quarta-feira, 15 de julho de 2009

UNIÃO, FUSÃO E CONFUNSÃO!


Tenho acompanhado o meio umbandista e lido sobre a nova tendência do momento; união e fusão, o que gera confusão. Noto que existe uma tentativa de unir as representações da Umbanda para que a mesma ocupe o seu “real” lugar na atual conjuntura.



Percebo que a união propagandeada trata a consciência alheia com pouco respeito, vez que ninguém quer descer do seu “trono” para aceitar manifestações e posições contrárias as suas. Noto que algumas lideranças querem união, mas sem entender as diferenças reinantes no meio, principalmente no que se refere a diversas manifestações da “Senhora do Véus”.


Não fosse isto e pelo que sei a Umbanda está manifestada em uma ilimitada quantidade de aferições religiosas, dentre elas o omolocô, catimbó, xapanã, candomblé, curimbás, kardecismo, mesa branca, traçada, riscada, de lei, esotérica, exotérica, iniciática etc. E cada filo ou manifestação desta, tem suas regras e condutas pessoais, fato que impede uma real aproximação das lideranças, pois um determinado líder afeito a suas práticas, muito dificilmente vai aceitar de outros líderes, práticas que vão de encontro a sua formação religiosa.


Além disso, existe a questão da ascendência, onde uma liderança não aceita baixar a cabeça para o outro, por orgulho, vaidade e até falta de amor para com o próximo. E no final fica tudo do mesmo jeito, a velha demagogia toma conta do pedaço, eu finjo que aceito todo mundo e todo mundo finge que me aceita e nós umbandistas não chegamos a lugar nenhum.


A solução penso eu, se encontra na mudança do ser, onde quem se diz mais abençoado pela consciência, tem que rever seus conceitos pessoais e em favor da coletividade se alinhar a um propósito maior que é o bem comum.


Mas com a grande quantidade de coroas, tronos e cabedais que vemos por ai, vai ser difícil ver tal situação no meio ignorante em que vivemos.

Paciência.

Aratanan de Aracruz

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