segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MEDIUNIDADE E TRANSTORNOS MENTAIS.




NARCISISMO.

Sigmundo Freud, pai da psicanálise, escandalizou os puristas em 1914, quando abriu uma discussão sobre o narcisismo. Freud estava estudando casos de neuroses extremas e de pacientes que simplesmente “não reagiam a terapia”. Para explicar a existência destes pacientes, que pareciam estar além dos limites da linguagem (e não se pode esquecer que a psicanálise é uma cura pela palavra), Freud recorreu ao mito de narciso.

Neste mito grego, um dos favoritos de Freud, conta a história de um belíssimo jovem, que olha para um lago e se apaixona pela sua própria imagem refletida na água. Esse amor é impossível, pois o jovem não pode possuir a si mesmo. Ele vai definhando e morre, transformando-se em uma flor: o narciso. Existem inclusive, outras versões deste mito, o que de certa forma não tira a lição por ele preconizada. Esta imagem tão simples serve como ilustração marcante do ego que se volta para si mesmo e não consegue mais se comunicar com o mundo externo.

O fato de Freud adotar este raciocínio a respeito do narcissimo e de reconhecer a sua importância fundamental surpreendeu – ou até mesmo chocou – aqueles que entendiam a sua obra apenas como uma teoria sobre o conflito entre pulsões.

No fundo o narcisismo é uma espécie de auto-erotismo, inseparável do corpo e da linguagem. Não há nada do lado de fora, nada ao que reagir. Segundo um texto coletado na Wikipédia, Narcisismo descreve a característica de personalidade de paixão por si mesmo.

Em psicologia e psiquiatria, o narcisismo muito excessivo é o que dificulta o individuo a ter uma vida satisfatória, é reconhecido como um estado patológico e recebe o nome de “Transtorno de personalidade narcisista”. Indivíduos com o transtorno julgam-se grandiosos e possuem necessidades de admiração e aprovação de outras pessoas em excesso, o que pode acarretar a megalomania (delírio, mania de grandeza) e a crença no poder supremo de seu pensamento.

Em psicanálise o narcisismo representa um modo particular de relação com a sexualidade, sendo um conceito crucial para a formação da teoria psicanalítica tal qual conhecemos hoje. Em 1914 Freud lançou o livro Sobre a Introdução do Conceito de Narcisismo, neste livro Freud subdivide o narcisismo em duas fases:

Narcisismo primário- é a fase auto-erótica, o primeiro modo de satisfação da libido, de as pulsões buscam satisfação no próprio corpo. Nesse período ainda não existe uma unidade do ego, nem uma diferenciação real do mundo.

Narcisismo secundário - ocorre em dois momentos: o investimento objetal e o retorno desse investimento para o ego. Quando o bebê já consegue diferenciar seu próprio corpo do mundo externo ele identifica quais as suas necessidades e quem pode satisfazê-las, então concentra em um objeto suas pulsões parciais, geralmente na mãe.
 O narcisismo não é apenas uma condição patológica, mas também um protetor do psiquísmo. Um narcisismo “que promove a constituição de uma imagem de si unificada, perfeita, cumprida e inteira”. (Houser, 2006, pág. 33). Ultrapassa o auto-erotismo para fornecer a integração de uma figura positiva e diferenciada do outro.
Exprimir uma certa forma de narcisismo não tem nada de grave num adolescente. Trata-se na maior parte das vezes de uma etapa no desenvolvimento da personalidade antes de enfrentar as responsabilidades da vida adulta. No entanto, se o comportamento narcisístico não desaparece, e pelo contrário se exaspera, é melhor recorrer a um profissional em saúde mental para tratamento urgente.

Os termos "narcisismo" e "narcisista" são frequentemente utilizados como pejorativos, denotando vaidade ou egoísmo. Quando aplicado a um grupo social, o conceito tem relação com o conceito de elitismo.
Levando tal distúrbio para as manifestações psíquicas ligadas a mediunidade, temos que o amor excessivo pela própria imagem pode se transformar em transtorno de caráter mental. Tal postura pode se agravar quando acontece um processo de transferência, onde uma outra pessoa serve de modelo para as paixões mais subjetivas do narcisista.

A grosso modo a vaidade extrema e o massacre da imagem de quem não aceita suas ideias ou até mesmo contradiz os fatos ligados ao seu delírio espiritual, constituem os atos de manifestação do narcisista e de sua extrema crueldade frente a consciência alheia.

A adoção de pais e mães em substituição aos seus reais genitores, é uma forma direta de substituição de seu amor próprio, pelo de pessoas que se sujeitam a suas vaidades pessoais. Na mediunidade, os narcisistas, substituem suas incapacidades pela de pessoas, ricas e poderosas, pois estas pessoas acabam sendo o espelho de sua alta estima exacerbada. Dependendo do estado de adoecimento, acusam seus desafectos das mais nefastas mentiras, com fito de se protegerem e massagearem o seu próprio ego. Além dos delírios espirituais que possuem, carregam uma mania de grandeza que se não for controlada a tempo e modo destroem a vida e os sentimentos da verdadeira obrigação cristã ligada a mediunidade, principalmente de quem estiver sobre sua responsabilidade e comando mediúnico.

Na umbanda fazem questão de ser o centro das atenções e não medem esforços para denegrir a imagem de quem não se ajusta a sua sana medíocre pelo poder. Viver dos restos dos outros, no sentido de sugarem suas energias até que não lhes sobrem um mínimo de dignidade, acaba sendo a bandeira destes entes de apurado e excessivo auto-amor.
 
Se escondem inclusive atrás de seus guias e
protetores, para continuar lançando suas redes de mentira e opressão religiosa em quem quer que lhes cruze o caminho. São os donos da verdade e quem não participar ou coadunar destas é lançado no rol dos culpados, haja vista o desajuste que acaba tomando conta dos “seus terreiros”. Em estado avançado de delírios, inventam ritos e cerimônias desnecessárias com o fim de mostrarem seus “dotes e belezas” espirituais. Colhendo ao final e como forma de ensino espiritual, uma repulsa direta de seus guias e protectores que em primeira instância lhes enviam alguns avisos diretos, e, em segunda instância, lhes cassam suas ordens e direitos de trabalho. Fato, que vem agravar ainda mais sua situação mediúnica, pois o engodo que tanto lhes alimenta se transforma em forma e modo de destruição de sua própria fé - uns ainda tentam ser líderes em outras religiões, renegando tudo aquilo que não conseguiram acumular em suas vivencias espirituais anteriores.

Para finalizar esta é apenas uma das formas de manifestação de vários transtornos mentais através da mediunidade; Kardec, André Luiz, Mata e Silva entre outros, já nos alertavam para outras formas. Fique atento, Deus sempre tem a resposta final para tudo nesta vida, às vezes ela demora, mas um dia chega e quem por um motivo ou outro foi injustiçado, tem o prazer de que valeu a pena esperar.

Aratanan – Me gosto muito, mas não ao ponto de roubar o amor dos outros para nutrir o meu.








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