunto: Alguém, consegue subverter a essência dos animais, os quais despertam suas questões muito pessoais de forma natural e progressiva? Será que nossa capacidade de pensar é o motivador para tanta ingerência e manifestação de coisas dispensáveis para nós e para as pessoas que nos cercam. As informações contidas neste texto têm aplicabilidade no que aventuramos a chamar de movimento umbandista ou coisa que o valha? Reflita pense nisso.

Aratanan – Queria ser burro, talvez não sofresse tanto (Raul Seixas).

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