domingo, 21 de junho de 2009

A BOCA DO SAPO TEM DENTE!




Não julgueis. Este aforismo é muito forte. Todos os dias acabamos fazendo coisas que anteriormente julgávamos como erradas. Tais atitudes vão de atos dos mais simples aos mais complexos. Exemplo eu não como determinado alimento e passados alguns anos, olha você comendo o dito cujo. Outro exemplo, eu não tomaria tal atitude, passam-se os anos, olha você tomando a tal atitude.

Na Umbanda é do mesmo jeito. Estamos sendo assediados por falsos mestres e iniciados (ressalvo as raras exceções), que de tanto mentirem, esquecem o que disseram e escreveram, e, tomam atitudes favoráveis a tudo que um dia condenaram. Sua safadeza é tão desmesurada e eles mentem tanto que já não sabem mais o que disseram ou inventaram sobre coisas do astral. Suas obras e atitudes vão para o fundo da lama (para não dizer lixo), pois o presente desabona tudo que disseram ou se posicionaram em determinado espaço e tempo passado.

E o que é pior, “os ceguinhos”, também conhecidos como “discípulos” fazem vista grossa e dizem que o processo é uma volta ao grau consciencional mais baixo, isto é, uma fórmula para que ninguém se perca junto ao que conhecemos como movimento de Umbanda.

Dai-me paciência oh Pai (Já dizia o INRI CRISTO)!

Da forma que estão pregando atualmente, subentende-se que, se eu quero recuperar um ladrão ou um drogado eu tenho que me alinhar a ele e roubar e me drogar para que eu tenha uma chance de recuperá-lo – Vai para a “PQP”, pois é Claro que não.

Não seria melhor através do exemplo, eu tentar convencê-lo e deixar que a vontade dele imprima o avanço consciencional que ele precisa absorver. Com as ressalvas que a bíblia merece, alguma vez Jesus deixou de ser Jesus para ajudar os pobres, desvalidos, doentes e perdidos de toda espécie? Agora, os pseudos iniciados estão vindo com este papo de voltar, ou melhor, regredir consciencionalmente, para abarcar consciências estacionadas - Isso é mais uma vez, uma grande mentira.

E a verdade é nua e crua, pois na realidade não houve retrocesso do melhor para o pior, o que houve foi o encontro dos iguais. Onde o que se dizia mais, na realidade, era e sempre foi igual a quem ele diz querer ajudar.

Cuidado, não enfiem tudo na boca do sapo, pois boca do sapo pode ter dente?

Aratanan de Aracruz – Eu acredito em sapos com dentes!


Foto do trabalho do artista alemão Martin Kippenberger, morto em 1997, e, censurado pelo Vaticano.

2 comentários:

Alexandre Castro disse...

É a velha história da coerência. Se aprende as coisas corretamente, mas lá pelas tantas o ego cresce tanto que termina eclipsando os ensinamentos ancestrais de nossas entidades para fazer Umbanda "de orelha" simplesmente porque se acha "o cara". E se o tal "cara" é dirigente de terreiro, médium-chefe ou coisa que o valha, aí o bicho pega porque arrasta todos os incautos junto. Lamentável, mas já vi dirigente se dizendo incorporado de pai-velho falando palavrão e cometendo absurdo atrás de absurdo e a corrente mediúnico achando lindo. Seria cômico se não fosse triste.

Saravá fraterno

Alexandre

Luís Gustavo disse...

Salve Grande Irmão;

Bom comentário.

Coerência na Umbanda é pedra preciosa que não se acha em qualquer lugar. No que se refere aos palavrões a muito venho observando e defendendo a opinião de que o grau consciencional dos espiritos e médiuns é que da o som da "melodia" tocada em uma gira de umbanda. Os espiritos possuem vários graus, ciclos e iniciações astrais que os acompanham. Penso que tudo é valido se o resultado é alcançado e se a consciência do médium não é afrontada pela manifestação que ele tira da abstração e apresenta no plano físico. Até prefiro espiritos que falem alguns palavrões (petros velhos quimbandeiros)do que falsos médiuns que vestem a pele de cordeiros e são verdadeiros lobos transvestidos de santos do nada. Outra observação que faço é no sentido de estarmos bem assitidos e contarmos com o guia espirital chefe do terreiro, para que ele faça a devida proteção da gira e dos consulentes. Fato que quase não acontece, pois como voce disse basta ser chefe do terreiro para que as coisas se debandem na maioria dos casos.

Saravá Fraternal

Aratanan