terça-feira, 3 de agosto de 2010

Eu Acredito em Feitiço!



Acredito em feitiço, principalmente quando pessoas desajustadas morrem e se encontram com seus egos sedentos de luxúria. Passam a habitar os rincões do lodo mental que possuem e se aliam a verdadeiros animais espirituais, irracionais e perigosos apenas pelo prazer de praticarem o mau.

Acredito em feitiço, principalmente do que é feito pela irracional avidez de poderosos ocupantes de funções com reflexo na vida coletiva. Todos estes desgraçados inundam o lodo da desdita alheia com suas incapazes e atrevidas intervenções na vida dos cegos de plantão. Quando morrem habitam o lodo do poder, lutam ferozmente entre eles mesmos, apenas para cultivar o mau que os alimentam.

Eu acredito em feitiço, principalmente dos falsos umbandistas, que vivem da pobreza espiritual daqueles que estão sobre suas responsabilidades. Estes pobres coitados quando morrem se aliam a outros tantos desgraçados atrapalhando a evolução do mundo, pois pensam que suas verdades são imutáveis e que são em sua insana sede de poder representante diretos de Deus.

Eu acredito em feitiço, principalmente dos (irre)responsáveis pela saúde coletiva, que matam centenas de milhares por sua incompetência no que se refere as garantias de todos aqueles que os procuram. Quando morrem, viram exímios cientistas das ferocidades, assombrando o mundo material pelo apoio que dão aos loucos desgraçados que lutam contra o que usualmente chamamos de luz.

Eu acredito em feitiço, principalmente dos falsos e mentirosos de plantão, que se vestem de bons enquanto toda a situação lhes é conveniente. “Vendem seus filhos na feira” em troca de um aparente e simples “status quo”. São os delituosos das sombras, que quando morrem vibram por um novo reencarne, fins continuarem vampirando os pobres coitados que vivem como se esta fosse nossa última reencarnação.

Eu acredito em feitiço, isso mesmo, naquele tanto de vela e bichos mortos que colocam nas esquinas de rua, pois aquilo encanta os pobres desavisados, que por pura ignorância preferem acreditar mais naqueles engodos a se livrar das amarras atávicas que escravizam sua caminhada espiritual.

Eu acredito em feitiço, principalmente dos vindos da imaturidade alheia. São crianças em corpos crescidos que se sofrem muito quando são confrontados com seus atos ignóbeis. Mentem para eles mesmos, sempre atrás de uma desculpa para suas criancices, pois adoram uma anedota, principalmente quando esta envolve as desgraças que permeiam os mais próximos. Quando morrem, são presas fáceis dos iguais que lhes aguardam do outro lado, os quais vilipendiam suas razões, apenas para se alegrarem com seu desespero frente ao que sempre negaram – a liberdade.

Eu acredito em feitiço, no mesmo que fez com eclodissem as primeira e segunda guerra mundial. Pois todos que de forma direta ou indireta concorreram para estas atrocidades são os nossos espelhos. São todos eles as nossas caras, ou melhor, a nossa falta de vergonha na cara. Estes mesmos menestréis dos conflitos bélicos, hoje um tanto mais surrados, fomentam outros tipos de guerra, principalmente a guerra social que todas as nações vivem por causa do vil metal. Quando morrem são esperados com festa, pois quem alimenta o que usualmente chamamos de inferno – somos nós mesmos.

E para finalizar, eu acredito em feitiço, seja ele de qualquer espécie, pois ele tem mais credibilidade do que a eterna magia da mudança. Somos escravos das nossas ingerências e não conseguimos atravessar o portal das provas básicas materiais que temos que passar, pois somos simplesmente – os coitados. Adoramos está pecha na verdade, mas ainda bem que o tempo passa, e, nós crescemos, envelhecemos e morremos e circulo continua, pois inferno precisa de fogo, não verdade? Em quem vocês pensam que fazem o papel de lenha?

Vontade, vontade, onde estais que não responde?

Vontade é magia.

Aratanan

Nenhum comentário: