Ops! Estamos no piloto automático, ou melhor,
fazendo o mesmo de sempre! Em contrapartida, e da mesma forma, nossa querida
umbanda, continua seu trajeto inabalável e firme, de forma que nossa
interferência não muda os projetos maiores de sua concepção.
Já vimos muitas brigas, muitos chiliques,
indecisões, mentiras, falsidades e enganações de sempre, mas a umbanda de todos
nós, em sua essência puríssima não muda e não vai mudar nunca. Na verdade, nós é que
precisamos dela, não o contrário. Ela, a Umbanda, representa um remédio coletivo
muito maior do que a limitação que tentamos lhe impor por efeito de nossos graus consciencionais. Sua imutabilidade como
direcionadora de nosso destino é clara, e, ela nunca vai mudar em nossas concepções, se
não mudarmos nossas vidas e forma de entender o todo.
Ponto! Então o que muda neste intrincado poder
legal e espiritual que se manifesta através da senhora dos véus?
Penso, como já havia dito acima, que as pessoas
é que mudam em relação as coisas "imutáveis" que lhes são apresentadas!
Falo isso, com base na observação das pessoas
que conheço de forma direta e indireta, frente as questões ligadas
a mãe de todas das religiões. Das várias pessoas que conheço e com algumas que até
convivi, vejo que todos querem, de certa forma, apenas fazer aquilo que
acreditam e defendem como o conjunto de credos e crendices que carregam como
verdades. Se somos importantes neste trajeto, tudo bem, se não somos, tchau e
benção, a vida continua seus ciclos de renovação, não é mesmo!?
Vejam vocês que a umbanda, nesta caminhada temporal
já deixou para trás, isso desde 1908, ou até antes disso, um seleto grupo de
ideais e concepções, que em nossas percepções não passam de modalidades de
entendimento de um fenômeno maior – a liberdade de consciências.
Quase não vemos mais, os fenômenos físicos em
nossos rituais, poucas são as aberturas de novos canais de entendimento. E,
para mostrar o verdadeiro cenário em que vivemos, nos distanciamos uns dos
outros, vez que, para saúde de nossos grupos, a melhor solução é o afastamento
das lideranças para preservação da convivência social deste mesmo grupo. Seria ridículo, se não fosse cômico o estado de distância em que vivemos atualmente. Neste ínterim sempre é bom pontuarmos uma questão, a qual já se repete há muito e que
por muitos anos ainda ficará sem resposta – no mundo carnal confiar em quem?
Esta pergunta ultrapassa a questão espiritual,
pois o gênero humano com seus contornos e inclinações não é merecedor, em sua
quase maioria, de grandes confianças. Em quantos apostamos durante uma vida e
nos decepcionamos? E o pior, dentro desta salada de gêneros, e, no final de
nossas assertivas e buscas de entrosamento, em quem podemos depositar a
confiança de nossas frustrações mais profundas? Nos sobra apenas, a expressão
da iniquidade humana e da ignorância do complexo essencial de nossa
representação coletiva, frente a um Deus interno que representamos e não
conhecemos.
Nesta triste história de perdas e
desentendimentos, as pessoas se afastam, a carruagem passa, os cães ladram, mas
a senhora dos véus continua sua caminhada. Para nós que a amamos, a tristeza
da distância, pois estamos ficando no tempo, no tempo de nossas inconsciências.
O certo é que nos aproximando a cada dia da passagem para outros campos
espirituais e nos extinguimos a cada dia em que acordamos, pois realmente, o
tempo não para!
Hoje me peguei buscando um tema para escrever e
me vi de certa forma, sem assunto para este intrincado campo de visão de uma
mesma coisa – a senhora dos véus. Quando mais novo poderia até me permitir um
discurso mais aguerrido. Mas o tempo e a distância que a vida me proporciona de
tudo aquilo que para mim um dia foi uma grande verdade incontestável, não me
permitem um diálogo que não seja o da indiferença. É bom envelhecer
mentalmente, nossa visão interna fica mais expressiva e nossos julgamentos acabam
caindo em um piloto automático. Só assumimos o comando quando é realmente necessário.
Sigamos em frente e cumpramos nossa missão, pois no final só nos restará o
desconhecimento e uma lembrança vaga de que um dia existimos.
Não queira conhecer a natureza humana, a
história nos mostra que somos os carrascos de nós mesmos.
2 comentários:
Esse testo é seu? Se for vc me autoriza postar no blog e no face do meu centro?
Oi Gabriela;
Fique a vontade para publicar o texto, apenas cite a fonte ok? Grande Abraço em todos de sua família espiritual. Luís Gustavo - Aratanan
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