domingo, 17 de maio de 2009

QUAL O TAMANHO DA SUA FÉ?


Uma vez intuído, fiz uma busca no dicionário Pratico e Ilustrado de Jaime de Séguier, 1958, Editora Lello e Irmão – Porto – Portugal, pelo significado da palavra “FÉ”, e, me deparei com os seguintes resultados:

– s. f (lat. Fide) Fidelidade a promessas ou compromissos/; a fé dos tratados, Confiança na lealdade, no saber, na veracidade de alguém: testemunha digna de fé. Crença nas verdades da religião: A fé ardente dos mulçumanos. A religião católica: morrer pela fé. A primeira das três virtudes teologais. Boa fé, intenção leal, franqueza. Má fé, intenção dolosa, perfídia. Fé púnica, promessa desleal, traição. Fé do carvoeiro, crença inabalável, que não atende a argumentos. Em fé do que..., em testemunho do que. Fazer fé, ser digno de crédito. Dar fé, atentar em, notar. À fé de quem sou, sob minha palavra de honra. A fé de cristão, de cavaleiro, etc; sob juramento de cristão, de cavaleiro.
Por pura indução fui impelido para a palavra – “MANIQUEISMO” e veja o significado que encontrei no Yahoo respostas:

Maniqueísmo - filosofia religiosa sincrética e dualística ensinada pelo profeta persa Mani (ou Manes), combinando elementos do Zoroastrismo, Cristianismo e Gnosticismo, condenado pelo governo do Império Romano, filósofos neoplatonistas e cristãos ortodoxos. Filosofia dualística que divide o mundo entre Bem, ou Deus, e Mal, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal. A igreja cristã de Mani era estruturada a partir dos diversos graus do desenvolvimento interior. Ele mesmo a encabeçava como apóstolo de Jesus Cristo. Junto a ele eram mantidos doze instrutores ou filhos da misericórdia. Seis filhos iluminados pelo sol do conhecimento assistiam a cada um deles. Esses "epíscopos" (bispos) eram auxiliados por seis presbíteros ou filhos da inteligência. O quarto círculo compreendia inúmeros eleitos chamados de filhos e filhas da verdade ou dos mistérios. Sua tarefa era pregar, cantar, escrever e traduzir. O quinto círculo era formado pelos auditores ou filhos e filhas da compreensão. Para esse último grupo, as exigências eram menores. Eles deviam seguir sobretudo os dez mandamentos seguintes como fio condutor da sua vida cotidiana:

Não adorar nenhum ídolo;
Purificar o que sai da boca: não praguejar, não mentir, não levantar falso testemunho ou caluniar;
Purificar o que entra pela boca: não comer carne, nem ingerir álcool;
Venerar as mensagens divinas;
Ser fiel ao seu cônjuge e manter a continência sexual durante os jejuns;
Auxiliar e consolar aqueles que sofrem;
Evitar os falsos profetas;
Não assustar, ferir, atormentar ou matar animais;
Não roubar nem fraudar;
Não praticar nenhuma magia ou feitiçaria.

Fazendo uma análise destes dois termos, os quais são bem antigos, pude perceber o quanto os dois se entrelaçavam e se complementavam. Pois, se a fé exige uma crença irrefreável, o maniqueísmo, mesmo que de forma indireta (eleição do bem e/ou do mal) necessita de que o adepto se posicione frente as duas verdades que lhe são apresentadas.

Diante destes dois termos, fiz uma reflexão rápida e pude entender um pouco mais das religiões, as quais em sua quase totalidade, se fundam no conceito básico do bem e do mal, da fé cega e inabalável. Pude ver como as pessoas menos incautas são conduzidas de forma irresponsável a se portar de maneira totalmente cega diante do que é sagrado.

Percebi como a religião de forma esmagadora manipula seus pobres fiéis dentro de uma linha mestra ligada ao que é ditado como bem, e, por contrário ao que é ditado como mal.

A coisa é tão séria que dei uma parada em meu raciocínio e vi o perigo que determinadas pessoas correm ao se filiarem a determinadas linhas religiosas. Onde as lideranças daquele nicho religioso acabam criando deuses e/ou demônios, com a mesma facilidade que bebemos água para matar nossa sede no dia-a-dia.

Pude perceber, como lideres religiosos podem desgraçar a suas vidas e de seus cegos discípulos, apenas manipulando suas consciências frente ao que é certo e errado. Isto mesmo, os donos da verdade conseguem manipular a consciência dos desavisados, com uma série de deveres que se não cumpridos trarão um sequência infindável de infortúnios aos que não respeitarem ou seguirem suas determinações.

E dai para frene a coisa se descamba. Pois no automatismo em que os “fiéis” somatizam os ditames de suas religiões, fica quase impossível que os mesmos consigam enchergar um faixo da mais diminuta luz em sua frente, vez que estão arraigados com duas manifestações da mais pura ignorância: a fé irracional e o maniqueísmo direcionado e devidamente implentado na forma de ameaça direta e indireta de interesses escusos.

E após repensar e repensar, resolvi reformular uma frase que já digo a anos:

“Você conhece uma pessoa pela quantidade de amigos que ela tem!”
A qual mudou seu sentido para:

“Você conhece um mestre, não pela quantidade de discípulos que ele tem, mas pela quantidade de mestres que ele formou!
Paciência!

Aratanan de Aracruz – Sou universalista sim!
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