quinta-feira, 9 de abril de 2009

Apresentação

Peço “Agô” para me apresentar. Meu nome astral, ou melhor, um deles é ARATANAN DE ARACRUZ, não farei a tradução, apenas para evitar a controvérsia e o querer ser de alguns irmãos que ainda priorizam a forma, como medida de julgamento das atitudes alheias. Apenas digo que esse nome me foi dado na juventude por um dos espíritos que me auxilia na presente reencarnação. No mundo profano sou advogado e faço da minha profissão um meio de sobrevivência e de apuração do meu “carma”, pois vejo o quanto é injusta a nossa justiça e como todos nós operadores do direito estamos em prova com a nossa consciência e com o “carma” alheio.

Sou Umbandista na essência da palavra, pois nasci umbandista e pretendo desencarnar nesta condição. Já peregrinei por todo meio umbandista, seja iniciático, popular, fetichista, omolocô e etc. Vi e senti várias manifestações dos espíritos, até que estas vieram acontecer comigo.

Não possuo uma mediunidade “extraordinária” como vejo alguns irmãos propagarem que possuem, mas o pouco que me foi dado me ajuda a perceber o como somos importantes e amados pela energia suprema que nomeio como “Deus”.

Senti na pele as primeiras manifestações, bem como as incompreensões dos amigos, dos familiares e do meio em que vivi e venho aprendendo neste planeta escola. Senti a minha própria incompreensão por estar acostumado a ser um observador, equidistante da forma e da manifestação, me colocando sempre na situação de um reles estudioso do fenômeno.

Quanta tristeza, quanta incompreensão e quanta ignorância pude ver nestes quase 40 anos de experimentação terrena. Mestres que não passam de discípulos incapacitados, discípulos que são verdadeiros mestres, e na sua grande maioria, surdos que não ouvem a própria razão e querem dar ordens ao plano espiritual, transformando os espíritos em meros cumpridores de desejos escusos (fato mesmo que aparente).

Quanta perda de tempo e quanto sofrimento tenho notado. É um “disse me disse” que não tem fim, ninguém tem razão e ao mesmo tempo ninguém se entende. Quantas pedras atiradas, discussões sem razão, desrespeito ao pensamento alheio e às posições tomadas, as quais não deveriam ferir ninguém, pois estas são simples posicionamentos presos ao grau consciencional de cada um.

Por tudo isso, resolvi criar este blog, para chamar você para uma conversa honesta, sem desvios de conduta e com posicionamento que, além de pessoal deve respeitar a idéia e posicionamento de cada um, mesmo quando uma critica não for aceita, porque esta não é a nossa intenção. Ao contrário, neste espaço, vamos ouvir e querer que nos ouçam, buscando sempre a forma pacifica do universalismo como meio de intervenção nas idéias postas em debate.

Conto com você, participe, deixe seus comentários, fale de umbanda, pois este é o objeto de nosso blog. No mais, um Saravá verdadeiro, ciente que o universalismo é e será o melhor caminho para chegarmos até Deus.

“Este texto só pode ser utilizado e divulgado fora deste Blog, com autorização expressa do autor”.

2 comentários:

Alexandre Castro disse...

Lendo tuas palavras lembrei do meu início na Umbanda. Não faz tanto tempo, mas para mim parece que faz! Não que já não tivesse tido contato com a Umbanda, um dos meus tios materno era (note o tempo do verbo) um GRANDE médium (só hoje posso aferir o quanto). Desde os 15 anos recebia várias entidades que vi fazerem coisas incríveis, mas...caiu, desequilibrou-se, perdeu tudo e veio a suicidar-se com 35 anos. Tudo isso aconteceu entre minha infância e adolescência. Pois bem, o tempo passou-se, sempre fui um estudiosos do espiritualismo, mas nada além disso. Mas, tudo muda, e mudou também pra mim. No nem tão longínquo ano de 2003 conheci um grande ser humano que viria a ter papel fundamental no descobrimento da minha mediunidade e também por ter se tornado meu grande amigo. Através da amizade dele terminei frequentando um terreiro de Umbanda onde desenvolvi a minha mediunidade. Olhando pra trás consigo ver a mão dos meus guias em todos acontecimentos. A amizade, o encaminhamento ao terreiro, o desenvolvimento e até meu afastamento. Afastamento este por fechamento do terreiro devido problemas graves de saúde da dirigente espiritual. Posso lembrar como cheguei naquele terreiro, simples demais, pobre demais, pequeno demais...olhei para tudo e me perguntei o que estava fazendo ali (pobre ignorante que fui, cheio de uma arrogância absurda). Esperei pacientemente até ser atendido e quando fui tive uma das maiores surpresas da minha vida, pois naquele singelo terreiro incorporavam entidades de uma envergadura que me assombra até hoje. O que era pra ser apenas uma visita de pura curiosidade tornou-se um período de tamanha descoberta e felicidade que até hoje sinto falta. Tive o privilégio de trabalhar com médiuns que eram tão grandes e não sabiam, ou não se achavam, que a conexão deles com seus guias era extraordinária. Tive grandes conversas com estas entidades, de uma profundidade impressionante. Diante das perguntas incisivas e insistentes deste "mano" como me chamavam, consegui respostas complexas sobre minha vida, sobre a espiritualidade, sobre o universo, sobre a vida encarnado e desencarnado. E tenho certeza que os médins destas entidades não tinham este conhecimento. Infelizmente esse interlúdio terminou abruptamente e não tive a chance de me despedir destas grandes entidades. Deixo aqui meu mais profundo e sincero agradecimento ao Caboclo Ubiratan, Caboclo Caçador, Cabocla Jupira, Caboclo Zaracutinga e Caboclo Uruá pelos conhecimentos e pela Luz que transbordava daquele humilíssimo terreiro.

Alexandre

Luís Gustavo disse...

Poxa vida que história bacana. Espero que voce tenha nestes atos uma forte predisposição para sempre recomeçar. Pois a vida é isso, o sempre e inevitável recomeço. Saudo as entidades citadas por voce e a elas dedico o meu silencioso respeito.

Aratanan