sábado, 9 de junho de 2012

Somos irmãos realmente?




A grande dúvida que tenho em relação aos seres se fixa na questão da irmandade, nunca vi a palavra irmão, sendo tão jogada às favas como neste momento em que permaneço reencarnado. Quanta hipocrisia hein! Meireles!

 Se somos iguais e irmãos, porque tanta divergência e separitismo religioso (sem contar as exclusões sociais e politicas), se faço isso, está tudo certo; se não faço aquilo, está tudoerrado. Parece que as regras são feitas apenas para gerenciar normas que com o tempo viram apenas motes de vivências que não voltam mais.

 Se Siclano faz isso, me arvoro no direito de dizer que ele está quiumbado, ou que está mal acompanhado. Se fulano faz o que eu faço, ele está certo e o mundo todo errado. Parece que somos cegos e que não enxergamos um palmo a frente de nossos empinados narizes.

 Nunca vi espirito alinhado com as coisas do céu, criar cartilha de bom comportamento de coisas que já conhecemos (lembra-se dos dez mandamentos). Claro, contudo, que existem toques e dicas que precisam ser repassados, senão o negócio decamba para a casa da mãe Joana.

 Mas o mundo continua assim, as pessoas amam e odeiam com a mesma intensidade, saímos das carvenas, para habitar casas que não correspondem ao nosso grau consciencional. Basta vertirmos roupas de pele e distribuirmos os tacapes, para ser certeza que ainda estamos enjambrados nos velhos conceitos das pedras.

 Irmão é palavra que significa "giria" em nossos dias, falamos o que não sustentamos, basta um comportamento não alinhado às nossas expectativas para que o irmão se torne inimigo ou coisa parecida. Engraçado, já vi muitos que eram amigos e irmãos dentro desta tão castigada Umbanda, e, que se quer se olham nos olhos e se respeitam nos dias de hoje.

 Já vi muitos que para se manterem amigos tiveram que lutar contra tudo e contra todos, pois a amizade alheia incomoda muita gente (lembra da propaganda do elefante da massa de tomate). Incrível! E dá-lhe livros de amor, respeito, amizade, generosidade, confiança e etc. Penso até que precisamos mesmo deste livros, pois os mesmos nos lembram de vez em quanto que precisamos respeitar urgentemente um ao outro.

Como diz meu querido amigo e apoiador nas coisas de umbanda: “Prefiro o mestre e sua demanda verbal – Meus discipulos são conhecidos por muito se amarem!” Se Jesus realmente disse isso, acredito que ele também passou por estes percalços, teve que aliviar sua grandeza, dando toques que permanecem por mais de dois mil e poucos anos e ninguém entendeu direito o que ele queria dizer.

 Para finalizar, penso de forma muito pessoal que a Umbanda é o arcabouço de nossas frustações, somos na Umbanda o que somos em nossas vidas pessoais, mesqinnhos, mentirosos, aproveitadores, falaciosos, prepotentes e muito mais. Vejo que para se mudar as coisas é preciso mudar os seres, exemplo:

 “sou vegetariano e não como a carne de animais que são nossos irmãos e merecem nosso respeito. (ponto)”. Só que os animais comem uns aos outros e estão pouco se lixando quando o apetite deles está a flor da pele. Se a atitude é meritória, o fato de que nos portamos muito próximo ao dos nossos “irmãos” animais, quando estamos com fome dá o tom que a mudança precisa ser mais enraizada. e sincera

 Assim, irmãos queridos, precisamos fazer primeiro uma mudança pessoal. Precisamos ser donos do nosso destino, pois o coletivo virá de carona, vez que várias pessoas em plena consonância consciecional podem formar um todo indivisível, e, o que é melhor, o lucro é garantido em favor do bem comum.


Pense, irmão, ainda há tempo.



Aratanan




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