segunda-feira, 23 de julho de 2012

Mediunidade que NÃO se compra a quilo!



Ainda bem que nem todos são médiuns!


Imagine se todos fossem médiuns, que inferno que seria. Um terreiro em cada esquina, todo mundo sendo “patrão” (chefes e outros títulos de terreiro correndo à revelia), invenções e mais invenções. Além de um código de ética espiritual e moral nos mesmos basilares que o livro sagrado dos cristãos vem há milênios sofrendo assédio de interesses, épocas e formas contraditórias a sua verdadeira essência como obra.


Seria um desassossego se tivéssemos tantos médiuns por ai, nos dando consulta em boteco, padaria, sala de espera de consultório médico, estádio de futebol e festas. Não teríamos mais a liberdade de culto ou a eterna luta pela manutenção da cultura afro-brasileira, vez que o comum, nos abrasaria a mente e as vivências – seriamos ao final das contas a maioria. Búzios e trabalhos espirituais seriam a lambança de nosso excesso, ruas infectadas de lixo tóxico, produzidos pela inconsciência de muitos aproveitadores de plantão. Nossa massa pecuária e avícola teria números incalculáveis e a dor do holocausto humano se transferiria para os nossos irmãos na forma animal.


A parafina seria a matéria prima mais cara do mundo e as guerras entre judeus, árabes e outras etnias de identidade religiosa, se transferiria para entre umbandistas, candomblecistas e kardecistas. Teríamos a guerra dos médiuns, para a qual seria exibido um filme de vez enquanto, pelas grande produtoras cinematográficas, com o intuito de mudar a opinião pública de acordo com os interesses econômicos e sociais do momento.


Os mestres da banda teriam guarda costas, suas contas bancárias teriam valores astronômicos e a conversão religiosa ocorreria a preço muito vil, pois atos de iniciações e outras quimeras mais, seriam vendidos pelo melhor dos leilões. A vida seria um engodo funesto, não teríamos mais medo de fantasmas e de espíritos. Tudo seria muito sem graça. Seria o mundo das invencionices e críticas ao trabalho alheio. Os espíritos não precisariam mais atuar de forma negativa, pois tudo se resumiria a negação da espiritualidade na forma em que a conhecemos.


Outras religiões seriam peças desbotadas de museu. Servindo apenas para resgate funesto de que não deveríamos servir ao outros credos e outras crendices. Seríamos objeto de desejo de nossas fantasias e adoraríamos em curto prazo um Deus com nome do novo “Aeon” para substituir o tão desgastado Deus de hoje.


E falando em Deus de hoje, mando a ele todo o meu agradecimento, pois mediunidade não se compra a quilo, e, quem de alguma forma possuí este compromisso, faça o favor de calçar a cara e deixar de ser tão complicado. Ato que só pode transformar o mundo e as pessoas em coisa pior do que realmente precisam ser – Livres em Deus.



Aratanan – Contínuo carregando o meu ½ KG de mediunidade.

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