terça-feira, 10 de novembro de 2009

Corda curta.




Tanta sabedoria ouvi de um amigo, pessoa simples, trabalhadora, católico de nascença e de vivência (porquê pratica).

Diz ele: “Eles me tratam na corda curta prá não pular pro outro lado”.

Se pararmos para prestar atenção, aprendemos muito com as coisas simples do dia a dia que nos acontecem. São pequenas coisas, mas muito valiosas por que são os meios que a espiritualidade usa para nos ensinar vivenciando.

Este amigo dá duro de domingo a domingo, cuidando dos seus afazeres profissionais e nas horas de folga ou à noite ou nos finais de semana, presta serviço voluntário cuidando de pessoas idosas num lar de acolhimento, a mais de dez anos. Às vezes tira dinheiro do bolso para cobrir os gastos do asilo. Os familiares dos idosos acham um absurdo o valor que eles pagam todo mês para mantê-los internados: um salário mínimo para cobrir cama, roupa lavada, seis refeições, água, luz, assistência médica, etc.

Muitas pessoas que se dizem seus amigos e também os parentes o chamam de louco ou burro por causa deste serviço. Mas, ele afirma com toda a convicção: “Temos que cuidar do lado espiritual para podermos usufruir das dádivas de DEUS”. “Graças a DEUS nunca me faltou nada”. E vai vivendo a vida feliz e contente.

É certo que se não aprende pelo amor se aprende pela dor. Pessoas inteligentes optam pelo amor, mas sabem transformar a dor em amor.

Pois é, pessoa simples, sempre sorridente, nunca perde a oportunidade de um convite: aparece lá no lar. Há pessoas fantásticas lá que têm muito para nos ensinar. Não precisa levar nada. Só a sua presença já é um benefício enorme para eles.

Mas, se insistimos em levar alguma coisa para ajudar, ele responde: um pacote de fralda “geniátrica” ou uma cesta básica é o bastante.

Que lição!

É preciso ser tratado na corda curta para não pularmos para o outro lado.

Colaboração do Ir. Gato Preto

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