domingo, 5 de julho de 2009

De volta ao Começo



Tenho ouvido falar muito de iniciação e de várias escolas iniciáticas. Contudo tenho ouvido falar muito pouco das verdadeiras iniciações, as quais nos são dadas pelo dono da vida e do destino de cada um – Deus!

Somos iguais, mas com caminhos diferentes. Uns já experimentaram mais, outros experimentaram menos aparentemente, mas a existência e o caminho de reencontro é o mesmo. Por isso somos tão iguais, pois seguimos para o mesmo encontro – Deus.

Nos ritos de passagem ou de iniciação formal, os adeptos tinham que passar por provas simbólicas que representavam os estágios de regresso ao criador. Neste simbolismo, era permitida ao adepto a oportunidade de se conhecer e conhecer um pouco da essência de sua existência.

Cada prova demonstrava os percalços da vida e a necessidade íntima de se colocar no verdadeiro caminho de volta. Poucos conseguiam vencer as tendências pessoais e os ritmos do ego. Estas escolas na sua grande maioria eram restritas a um seleto grupo, vez que o grau consciêncional de cada um era por bem respeitado e a oportunidade só era dada aos adeptos considerados prontos.

Agora, não pense você que estas promoções eram feitas de forma isolada, sem a presença dos amigos invisíveis (espíritos). Era comum a evocação e/ou invocação destes entes queridos, para implementarem os ritos de passagem, onde era a consciência do adepto que dava o ritmo de aprendizado e a disposição de ser um fomentador das energias sublimadas junto ao meio em que vivia.

Hoje vivemos um contra-senso no que se refere a estas iniciações, ditas como templárias, onde as lideranças carnais se interpõe entre o sagrado e os adeptos, fazendo um bloqueio entre o espiritual e a matéria. Tais atitudes na maioria das vezes são permeadas pela insegurança e/ou pela vontade de auferir lucros com as chamadas iniciações terrenas.

Que pena, deve ser por isso que vemos tantos pseudo-iniciados, e um outro tanto de pseudo-iniciantes, que não conseguem resolver seus problemas pessoais mais simples, quiçá os de seus “discípulos”.

“O verdadeiro Mestre forma outros Mestres e não Discípulos”.

Aratanan de Aracruz – Quem é seu Mestre, fale ou te devoro?

2 comentários:

Alexandre Castro disse...

Saravá irmão,

Como diz o espírito Lancellin no seu livro "Cirurgia MOral":
"A iniciação por dentro é a mais difícil operação da criatura; a externa sacode e torna visível todas as nossas inferioridades, qual o cair das moedas dos ricos no gazofilácio.
Queremos mostrar, a todo o custo, a todas as pessoas, quando inciamos, por fora. E quando começamos a cirurgia moral em nós mesmos, fazemo-lo em silêncio, acumulando forças para o grande trabalho de fecundação." Assim, a iniciação externa serve apenas como ato simbólico de algo muito mais grandioso e perene: a iniciação interna.

Um abraço.

Alexandre

Luís Gustavo disse...

Salve Grande Irmão;

O Mago Jefa, em seu livro "As Chaves do Reino Interno", também utiliza da mesma metáfora para demonstrar qual é a verdadeira iniciação. Por isso foi lançado este grito de alerta, com a função de demonstrar que devemos ficar atentos as sutilezas dos que se apresentam como verdadeiros iniciados, pois na maioria das vezes (ressalvo exceções), estes irmãos não viram se quer um facho da verdadeira luz, mas insistem em querer provar a sua desmedida infância espiritual, frente ao verdadeiro início - O EU SOU.

Aratanan de Aracruz