quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal.











Obrigado Deus, por me permitir evoluir e fazer de minhas vitórias e derrotas, os marcos concretos de minha obrigatória evolução.



Natal é época de reflexão e até mesmo de releitura de nossas atitudes durante o ano que se passou. Querer um Ano Novo cheio de realizações é até bem louvável, mas deixar a ficha suja de nossa consciência sem nenhuma modificação, é o mesmo que chegar ao final do próximo ano com as mesmas aspirações, mas sem nenhuma tomada de mudança concreta em nossas atitudes.



Mais do que ver e perceber o outro é preciso se interiorizar e fazer de nossa caminhada uma marca de mudança interna (microcosmo). Além disso, é preciso deixar de ser orgulhoso e perceber que todos nós temos obrigações uns com os outros, mesmo que ainda não entendamos bem tais obrigações.



Pensar em ano Novo é pensar em reforma interna, utilizando o ano que passou como um basilador de nossas novas atitudes. Deixar de querer inventar e fazer parte do movimento cósmico de harmonia, torna-se uma boa idéia. Deixar de subverter, mentir, criar cismas, conflitos e outros vícios oriundos do orgulho, é mais que uma obrigação, é uma meta.



Lembrem-se que todos os que nos cercam tem representação microscósmica em nossas vidas; nossos pais representam todos os pais do mundo, nossos filhos, todos os filhos do mundo e nossos irmãos todos os irmãos espalhados por todos os recantos da terra. Deixar de exercer a caridade dentro de nossa casa e furtar com o dever cósmico de ser caridoso e generoso de forma absoluta, ou seja, se tornar um cidadão do mundo.



Pense nisso, releia a cartilha de sempre, dedique um tempo ao texto abaixo, ele apesar de ser antigo é fielemente atual e seu bom entendimento e prática pode nos livrar de muitas armadilhas.







O CAMINHO RETO DA INICIAÇÃO NA UMBANDA







Caríssimo leitor. Você já estará certamente convencido, conscientemente compenetrado, pelo que vem lendo e assimilando, de que a Corrente Astral de Umbanda é um fator vivo, imperante. Existe, expressa-se e se relaciona através de milhares e milhares de Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças, Guias e Protetores. Como Guias identificamos as entidades que estão num grau muito mais elevado ou possuem conhecimentos gerais muito mais amplos do que os que se encontram no grau de Protetores.







Os Guias operam no cabalismo profundo da Magia dos Sinais Riscados - que denominamos também de Lei dePemba, e os Protetores, via de regra, são auxiliares, trabalham, isto é, operam na Magia, dentro de seus conhecimentos, porém num âmbito relativo e mais simples. Os Guias não são comuns ou afins à maioria dos médiuns; nesse caso estão os Protetores, e assim mesmo somente através dos que sejam médiuns de fato, positivos. De qualquer forma, com ou sem médiuns, as Falanges atuam sobre a coletividade umbandista, fiscalizando, frenando, amparando. Não confundir, portanto, animismo, fanatismo, influência de "quiumba" e mesmo a mistificação vaidosa, consciente, que também são fatores reais, com a legítima manifestação do Guia ou Protetor de fato e de direito. Devemos tolerar os senões apontados, visto serem produto da falta da Doutrina especializada, da ignorância, e sobretudo porque eles definem estados de consciência "dando cabeçadas nos degraus da evolução".







No entanto, desculpar ou tolerar não é compactuar, submeterse, aliar-se. Assim, o leitor já deve ter deduzido definitivamente que os valores postos em ação e reação pela mentalidade da massa são circunscritos, isto é, "medidos, pesados e contados" pelo seu grau de mentalidade ou de alcance do intelecto, e não como o produto direto da atuação das genuínas Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos, etc.







Bem, sabemos que são inumeráveis os desiludidos por via desses fatores reais. Sabemos que se contam às centenas os simpatizantes, adeptos e mesmo iniciados inconformados e muitos até envolvidos pela sombra da descrença, dado que confundiram, misturaram o que era do humano médium com o que pensaram ser do próprio Guia ou Protetor. Conceitos errôneos adquiridos por força de tantos impactos, de tantos fracassos e de tantas desilusões, humanas, é claro. Um nosso caso particular elucida bem o que desejamos ressaltar:







"Aos 16 anos de idade tivemos a oportunidade surpreendente de falar e receber conselhos, inclusive três profecias do caboclo Yrapuã, através de urna mocinha, médium, mas de família carola, católica. Durante seguramente uns vinte anos - depois que nos embrenhamos na seara umbamdista - falamos com vários 'Yrapuãs', sem que jamais nos tenham reconhecido ou identificado, pois aquela entidade nos havia dito que voltaria a falar-nos no futuro, tendo ainda o cuidado de nos ter avisado de que, com esse nome, só existia ele mesmo. Esse retorno real aconteceu, porém, há uns dois anos atrás e por intermédio deum médium que jamais nos havia visto. Yrapuã veio confirmar os acontecimentos realizados e profetizados. Logo após subiu em definitivo; foi oló".







Por essas e por outras, oh! irmão, não é que você vai deixar de se filiar diretamente à Sagrada Corrente Astral de Umbanda, composta essencialmente dos Guias e Protetores astrais; passe por cima dessa subfiliação que implica em você se deixar cair, ou envolver, na faixa vibratória de um médium qualquer, quer seja chefe de terreiro, pai ou mãe-de-santo, tata ou lá o que for.







Isso porque as condições reinantes, de chefia, doutrina, ritual e magia, são dúbias, e você sendo urna pessoa que lê, estuda, perquire e compara, na certa não vai, nem deve, submeter-se a um "quiumba" qualquer, arvorado a caboclo ou preto-velho. Você, sendo um verdadeiro "filho de fé" da Corrente Astral de Umbanda, não deve ficar na dependência e no temor dos "caprichos de A ou de B", sabendo que o elemento mediúnico é humano; é "aparelho" sujeito a desgaste, erro, subversão de sua própria mediunidade ou dom.







E mesmo que o médium seja bom, positivo, correto, esclarecido e com bons Guias ou Protetores, está sujeito a morrer, adoecer e a errar também, podendo inclusive surgir um problema qualquer no terreiro com você e conseqüente afastamento; portanto, a filiação direta e tão-somente a faixa espirítica, moral e vibratória de um chefe de terreiro não é



o bastante para lhe acobertar de eventuais problemas ou decaídas mediúnicas, cisões, etc. Entenda bem: se você é filho de santo ou iniciado por um Guia ou Protetor de um médium, está, ipso facto, ligado essencialmente quer à sua corrente espirítica mediúnica, quer às suas condições mentais ou psíquicas, morais, etc., isto é, fica envolvido inteiramente em sua orientação, práticas, subpráticas ou rituais.







Se ele morre, erra ou decai na moral e na mediunidade, lógico que você fica impregnado, comprometido com todos os fatores mágicos, ritualísticos ou práticos e astrais a que tanto se ligou por intermédio dele, e se você brigar com ele e se afastar, muito pior, porque haverá forçosamente um impacto moral, mental, astral, isto é, um choque de correntes, quer a razão esteja com você, quer com ele, e como a maioria desses chefes são vaidosos e cheios de sensibilidade, esperam que o caso não fique assim ... assim ... entendeu, não é?







Por essa e por outras é que existe, acertadamente, no culto africano a tirada da mão de vumi, isto é, ninguém que enxergue um palmo do assunto deseja ficar ligado às influências astrais do defunto "pai-de-santo", ou aos impactos decorrentes de uma decaída ou cisão. E se levarmos diretamente ao caso do erro ou da subversão dos valores morais-mediúnicos, tanto pior, pois aí é que você vai receber a metade da pancadaria, ou melhor, as sobras da derrocada. Lógico.







Você estava ligado, comprometido e até participava de trabalhos especiais constantemente (embora inocente ou inconscientemente, na confiança), como queria ficar isento dessas injunções? Magia é magia. Astral é astral. Ligação é ligação. Raciocine, entenda e compare.







Então, não convém a ninguém (adepto ou iniciado) ficar sujeito a essas eventualidades ou condições, mesmo que o médium seja da linha reta, em tudo por tudo. Não mantenha ilusões, estamos lhe dando um recado, que vem muito de cima e não de baixo.







O que lhe convém é se pôr a coberto de qualquer uma dessas eventualidades, filiando-se por cima de tudo isso e diretamente à Corrente Astral de Umbanda - a sua Cúpula Astral, composta dos Guias Espirituais, que são os seus legítimos mentores; esses jamais subverterão essa cobertura, essa proteção, porque não são humanos, não são médiuns.







Se você seguir o que vamos aconselhar, vinculando tudo ao item 2, do qual vai inteirar-se logo adiante, nada terna, nem mesmo o seu chefe, quer seja caboclo ou preto-velho, quer seja o próprio médium, porque o Guia ou Protetor, seu ou desse médium, não pode negar, nem desfazer e nem obstruir isso, alegando qualquer coisa, porque se assim proceder, não é um legítimo integrante dessa Sagrada Corrente Astral de Umbanda, visto estar na obrigação de saber que a Ordem é de cima, da Cúpula Astral, e não de baixo, pessoal, nossa. E não se esqueça, irmão, todo "quiumba" prima pela vaidade, arrogância e desfaçatez.







Tudo o que lhe vamos TRANSMITIR redundará numa FILIAÇÃO ou numa INICIAÇÃO Astral DIRETA - não alterando outros fatores ou valores, e se o fizer, é para melhor, mesmo que você conserve outros talismãs ou colares particulares, de seus protetores, de seu terreiro. Porque por onde vamos encaminhá-Io encontrará urna superfiliação e não apenas urna subfiliação, pois vai implicar em:







1º) conselhos e advertências claras, positivas e irreversíveis dentro da Linha da Reta Iniciação;







2º) consolidação disso tudo, numa GUIA CABALÍSTICA, ordenada e CONSAGRADA pela Cúpula da Corrente Astral de Umbanda, que sintetiza, representa e traduz: a) os Sagrados Mistérios da Cruz; b) o Signo Cosmogônico da Hierarquia Crística; c) a Alta



Magia da Umbanda e a sua identificação corno genuíno adepto ou iniciado umbandista. Essa guia (colar com a cruz e o triângulo – veja adiante) define cabalmente o lado A - UMBANDA Evolutiva, o lado B - Africanismo degenerado, catimbó, pajelança, rituais confusos, práticas grosseiras, mescladas, etc. Atente primeiro para as questões relacionadas com o item 1º. Pratique a caridade, seja lá corno for; por intenção ou sentimentos bons, por generosidade e até mesmo por vaidade - faça a caridade, quer material, quer moral, quer astral-espirítica.







O único "talão de cheque" que você pode levar quando deixar essa sua carcaça apodrecendo lá na cova é esse; único pelo qual pode sacar no Banco Cármico do Astral.



Lá você pode depositar suas "ações", sujeitas até a "correção de valores" entre seus méritos e deméritos, e onde se aplica a regra eternal do "fora da caridade não há salvação".







Não aceite a baleIa que por aí pregam, de que "a caridade sem a boa intenção nada vale". Isso é força de expressão doutrinária "de nossos melodiosos irmãos kardecistas".



Toda ação positiva, quer parta da pureza intencional, quer parta simplesmente da generosidade, quer seja impulsionada apenas pela vaidade, produz um benefício, um conforto, uma satisfação, um alívio.







Portanto, será contada, medida e pesada, para que se lhe atribua um valor. Entretanto, a caridade não se restringe apenas ao socorro aos que estão necessitados de comida, roupa ou medicamento; há outros elementos, por via de certos conhecimentos, poderes psíquicos e mediúnicos. Os desesperados e decaídos por causas morais, emocionais e astrais são incontáveis e a esses nem sempre o pão e a roupa fazem falta. Asseveramos isso de cadeira, porque militamos como "curandeiros e macumbeiros" há quase trinta anos. Sim, porque, via de regra, o médium que cura é logo apodado de "curandeiro" pelos interessados, invejosos, despeitados e contrariados, e se ele for de Umbanda, adicionamlogo: "é macumbeiro".







Assim, afirmamos que há desesperos e traumas de toda espécie, complexos terríveis, que somente um "curandeiro experimentado ou um médium-magista pode enfrentar e curar". Da medicina especializada aos terreiros é onde termina a via-crucis de um sem-número de infelizes, do corpo e da alma.







A verdadeira Iniciação da Corrente Astral de Umbanda é subir pelo merecimento, pela vontade férrea, os degraus do conhecimento e do poder, a fim de adquirir as condições indispensáveis à prática desse tipo de caridade.







Para que você vive, irmão? Só para comer, beber, gozar, procriar... e vegetar? Isso os irracionais também fazem. Assim você sobe e desce, sempre navegando nas mesmas águas.







Procure ser útil a seus semelhantes, e da forma mais positiva, mais aproveitável e real, que se traduz na caridade pela sabedoria. Amor somente não o levará à verdadeira Iniciação; tem que irmaná à sabedoria das coisas.







Então, como já explanamos especialmente essa questão de caridade, esperamos que você faça tudo para pautar sua conduta dentro desses singelos itens:







a) Escute muito, observe muito e fale pouco. Não seja um impulsivo. Domine-se. E quando o fizer, que o seja para conciliar, amparar, mas sem ferir o ponto fraco de ninguém.







b) Não alimente vibrações negativas, de ódio, rancor, inveja, ciúme, etc. E nunca perca seu tempo, para não desperdiçar suas energias neuropsíquicas, na tentativa de convencer um fanático, um arrogante ou pretensioso, seja de tal ou qual setor, mormente do religioso.







c) Não tente impor seus dons mediúnicos, ressaltando sempre os feitos de seus guias ou protetores. Tudo isso pode ser bem problemático, e não se esqueça de que pode ser testado, ter desilusões, até porque, se tiver mesmo dons e poderes, eles saltarão, e qualquer um logo perceberá. Isso o "zé-povinho" cheira de longe.







d) Não mantenha convivência com pessoas más, invejosas e maldizentes. Isso é importante para sua aura, a fim de não ficar sobrecarregado com "as larvas ou os piolhos astrais" desse tipo de gente. Tolerar a ignorância não é partilhar dela.







e) Tenha ânimo forte, através de qualquer prova; confie, espere, mas se movimente de acordo com o que vai aprender relativo ao item 2.







f) Não tema ninguém, pois o medo é prova de que está com algum débito oculto em sua consciência pedindo reajuste.







g) Não conte seus "segredos" assim, a um e a outro, pois sua consciência é o templo onde deverá levá-Ios a julgamento; todavia, deve saber identificar um verdadeiro amigo, e o faça seu confidente. Isso é bom. Ninguém deve ficar "remoendo" certas coisas na consciência.







h) Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é humano e fator ligado à dor, à provação e, conseqüentemente, às lições com suas experimentações. Sem dor, lições, experiência, não há carma, não há humanização, nem polimento íntimo – o importante é não reincidir nos mesmos erros. Passe uma esponjano passado, erga a cabeça e procure a senda da reabilitação e aprenda a não se incomodar com o que os outros disserem de você; geralmente aquele que fala mal de outro tem inveja, despeito ou uma mágoa qualquer.







i) Conserve sua saúde psíquica zelando pelo seu moral, ao mesmo tempo que cuide da física com uma alimentação racional; não force sua natureza a se isentar da carne, se você verificar que seu organismo sente a sua falta; não abuse de fumo, álcool ou qualquer outro excitante.







j) Na véspera e logo após a sessão mediúnica não tenha contato sexual, especialmente se for participar de algum trabalho de descarga, demanda, etc., dentro de uma corrente mágica ou de oferendas.







k) Todo mês, escolha u m dia a fim de passar algumas horas em contato com a natureza, especialmente um bosque, mata ou cachoeira. O mar não se presta muito à meditação ou à serenidade quando está um tanto ou quanto agitado”. (...)







W. W. Matta e Silva



Livro Doutrina Secreta de Umbanda.


Nenhum comentário: