segunda-feira, 29 de junho de 2009

Muito Rei Para Pouca Coroa!



Que a vaidade e o egoísmo estão em todos os lugares, disso eu não tenho dúvida. Mas encontrar tais manifestações na Umbanda é um despautério sem limites.

Fazendo minha busca diária por informações sobre a Umbanda e suas representações fico deveras preocupado, vez que estão transformando a nossa querida Senhora dos Véus numa fábrica de desonestidades sem limites (salvo raras exceções). Da até medo das coisas que são lançadas sobre a alcunha de Umbanda por este mundo a fora.

Já vi de tudo, trabalhos para se ganhar dinheiro (mas o médium que vende o trabalho é pobre e ainda cobra por ele), amarração (como se os espíritos estivessem à disposição dos médiuns e seus feitiços), encontro do amor eterno (este só em Deus), quebra da magia (como se todo mundo soubesse fazer magia), etc...

E o que é pior, estão usando a santa Umbanda para fazer propaganda enganosa em cima de pobres almas invigilantes. Aí a coisa piora, pois já vi Pai de Santo e ex-Pai de Santo (como se um santo tivesse um pai terreno cheio de defeitos), Pai de Santé (o mesmo que Pai de Santo, mas com nome disfarçado), Mestre (Um Pai de Santo que quer chamar seus “concorrentes” de discípulo), Chefe de Terreiro (Um Pai de Santo mais modesto).

E no final, com as raras exceções que sempre faço questão de frisar a Umbanda vai se perdendo, na forma e no conteúdo, pois além de usarem seu santo nome em vão, transformaram a mesma em uma fábrica de dinheiro e num antro de prosopopéias inúteis que estão trazendo mais desordem e desrespeito a mãe de todas as religiões.

E na batida da lata, vários espertalhões estão tirando proveito de nossa religião, uns fazem propaganda negativa em cima da mesma (evangélicos e afins); outros pecam por utilizar a mesma para satisfazer sua ganância desmedida e sua sina de imperfeição e prazer na fomentação do engano dos bobos de plantão.

E quando é dada a oportunidade para que as lideranças tentem uma conversa franca e verdadeira, transformam o ato num espalhafatoso meio de promoção pessoal. E os pobres necessitados de vários eixos, ficam vendo a briga dos reis pelas poucas coroas, sem nada poderem fazer. Fato este, que deixa nossa religião, sempre na contra mão do esclarecimento e da impossibilidade do conhecimento de sua força.

Penso que o AMOR verdadeiro é capaz de dizer “NÃO”!

Aratanan de Aracruz – No meio Religioso todo mundo quer ser Rei (salvo raras exceções)!

2 comentários:

Alexandre Castro disse...

Saravá irmão,

A Umbanda sofreu uma expansão enorme desde o Caboclo Sete Encruzilhadas e seu incomparável médium Zélio Fernandino de Moraes chegando a casa de milhões de adeptos, mas todo movimento de expansão também passa por um momento de retração e a Umbanda está sofrendo isso. E começa assim, com o vilipendiamento da doutrina e da mensagem, com a distorção dos conceitos, com a venda do que é santo e sagrado. Aconteceu com o Budismo, com o Catolicismo, com os cultos pentecostais...faz parte da natureza humana. Estes são tempos negros e se levarmos em conta o que a espiritualidade diz faz tempo (que as portas da reencarnção foram abertas para uma última chance) é natural todas estas coisas. Porém, tão certo quanto a hora mais escura da noite e a que precede o amanhecer, assim também será com a Umbanda. Estamos nessa hora no que concerne nossa Senhora da Luz Velada, mas o amanhecer logo vem. Entrementes devemos vigiar e alertar. Parabéns pelo alerta berrado de peito aberto!

Luís Gustavo disse...

Saravá Fraternal querido irmão;

Vejo o atual movimento como um ponto de resistência e concordo com voce que precisamos vigiar e alertar, pois estamos construindo o futuro da Umbanda neste exato momento.

Aratanan