segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Velho Umbandista!




Tenho verdadeira admiração pelos irmãos que a muito militam no movimento umbandista. Muitos deles, senão a maioria, vive no silêncio de seus trabalhos diuturnos em favor de todos aqueles que no silêncio de suas frustrações precisam do acalento de nosso plano espiritual.

Quantas provas e quantas provações, dificuldades e demais consequências de todos aqueles que de forma direta trabalham pelo bem estar alheio e recebem como pagamento a ingratidão e a incompreensão sobre o real trabalho destes abnegados irmãos.

Mas o mar não é tão bravio, ele às vezes é manso, existem as alegrias e as glórias de se perceber que estamos no caminho certo. Todas as provas nos trazem o conforto de mais uma etapa vencida, e quiçá de mais uma dívida paga. As leis são imutáveis, recebemos tudo aquilo que de forma direta ou indireta construímos durante as nossas passagens pela carne.

Uns entendem isso facilmente, outros tem as suas dificuldades, mas o tempo não para e no raiar de um novo dia, as lições estão sempre prontas para serem aplicadas. Velhos umbandistas, dádivas do compromisso, a vocês o nosso respeito, nossa consideração e o júbilo pela honrosa caminhada.

Sabemos que o caminho é tortuoso, que as aparências enganam e que as sombras trazem o seu feitio de ensinamento. Melhor do que reconhecer é acreditar que após uma noite escura sempre nasce um dia radiante e feliz. Viver pelos outros não é viver como os outros, cada um tem a sua história e o seu caminhar, façamos de nossas vidas um exercício saudável de compreensão do amor.

Amar é dizer às vezes “não”, pois ele o amor é individual e precisa ser cônscio, para que não vire paixão e nos submeta as mais tristes experiências desta inoportuna verdade. Velhos umbandistas, eu consigo chorar com vocês, rir com vocês e acreditar como vocês sempre acreditaram, que somos um projeto de nossas acumuladas dádivas.


Nascemos, crescemos e envelhecemos, simplesmente porque este é o ritimo universal das coisas. Queria já ter nascido velho, sem precisar passar pelas provas que a vida nos impõem, mas tenho vocês, velhos umbandistas, como paradigma de nossos mais descompromissados interesses, os quais são o de apenas evoluir.

Viver é aprender, eis a questão!

Aratanan

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